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O Cérebro 'Mindful' e a regulação Emocional em Transtornos do Humor

05:41 Vítor Bertocchini 0 Comments

Um artigo publicado no Canadian Journal of Psychiatry, recorrendo à imagiologia cerebral, relevou a importância da prática da Mindfulness na regulação emocional em desordens do humor.
A Mindfulness (Atenção Plena) envolve a atenção, sem julgar, na experiência do momento presente. Nas suas formas terapêuticas, as intervenções baseadas em Mindfulness promovem o aumento da tolerância ao afecto negativo e melhoram o bem-estar. No entanto, os mecanismos neurais subjacentes à regulação do humor pela prática da Atenção Plena são mal compreendidos.

"Em pacientes com transtornos afetivos, a Mindfulness actua como uma alternativa aos esforços cognitivos para controlar a emoção, dirigindo a atenção para a monitorização ampla das flutuações na experiência momentânea. Limitando a elaboração cognitiva em favor da consciência momentânea parece reduzir a auto-avaliação automática negativa e aumentar a tolerância ao afecto e dor negativos, e ajudar a gerar auto-compaixão e empatia em indivíduos cronicamente disfóricos." 
O treino da mente parece melhorar os sistemas de monitorização da atenção no cérebro, apoiado pelo córtices cingulado anterior e pré-frontal lateral. Na regulação da emoção, esse treino pré-frontal parece promover o recrutamento estável de um caminho sensorial não-conceptual, uma alternativa para as estratégias convencionais de reavaliação cognitiva.

Em termos neuronais, a transição para a consciência não-conceptual envolve a redução do processamento avaliativo habitual, suportado por estruturas da linha média do córtex pré-frontal. Em alternativa, os recursos da atenção são direccionados para uma via límbica relativa à consciência sensorial do momento presente, envolvendo o tálamo, a ínsula e as regiões sensoriais primárias.

Em pacientes com transtornos afetivos, a Mindfulness actua como uma alternativa aos esforços cognitivos para controlar a emoção, dirigindo a atenção para a monitorização ampla das flutuações na experiência momentânea. Limitando a elaboração cognitiva em favor da consciência momentânea parece reduzir a auto-avaliação automática negativa e aumentar a tolerância ao afecto e dor negativos, e ajudar a gerar auto-compaixão e empatia em indivíduos cronicamente disfóricos.


Artigo
Por Vitor Bertocchini

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