auto-compaixão,
Autocompaixão - o que é?
É interessante que noutras áreas das nossas vidas nós entendemos que ser duro não funciona. Tomemos o exemplo da parentalidade. Décadas atrás pensava-se que a punição...
Muitos de nós estamos habituados a ser demasiado autocrítico(a)s. Não será surpreendente, pois na nossa sociedade somos ensinados a ser duro(a)s a nosso respeito, muitas vezes com excesso de culpabilidade, desde as nossas ações até à nossa aparência. A autocrítica tem sido o caminho preferido para o sucesso. Raramente pensamos em nós mesmos mostrando bondade ou até mesmo se o fizermos, preocupamos-nos, pois podemos ser egoístas, complacentes ou arrogantes.
Mas a investigação tem descoberto que a autocrítica tem o potencial para sabotara nossa vida e produz uma variedade de consequências negativas. Por exemplo, de acordo com Kristin Neff, Ph.D., professora associada de desenvolvimento humano na Universidade do Texas, em Austin, os estudos têm demonstrado que a autocrítica pode levar a baixa auto-estima, ansiedade e depressão. Neff é a autora de diversos livros e artigos científicos sobre a autocompaixão e desenvolveu, em conjunto com Germer o programa de treino em compaixão Mindful Self-Compassion.
A autocompaixão tem sido associada a um maior bem-estar, incluindo diminuição da ansiedade e depressão, competências emocionais para lidar como os problemas mais eficazes e compaixão pelos os outros. Pode ser considerada com um conceito constituído por 3 dimensões.
1. Autobondade: Ser bondoso(a), gentil e compreensivo(a) com você mesmo(a) quando está em sofrimento.
2. Condição Humana Comum: Perceber que não está sozinho nas suas lutas. Quando estamos em luta temos a tendência nos sentirmos especialmente isolados. Tendemos a pensar que somos os únicos a enfrentar a perda, a cometer erros, a nos sentirmos rejeitados ou a falhar. Mas são essas mesmas lutas que fazem parte da nossa experiência partilhada, como seres humanos.
3. Mindfulness: Observar a vida como ela é, sem julgar ou suprimir os seus pensamentos e sentimentos. Envolve a permissão e a aceitação dos sentimentos próprios, sem uma excessiva sobre-identificação com os mesmos.
Mitos sobre a autcompaixão
Numa sociedade que cultiva valores de competição, é fácil proliferarem mitos associados à autocompaixão. Abaixo, Neff dissipa alguns desses mitos comuns e que podem ser sérios obstáculos no caminho das pessoas que procuram ser gentis com elas mesmos.
Mito: A autocompaixão é auto-piedade ou egocentrismo.
Fato: A auto-piedade é estar imerso nos seus próprios problemas, esquecendo-se que outros lutam, também. No entanto, ser auto-compassivo é ver as coisas exatamente como elas são - nem mais nem menos, ela disse. Significa reconhecer que está a sofrer, embora reconhecendo que os outros têm problemas semelhantes ou estão a sofrer ainda mais. É colocar os seus problemas em perspectiva.
Mito: A autocompaixão é autoindulgência.
Fato: Ser autocompassivo não significa buscar unicamente o prazer, disse Neff. Não está a esquivar-se das responsabilidades ou a ser preguiçoso. Em vez disso, a auto-compaixão concentra-se em aliviar o sofrimento.
Mito: A autocrítica é um motivador eficaz.
Fato: Não há realmente nada de motivador em criticar-se a si mesmo, afirma Neff, porque poderá conduzir a que tema o fracasso e a que perca a confiança em mim mesmo. Mesmo se conseguir grandes realizações, tem muitas vezes uma visão negativa de si mesmo(a).
É interessante que noutras áreas das nossas vidas nós entendemos que ser duro não funciona. Tomemos o exemplo da parentalidade. Décadas atrás pensava-se que a punição e a crítica severas eram eficazes em manter as crianças "na linha", ajudando-as a aprender e a fazer o bem. No entanto, hoje sabe-se que ser um pai/mãe que apoia e incentiva é mais benéfico. A autocompaixão age como um pai/mãe carinhoso(a). Assim, mesmo quando não desempenhar da forma como gostaria, ainda está solidário e permite aceitar-se a si mesmo. Como um pai amável, o seu apoio e amor são incondicionais e percebe que está tudo bem, mesmo que não seja perfeito.
Isso não significa ser complacente. A autocrítica derruba-nos; presume que "eu sou fraco." A autocompaixão, no entanto, concentra-se na mudança do comportamento que está na causa da sua infelicidade e mal-estar.
Estratégias para cultivar a auto-compaixão
Ser autocompassivo pode parecer estranho no início. Isso pode ser mais difícil para alguns indivíduos, especialmente se já experimentaram situações traumáticas fortes. Por isso é importante trabalhar com um terapeuta.
Estas estratégias podem ajudar.
1. Pense em como iria tratar alguém. A coisa mais simples que pode fazer, de acordo com Neff, é imaginar o que faria se alguém próximo veio até si depois de ter falhar ou de ser rejeitado(a). O que diria a essa pessoa? Como iria tratá-lo(a)?
2. Tenha cuidado com a sua linguagem. Pode estar tão acostumado(a) a criticar -se a si mesmo que nem percebe que o está a fazer. Por isso, ajuda prestar especial atenção às palavras que usa para falar consigo mesmo. Se não diria as mesmas afirmações para alguém que gosta, então está sendo autocrítico(a), disse Neff.
3. Conforte-se com um gesto físico. Gestos físicos calorosos têm um efeito imediato sobre os nossos corpos, ativando o sistema parassimpático, que acalma o nosso sistema, disse Neff. Especificamente, gestos físicos "vão tirá-lo(a) da sua cabeça e deixá-lo(a) no seu corpo", disse ela, o que é importante uma vez que "a mente gosta de fugir com narrativas." Por exemplo, ela sugere colocar as mãos sobre o coração ou simplesmente segurar o seu braço. A maior do gestos são úteis.
4. Memorize um conjunto de frases compassivas. Sempre que der por si a dizer/pensar: "Eu sou terrível", ajuda a ter algumas frases preparadas. Escolha declarações que realmente tenham eco em si. Combinando isso com um gesto físico - como as mãos sobre seu o coração - é especialmente poderoso, disse Neff. Ela usa as seguintes frases:
* Este é um momento de sofrimento.
* O sofrimento faz parte da vida.
* Que eu possa ser gentil comigo mesmo neste momento.
* Que eu possa dar-me a compaixão que eu preciso.
Muitos de nós estamos habituados a ser demasiado autocrítico(a)s. Não será surpreendente, pois na nossa sociedade somos ensinados a ser duro(a)s a nosso respeito, muitas vezes com excesso de culpabilidade, desde as nossas ações até à nossa aparência. A autocrítica tem sido o caminho preferido para o sucesso. Raramente pensamos em nós mesmos mostrando bondade ou até mesmo se o fizermos, preocupamos-nos, pois podemos ser egoístas, complacentes ou arrogantes.
Mas a investigação tem descoberto que a autocrítica tem o potencial para sabotara nossa vida e produz uma variedade de consequências negativas. Por exemplo, de acordo com Kristin Neff, Ph.D., professora associada de desenvolvimento humano na Universidade do Texas, em Austin, os estudos têm demonstrado que a autocrítica pode levar a baixa auto-estima, ansiedade e depressão. Neff é a autora de diversos livros e artigos científicos sobre a autocompaixão e desenvolveu, em conjunto com Germer o programa de treino em compaixão Mindful Self-Compassion.
A autocompaixão tem sido associada a um maior bem-estar, incluindo diminuição da ansiedade e depressão, competências emocionais para lidar como os problemas mais eficazes e compaixão pelos os outros. Pode ser considerada com um conceito constituído por 3 dimensões.
1. Autobondade: Ser bondoso(a), gentil e compreensivo(a) com você mesmo(a) quando está em sofrimento.
2. Condição Humana Comum: Perceber que não está sozinho nas suas lutas. Quando estamos em luta temos a tendência nos sentirmos especialmente isolados. Tendemos a pensar que somos os únicos a enfrentar a perda, a cometer erros, a nos sentirmos rejeitados ou a falhar. Mas são essas mesmas lutas que fazem parte da nossa experiência partilhada, como seres humanos.
3. Mindfulness: Observar a vida como ela é, sem julgar ou suprimir os seus pensamentos e sentimentos. Envolve a permissão e a aceitação dos sentimentos próprios, sem uma excessiva sobre-identificação com os mesmos.
Mitos sobre a autcompaixão
Numa sociedade que cultiva valores de competição, é fácil proliferarem mitos associados à autocompaixão. Abaixo, Neff dissipa alguns desses mitos comuns e que podem ser sérios obstáculos no caminho das pessoas que procuram ser gentis com elas mesmos.
Mito: A autocompaixão é auto-piedade ou egocentrismo.
Fato: A auto-piedade é estar imerso nos seus próprios problemas, esquecendo-se que outros lutam, também. No entanto, ser auto-compassivo é ver as coisas exatamente como elas são - nem mais nem menos, ela disse. Significa reconhecer que está a sofrer, embora reconhecendo que os outros têm problemas semelhantes ou estão a sofrer ainda mais. É colocar os seus problemas em perspectiva.
Mito: A autocompaixão é autoindulgência.
Fato: Ser autocompassivo não significa buscar unicamente o prazer, disse Neff. Não está a esquivar-se das responsabilidades ou a ser preguiçoso. Em vez disso, a auto-compaixão concentra-se em aliviar o sofrimento.
Mito: A autocrítica é um motivador eficaz.
Fato: Não há realmente nada de motivador em criticar-se a si mesmo, afirma Neff, porque poderá conduzir a que tema o fracasso e a que perca a confiança em mim mesmo. Mesmo se conseguir grandes realizações, tem muitas vezes uma visão negativa de si mesmo(a).
É interessante que noutras áreas das nossas vidas nós entendemos que ser duro não funciona. Tomemos o exemplo da parentalidade. Décadas atrás pensava-se que a punição e a crítica severas eram eficazes em manter as crianças "na linha", ajudando-as a aprender e a fazer o bem. No entanto, hoje sabe-se que ser um pai/mãe que apoia e incentiva é mais benéfico. A autocompaixão age como um pai/mãe carinhoso(a). Assim, mesmo quando não desempenhar da forma como gostaria, ainda está solidário e permite aceitar-se a si mesmo. Como um pai amável, o seu apoio e amor são incondicionais e percebe que está tudo bem, mesmo que não seja perfeito.
Isso não significa ser complacente. A autocrítica derruba-nos; presume que "eu sou fraco." A autocompaixão, no entanto, concentra-se na mudança do comportamento que está na causa da sua infelicidade e mal-estar.
Estratégias para cultivar a auto-compaixão
Ser autocompassivo pode parecer estranho no início. Isso pode ser mais difícil para alguns indivíduos, especialmente se já experimentaram situações traumáticas fortes. Por isso é importante trabalhar com um terapeuta.
Estas estratégias podem ajudar.
1. Pense em como iria tratar alguém. A coisa mais simples que pode fazer, de acordo com Neff, é imaginar o que faria se alguém próximo veio até si depois de ter falhar ou de ser rejeitado(a). O que diria a essa pessoa? Como iria tratá-lo(a)?
2. Tenha cuidado com a sua linguagem. Pode estar tão acostumado(a) a criticar -se a si mesmo que nem percebe que o está a fazer. Por isso, ajuda prestar especial atenção às palavras que usa para falar consigo mesmo. Se não diria as mesmas afirmações para alguém que gosta, então está sendo autocrítico(a), disse Neff.
3. Conforte-se com um gesto físico. Gestos físicos calorosos têm um efeito imediato sobre os nossos corpos, ativando o sistema parassimpático, que acalma o nosso sistema, disse Neff. Especificamente, gestos físicos "vão tirá-lo(a) da sua cabeça e deixá-lo(a) no seu corpo", disse ela, o que é importante uma vez que "a mente gosta de fugir com narrativas." Por exemplo, ela sugere colocar as mãos sobre o coração ou simplesmente segurar o seu braço. A maior do gestos são úteis.
4. Memorize um conjunto de frases compassivas. Sempre que der por si a dizer/pensar: "Eu sou terrível", ajuda a ter algumas frases preparadas. Escolha declarações que realmente tenham eco em si. Combinando isso com um gesto físico - como as mãos sobre seu o coração - é especialmente poderoso, disse Neff. Ela usa as seguintes frases:
* Este é um momento de sofrimento.
* O sofrimento faz parte da vida.
* Que eu possa ser gentil comigo mesmo neste momento.
* Que eu possa dar-me a compaixão que eu preciso.
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