A meditação serena a mente, e, ao serená-la, liberta a inteligência e a criatividade, a clareza e a visibilidade da realidade. Uma oportunidade límpida para sair da ilusão. Diferente de significar não pensar, a meditação treina a capacidade de prestar atenção aos pensamentos, de estar alerta e presente aos pensamentos e emoções e não nos envolvendo com eles.
Como introdução à meditação pode experimentar, por si só, ouvindo esta prática guiada por Paulo Borges.
Paulo Borges
Paulo Borges é praticante desde 1983 e responsável por cursos, workshops e retiros de meditação desde 1999. Professor na Universidade de Lisboa, membro da presidência da União Budista Portuguesa e presidente do Círculo do Entre-Ser, associação filosófica e ética. Escritor e ensaísta.
O cultivo de Mindfulness, da consciência não julgadora, momento a momento, pode parecer simples mas será, provavelmente, uma das tarefas mais árduas para os seres humanos, talvez porque estamos tão profundamente envolvidos em estados mentais condicionados.
Quando começamos a cultivar esta consciência é importante trazer algumas atitudes, de forma a que não estejamos a forçar nada ou a sentar-nos numa postura rígida, ou atingir um estado iluminado. Mas o problema essencial reside nos pronomes pessoais/possessivos: Eu e Meu. Eles são imensamente problemáticos porque entre aquilo que pensamos que somos e o que realmente somos existe uma enorme separação. O que pensamos que somos é apenas uma pequena fracção comparado com o que efectivamente somos.
Assim, no cultivo de Mindfulness convida-se os participantes a trazerem certas atitudes, tanto na prática formal como na informal. Estas atitudes, inicialmente 7, presentes no livro Full Catastrophe Living, são uma forma de reforçar e ampliar as práticas formais e informais.
Introdução às 9 Atitudes
1. Não julgar • Adoptar uma postura de testemunha imparcial da sua própria experiência. • Notar o fluxo de mente em julgamentos... bom / mau / neutro... não tentar pará-lo, mas apenas estar ciente dele.
Não Julgar
2. Ser Paciente • Deixar as coisas desenrolarem-se ao seu próprio ritmo. • Uma criança pode tentar ajudar uma borboleta a emergir ao romper uma crisálida, mas provavelmente a borboleta não irá beneficiar desta ajuda. • Praticar a paciência com nós mesmos. "Porquê correr através de alguns momentos procurando chegar a outros "melhores"? Cada um é a sua vida naquele momento." • Ser completamente aberto(a)s a cada momento, aceitar a sua plenitude, sabendo que, como a borboleta, as coisas vão surgir no seu próprio tempo.
Ser Paciente
3. Ter uma mente de principiante • Demasiadas vezes deixamos que os nossos pensamentos e as nossas crenças sobre o que 'sabemos' nos criem obstáculos e que nos impedem ver as coisas como elas realmente são. • Cultivar uma mente que está disposta a ver tudo como se fosse a primeira vez • Ser receptiva(o) a novas possibilidades... não ficar presa(o) no muro da nossa própria “perícia”. • Cada momento é único e contém possibilidades únicas. • Experimente com alguém que conhece - a próxima vez, pergunte a si mesma(o) se vê esta pessoa com um “novo olhar”, como ele/ela é realmente? Experimente com os seus problemas... com o céu ... com o cão ... com o homem na loja da esquina.
Mente de Principiante
4. Confiar • Desenvolver uma confiança básica em si mesma(o) e nos seus sentimentos. • Confiar na sua própria autoridade e intuição, mesmo se fizer alguns "erros" ao longo do caminho. • Honre os seus sentimentos. Assuma a responsabilidade de Si e do seu próprio Bem- Estar.
Confiar
5. Não "Lutar" • A meditação não tem nenhum outro objectivo do que ser você mesmo. • Prestar atenção a como está agora, apenas isso. Basta assistir. • A melhor maneira de alcançar os seus próprios objectivos é deixar de "lutar" e começar a realmente focar-se cuidadosamente em ver e aceitar as coisas como elas são, momento a momento. Com paciência e prática regular, o movimento em direcção aos seus objectivos acontecerá por si só.
Não "lutar"
6. Aceitar • Ver as coisas como elas realmente são no presente. Se tem uma dor de cabeça, aceitar que tem uma dor de cabeça. • Muitas vezes perdemos tempo e energia a negar o que é um facto. Procuramos forçar as situações de modo a que elas sejam como nós gostaríamos. Isso cria mais tensão e impede a mudança positiva. • O agora é o único tempo que temos para qualquer coisa. Tem que aceitar-se como é antes que possa realmente mudar. • A aceitação não é passiva; isso significa que não tem que gostar de tudo e abandonar os seus princípios e valores. Isso significa que não tem que ser resignada(o) e tolerar tudo. Isto significa que não deve parar de tentar libertar-se dos seus próprios hábitos autodestrutivos ou de desistir do seu desejo de mudar e crescer. • A aceitação é a vontade de ver as coisas como elas são. Somos muito mais propensos a saber o que fazer e a ter uma convicção interior de agir quando temos uma visão clara do que está realmente a acontecer.
aceitar
7. "Deixar ir" • "Deixar ir" é uma forma de deixar as coisas serem, de aceitar as coisas como elas são. • Quando prestamos atenção à nossa experiência interior descobrimos que há certos pensamentos, sentimentos e situações que a mente quer manter e outros que quer afastar. Se agradável tentamos prolongar a nossa experiência, se desagradável tentamos eliminar. Na meditação, tentamos intencionalmente deixar de lado a tendência para elevar alguns aspectos da nossa experiência e rejeitar outros. • Deixamos as coisas acontecerem e apenas assistimos... • Se achar que é particularmente difícil abrir mão de algo, porque tem uma forte influência sobre a sua mente, pode dirigir a sua atenção para as sensações que o “agarrar” provoca no seu corpo. • Já sabe como é deixar ir... Todas as noites, quando vamos dormir deixamos ir.
"Deixar ir"
8 - Ser grato • Trazer gratidão ao momento presente… pelo facto de estarmos vivos, a respirar. Tem sido demonstrado que a gratidão é uma das atitudes mais positivas a cultivar. A gratidão tem um relacionamento único e poderoso com o bem-estar. Só podemos estar gratos quando estamos cientes do momento presente. Mindfulness é o ponto de partida para a gratidão.
9 - Ser generoso • Quão poderoso pode ser quando nos entregamos à vida e damos às outras pessoas algo que as fará mais felizes, não para usufruirmos de algo, mas pelo simples facto de trazer alegria aos outros, potenciando o entre-ser, a conexão. Demonstramos que realmente nos interessamos e que damos o nosso tempo a alguém que não nós mesmos.
gratidão e Generosidade
Todas as 9 atitudes estão inter-conectadas. Se, por exemplo, praticamos o não-lutar, a aceitação está presente, gratidão, confiança.etc. Cada uma destas atitudes é uma porta para as demais e é por isso que elas formam, num certo sentido, uma forma diferente de entender o que mindfulness é.
Últimos lugares disponíveis 24 a 26 Abril 2015 | Barcelos
Conexão . Consciência . Felicidade
+ ENCONTROS
Porquê fazer um Retiro?
Fazer um retiro é uma oportunidade singular para clarificar o que é realmente essencial para cada um de nós. Criamos condições exteriores e interiores que permitem afastar-nos da agitação e da dispersão da nossa rotina, de forma a poder realmente descontrair e abrir. O ambiente envolvente, as práticas de harmonização corpo-mente, as refeições vegetarianas, o diálogo, o silêncio, facilitam a procura de simplicidade e todo o processo de redescoberta de nós mesmos. Em retiro apreendemos a vida de uma forma mais leve e receptiva. Ao estarmos mais atentos e cientes, naturalmente lidamos com nós próprios, os outros e o mundo, com mais compaixão e sabedoria.
O programa aborda duas vertentes, uma mais contemplativa e outra mais relacional - inclui Meditação, Palestras, um pouco de Yoga, Chi-Kung e Passeios pela floresta. Teremos momentos de silêncio e momentos de diálogo e convívio. Os participantes desfrutarão de um pequeno bosque, um belo espaço arborizado, onde serão feitas várias actividades, como por exemplo as meditações em andamento. A alimentação é ovolacto-vegetariana.
- Chegada (depois das 19h) - Pequena recepção com chá e bolachas, outros - Curta palestra
Sábado
- Acordar - 7h30m - Aquecimento | yoga suave - Meditação - 45m - Pequeno-almoço 9h15m - Espaço livre - Contacto com a natureza - Palestra - Almoço - Espaço livre e sesta - Prática deitada, sentada e em andamento - Jantar - Perguntas e respostas
Domingo
- Acordar - 7h30m - Aquecimento | yoga suave - Meditação - 45m - Pequeno-almoço 9h15m - Espaço livre - Contacto com a natureza - Palestra - Almoço - Espaço livre e sesta - Prática deitada, sentada e em andamento - Despedida
ORIENTADOR
Sagarapriya tem, ao longo de quase duas décadas, praticado com mestres de várias tradições budistas, tanto no Ocidente como na Ásia. Nos últimos dez anos tem ensinado extensivamente budismo e meditação e alargado a sua formação em Mindfulness, Focusing e mais recentemente em Comunicação Não-Violenta. Progressivamente todas estas influências têm sido integradas numa perspectiva enraizada na sabedoria milenar budista, que se expressa numa linguagem contemporânea e através de metodologias de auto-conhecimento pertinentes ao nosso tempo.
Praticamos custos escalonados para permitir que cada pessoa escolha de acordo com as suas possibilidades financeiras. A. 170€ a 180€ (+ disponibilidade) B. 150€ a 170€ (- disponibilidade) C. 130€ a 150€ (concessão)
O custo total do retiro é o valor da estadia + alimentação + o valor da orientação. Inclui duas dormidas, a ceia do dia de chegada, todas as refeições de Sábado e pequeno-almoço e almoço de Domingo + Snacks e chá a meio das manhã e tardes + Orientação.
Condições de estadia: Quartos com excelentes condições (individual ou duplo), todos com WC e banho privativo e com luz natural. Camaratas disponíveis para quando os quartos esgotarem.
Data | Local 24 a 26 de Abril 2015 | Barcelos
► Data limite de inscrição: 10 Abril; ► É necessária inscrição prévia através do preenchimento do formulário disponível - será enviado um e-mail indicando a disponibilidade e informações adicionais; ► Convém trazer roupas largas, uma almofada e um tapete de yoga (caso tenha). ► O Retiro é aberto a todos e não implica nenhum conhecimento teórico ou prático de meditação. ► O curso decorre com um mínimo e máximo de participantes (inscrições limitadas); ► A alimentação pode ser omnívora e vegetariana. Se tiver alguma nota que requeira alteração de alimentação, por favor, avise antecipadamente. No campo destinado a comentários poderá escolher o seu tipo de alimentação; ► O programa está sujeito a pequenas alterações. ► Agravamento: Depois de 31 Março acresce 20€ ao valor inicial da inscrição. ► Cancelamento: Até 31 de Março reembolso de 80%. A partir dessa data não há reembolso.
Para mais informações: e-mail: eventos.spmbe(@)gmail.com Vítor Bertocchini
Em segundos, as células cerebrais que há poucos minutos estavam tão ativadas começam a diminuir a sua excitabilidade. De facto, imensos estudos científicos comprovam os benefícios desta prática. 60 Minutos é um prestigiado programa jornalístico televisivo norte-americano, apresentado na CBS.
Na sua edição de Dezembro, procuram descobrir o que é e em que consiste a prática de mindfulness.
É uma reportagem bastante interessante, com entrevistas a várias pessoas, entre as quais se destaca Jon Kabat-Zinn.
No centro da ação é descrito o processo em que o jornalista Anderson Cooper procura experienciar, na 1ª pessoa, esta prática milenar.
Anderson Cooper entrou num retiro de 3 dias no norte da Califórnia, sem tv, telemóvel e internet. Com ele, estavam outros profissionais - neurocientistas, líderes empresariais e executivos de Silicon Valley.
Mindfulness
Depois do retiro, Cooper meditou diariamente e estava curioso para analisar os benefícios da meditação no seu cérebro. Para o efeito, encontra-se com Judson Brewer, psiquiatra e neurocientista. Seguindo as suas instruções, Cooper começa por imaginar uma situação geradora de ansiedade, podendo-se observar as células do cingulado posterior a ficarem mais ativadas, como demonstram as linhas vermelhas no computador. De seguida, Copper entra em meditação, soltando os pensamentos "stressantes" e refocando-se na respiração. Em segundos, as células cerebrais que há poucos minutos estavam tão ativadas começam a diminuir a sua excitabilidade. De facto, imensos estudos científicos comprovam os benefícios desta prática.
É também entrevistado o Congressista Tim Ryan, um democrata de Ohio. Tim afirma que mindfulness pode parecer-se muito com nada, mas acredita convictamente que pode mudar a América para melhor. Ele escreveu um livro sobre mindfulness e conseguiu angariar um milhão de dólares de financiamento federal para o seu ensino às crianças das escolas de Ohio. Tim Ryan afirma:"Eu vi a transformação nas salas de aula. Eu já vi mindfulness curar veteranos de guerra e o que faz em indivíduos que têm altos e crónicos níveis de stresse e como tem ajudado o seu corpo a curar-se. Eu não estaria disposto a arriscar meu pescoço até aqui, se eu não achasse que Mindfulness é de extrema relevância e que pode realmente ajudar a mudar o país".
É levantada a conexão entre os gadgets tecnológicos e a exaustão societal, fazendo-se referência à conferência denomindada Wisdow 2.0, com mais de 2,000 participantes, entre os quais companhias como a Google, Facebook e Instagram, estiveram presentes.
Karen May, vice-presidente da Google, que agora oferece aulas gratuitas de mindfulness aos seus 52,000 colaboradores, é também entrevistada. À questão de Cooper se mindfulness realmente "funciona", Karen May afirma que acredita absolutamente que sim.
Depois de quase quatro décadas de ensino de mindfulness, Jon Kabat-Zinn está feliz em ver esta prática a entrar no quotidiano de cada vez mais pessoas.
Mais vídeos desta reportagem
Mindfulness e tecnologia: São compatíveis?
Tendo como tema principal a gestão dos "gadgets" tecnológicos de forma mindful, Anderson Cooper conversa com Soren Gordhamer, fundador da conferência Wisdom 2.0; Jana Friedman, uma gestora no Twitter; Nuerocientistas da Universidade de Massachusetts neuroscientists Jean King e Carl Fulwiler e Rich Fernandez, fundador do Wisdom Labs.
O novo mindful Anderson Cooper Num retiro "mindfulness", Anderson Cooper retira o microfone e aprende a apreciar o silêncio, bem como a vida sem telemóvel.
Porquê praticar mindfulness Anderson Cooper conversa sobre os benefícios de mindfulness com a neurocientista Jean King da Universidade de Massachusetts, um veterano da guerra de Vietnam, o instrutor de mindfulness Ralph Steele e o psicológo do desporto George Mumford.
A ideia de que podemos treinar as nossas mentes de uma forma que promove hábitos mentais saudáveis e que esses hábitos podem ter um impacto nas relações mente-corpo não é nova, tem sido já milhares de anos em várias culturas e ideologias."
As perseverações cognitivas que incluem preocupação e ruminação sobre eventos passados ou futuros podem prolongar a libertação de cortisol, uma hormona do stresse, que, por sua vez, que pode contribuir para trajetos de pré-doença e prejudicar a saúde física e mental. O Treino de meditação pode aumentar o mindfulness auto-relatado, o que tem-se associado a reduções da perserverança cognitiva.
A investigação do Projeto Shamatha, da Universidade da Califórnia, em Davis, sugere que focar no presente, ao contrário de deixar a mente vaguear, pode ajudar a diminuir os níveis do cortisol. A capacidade de concentrar recursos mentais na experiência imediata é um aspecto de mindfulness (atenção plena), e que pode ser melhorada através do treino meditativo.
Este é o primeiro estudo a mostrar uma relação direta entre o cortisol, avaliado em situação de descanso, e pontuações numa escala de mindfulness
afirmou Tonya Jacobs, uma investigadora de pós-doutoramento na UC Davis Center for Mind and Brain e primeira autora de um artigo, publicado na revista Health Psychology.
Altos níveis de cortisol, uma hormona produzida pelas glândulas adrenais, estão associados com o stresse físico e/ou emocional. A libertação prolongada desta hormona contribui para efeitos adversos sobre uma série de sistemas fisiológicos e psicológicos.
O Projeto Shamatha, um estudo global de longo prazo com grupos-controlo pretende avaliar os efeitos do treino de meditação sobre a mente e o corpo. Liderados por Clifford Saron, investigador associado ao Centro de UC Davis Center for Mind and Brain, o Projeto Shamatha tem chamado a atenção de cientistas e estudiosos budistas, incluindo o Dalai Lama, que aprovou o projeto.
No novo estudo, Jacobs, Saron e colaboradores usaram um questionário para medir aspectos de mindfulness entre um grupo de voluntários antes e depois de um retiro intensivo de meditação de três meses. Eles também mediram os níveis de cortisol na saliva dos voluntários.
Durante o retiro, o académico Budista e professor B. Alan Wallace, do Santa Barbara Institute for Consciousness Studies, treinou os participantes em competências atencionais, como por exemplo mindfulness na respiração, observar os eventos mentais, e observar a natureza da consciência. Os participantes também cultivaram estados mentais benevolentes, incluindo bondade, compaixão, alegria empática e equanimidade.
Resultados A nível individual, verificou-se uma correlação entre uma alta pontuação em mindfulness e menores níveis de cortisol, tanto antes como depois do retiro. As pessoas cuja pontuação de mindfulness aumentou após o retiro apresentaram uma diminuição no cortisol.
"Quanto mais uma pessoa relatou ter direccionado os seus recursos cognitivos para a experiência sensorial imediata e para as tarefas no momento presente, menor o cortisol em situação de descanso", disse Jacobs.
A investigação não apresentou uma causalidade direta (causa-efeito), Jacobs enfatizou. Ela observou que este efeito poderia ser nos dois sentidos – níveis reduzidos de cortisol podem levar a um estado mais profundo de mindfulness, ou ao contrário. As pontuações no questionário de mindfulness aumentaram da pré para a avaliação pós retiro, enquanto os níveis de cortisol, em geral, não se alteraram.
Segundo Jacobs, o treino da mente na concentração na experiência imediata pode reduzir a propensão a ruminar sobre o passado ou a preocupar-se com o futuro, os processos de pensamento que têm sido associadas à libertação de cortisol.
"A ideia de que podemos treinar as nossas mentes de uma forma que promove hábitos mentais saudáveis e que esses hábitos podem ter um impacto nas relações mente-corpo não é nova, tem já milhares de anos em várias culturas e ideologias", disse Jacobs. "No entanto, essa ideia está apenas a ser integrada na medicina/psicologia ocidental à medida que a evidência objetiva se acumula. Felizmente, estudos como este contribuem para esse esforço."
Saron notou que neste estudo os autores usaram o termo "mindfulness" para se referirem a comportamentos que estão presentes num questionário de mindfulness particular, que foi a medida utilizada no estudo. "O questionário avaliou a propensão dos participantes a largarem os pensamentos angustiantes e a atender a diferentes domínios sensoriais, tarefas diárias, e aos conteúdos atuais das suas mentes. No entanto, esta escala, pode refletir apenas um subconjunto de qualidades que compõem a qualidade mais elevada de mindfulness, tal como é concebida em várias tradições contemplativas", disse.
Estudos anteriores do Projeto Shamatha têm demonstrado que um retiro de meditação tem efeitos positivos sobre a percepção visual, atenção prolongada, bem-estar sócio-emocional , abrandamento da atividade cerebral e da atividade da telomerase, uma enzima importante para a saúde a longo prazo das células do corpo.
Bibiografia University of California Davis (UCD). (2013, March 28). Mindfulness from meditation associated with lower stress hormone.
ScienceDaily. Retrieved December 15, 2014 from www.sciencedaily.com/releases/2013/03/130328142313.htm
A bioenergética estuda a energia da vida.No Universo tudo é constituído por e de energia, e no ser humano esse elemento está profundamente ligado à respiração, que por sua vez está conectada com os processos que envolvem os movimentos da nossa musculatura. O acto de respirar é o mais importante e essencial para a manifestação da vida no ser humano. A bioenergética é considerada uma aproximação psicoterapêutica que permite que as pessoas se reconectem com o seu corpo. Nesta jornada de autoconhecimento, o indivíduo liberta as suas tensões agudas, permanentes, bem como as suas emoções, sentimentos contidos, formas cristalizadas de ver o mundo, além de impulsionar o movimento imprescindível para a vida.
Curta apresentação do Seminário
A mente do ser humano, as suas emoções, corpo e os processos energéticos que os sustentam são aspectos de uma realidade única e unitária. Um princípio do Budismo Zen ensinado por Eihei Dôgen afirma: shinjin ichinyo, corpo e mente não são dois. Neste seminário iremos explorar, através da experiência, a relação entre: - Corpo (matéria e forma); - Energia (processos energéticos); - Mente (emoções e pensamentos).
Os pensamentos e emoções influenciam e determinam os fluxos de energia e estes condicionam a materialidade e a forma do corpo. Pelo contrário, a materialidade e a forma do corpo condicionam os fluxos de energia e estes as emoções e os pensamentos.
A forma da postura zazen facilita e estimula um determinado fluxo de energia, que por sua vez promove um certo estado mental e emocional. Mas a postura zazen no início da prática é fortemente influenciada pela condição corporal do praticante, que é o resultado dos seus fluxos de energia, e estes do seus estados mental e emocional.
Em geral, o corpo está sob o controlo da armadura muscular. Esta constitui a consolidação de determinados processos energéticos intimamente ligados a padrões emocionais e mentais ou cognitivos.
Neste seminário vamos explorar a estrutura muscular e as várias formas que pode assumir, relacionando-as com determinados fluxos e processos energéticos que as sustentam, e conectando ambos aspectos com estados mentais e emocionais específicos. Vamos usar a matriz de análise bioenergética para entender a dinâmica gerada pela prática de zazen e vamos experimentar com técnicas corporais de desbloqueio. Tudo isto com o objectivo de se estabelecer uma posição de meditação estável e fluída e estabilizando-nos num estado mental e emocional equilibrado, sereno e lúcido.
Destinatários: Aberto a todas as pessoas, com ou sem experiência na prática meditação. Este retiro dirige-se a todas as pessoas que querem iniciar ou que estejam numa fase inicial da prática meditativa. Que procurem a porta da Paz e da Felicidade. Uma oportunidade para aprender directamente com um dos grandes mestres Zen.
ORIENTADOR
Francisco Dokushô Villalba (Utrera, Sevilha, 1956 ) é o fundador da Comunidade Budista Soto Zen e do Templo Luz Serena.
Dokushô Villalba recebeu a ordenação de monge Zen em 1978 do Venerável Mestre Taisen Deshimaru, sob cuja orientação estudou em Paris até à sua morte, ocorrida em 1982.
Desde 1984 continuou a estudar com o Venerável Mestre Shuyu Narita Roshi, abade do templo Todenji, na província de Akita no Japão.
Em 1987 recebe do mestro Narita a Transmissão do Dharma e a autorização expressa para ensinar o Zen e de criar comunidades Zen. Em 1987 recebe do mestre Narita a Transmissão do Dharma e a expressa autorização para ensinar o Zen e criar comunidades Zen.
Em 1989, a Associação Zen da Espanha torna-se na Comunidade Budista Zen. Nela estão integrados os centros Zen de Santa Cruz de Tenerife, Alicante, Ourense, Tui, Bilbao, Zaragoza, Murcia, Las Palmas de Gran Canaria ... assim como várias centenas de pessoas que fizeram da prática do zazen um ponto de referência nas suas vidas.
Também em 1989, funda o Templo Zen Luz Serena (comemorou recentemente 25 anos), localizado numa zona montanhosa da província de Valência, onde actualmente reside numa pequena comunidade de moradores, de acordo com um modelo de vida baseado no espírito Zen.
Em 1990 ,é reconhecido pelas autoridades da escola Soto Zen Japonês (Sotoshu Shumucho) como um mestre qualificado para transmitir o Zen em Espanha (kaigai kyoshi). Tem a capacidade de transmitir o Dharma Zen em linguagem actualizada, tornando-a compreensível pela sua simplicidade e adaptabilidade à mentalidade ocidental.
Recentemente, A Universidade de Zaragoza e a comunidade Budista Soto Zen, respresentada por Dokushô Villalaba, assinaram um acordo de cooperação de investigação sobre os efeitos da meditação zen, especialmente em meditadores de longa duração. Três linhas de investigação foram abertas: 1) Estudo genético; 2 Estudo de neuroimagem funcional e; 3) Análise da retina com tomografia de coerência óptica.
QUINTA-FEIRA12: Conferência pública (local a designar | Porto). Entrada gratuita. SEXTA-FEIRA13: (em Barcelos) 18.00 Chegada dos participantes, recepção e instalação 19.00 Introdução à Meditação Zen (*) 21:00 Jantar 22:00 Círculo de apresentação 23:00 Descanso
SÁBADO 14: 07:00 Despertar 07:30 Zazen (30-15-30 m) Teste 1 09:00 Pequeno-almoço 10:00 SESSÃO DE TRABALHO 1. 11:30 Descanso 12:00 SESSÃO DE TRABALHO 2. 13:30 Descanso 14:00 Almoço. 15:00 Descanso 16:30 SESSÃO DE TRABALHO 3, trabalho corporal. 18.00 Zazen (30-15-30 m.) Teste 2 19:30 Descanso 20:00 Jantar 21.30 Zazen (30-15-30 m) Teste 3 23:00 Descanso
DOMINGO 15: 07:00 Despertar 07:30 Zazen (30-15-30 m) Teste 4 09:00 Pequeno-almoço. 10:00 SESSÃO DE TRABALHO 4 11:30 Descanso 12:00 Zazen (30m) Teste 5 12:30 Partilha em Conjunto 14.00 Almoço Despedida
(*) Cada participante deve ter um zafu (almofada de meditação zen). Outros tipos de almofadas não são adequados.
CUSTO
Praticamos custos escalonados, baseados na economia da generosidade e da partilha (mais informações no final da página), para permitir que cada pessoa escolha de acordo com as suas possibilidades financeiras.
Custo:
A. 170 a 190€ (+ disponibilidade) B. 150 a 170€ (- disponibilidade) C. 140 a 150€ (concessão)
O custo total do retiro será o valor da estadia + alimentação + o valor da orientação. Inclui duas dormidas, a ceia do dia de chegada, todas as refeições de Sábado e pequeno-almoço e almoço de Domingo.
Data limite para inscrição: 15 de Fevereiro Agravamento:
Depois de 31 de Janeiro acresce 30€ ao valor inicial da inscrição.
Cancelamento:
Até 15 de Fevereiro reembolso de 80%. A partir dessa data não há reembolso.
Notas: - É necessária inscrição prévia através do preenchimento do formulário que se encontra no fim desta página. - Após o preenchimento, receberá um mail indicando a disponibilidade de vaga e mais informações. - Convém trazer roupas largas, uma almofada e um tapete. Caso não disponha, P.F., solicite-nos. - Estimula-se a partilha de boleias. Mais perto do evento inicia-se a troca de contactos dos interessado(a)s. - Programa sujeito a pequenas alterações
Onde: Situado em Barcelos, a Casa Silva dispõe de quartos com excelentes condições (individual ou duplo), todos com wc e banho privativo e com luz natural. Camaratas disponíveis para quando quartos esgotarem. Existe um bosque onde se irá fazer actividades, como por exemplo meditação caminhando. * Economia da generosidade e da partilha A proposta de uma vida mais consciente tem que, imperativamente, estender-se a todas áreas que nos influenciam. Preconiza-se um modelo que leva em conta as necessidades dos seres humanos envolvidos na situação - quem oferece uma actividade e quem nela participa - um modelo que permita cada um dar o contributo que pode.
O objetivo é permitir que cada um escolha o contributo que vai dar, de acordo com as suas possibilidades financeiras no momento. Por exemplo: A. ... € a … € (+ disponibilidade) - para quem tem alguma margem, ao valorizar a actividade, possibilita que outros com menos margem também participem.
B. … € a … € (- disponibilidade) - para quem tem pouca margem; contribuindo para que a actividade seja viável.
C. … € a … € (concessão) para quem não tem margem; sabendo que há um equilíbrio na troca entre o conjunto dos participantes.
Se este modelo de contributo não for adequado à sua situação, não hesite em contactar-nos para podermos encontrar outra solução. O montante deve assegurar o equilíbrio entre a sua necessidade de subsistência e a sua necessidade de contributo e partilha. Cada momento da nossa existência apoia-se na generosidade de tudo e todos que nos rodeiam e nos antecederam.
sto significa que o tratamento mindfulness em grupo deve ser considerado como uma alternativa para a psicoterapia individual, especialmente em centros de cuidados primários de saúde ...
Mindfulness é tão eficaz quanto a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) individual em pacientes com depressão e ansiedade, de acordo com um novo estudo da Universidade de Lund, na Suécia e na Região de Skåne. Este é o primeiro estudo aleatório controlado a comparar o tratamento Psicológico utilizando Mindfulness em grupo e a TTC individual em pacientes com depressão e ansiedade em cuidados de saúde primários.
Na primavera de 2012 os pacientes com depressão, ansiedade ou reações ao stresse graves foram aleatoriamente distribuídos para o grupo de tratamento mindfulness com cerca de 10 pacientes ou para o tratamento tradicional (TTC, essencialmente individual). Os pacientes também receberam um programa de treino privado e foram convidados a gravar os seus exercícios num diário. O tratamento durou 8 semanas. O praticante e instrutor de mindfulness Ola Schenström projetou o programa de treino de mindfulness para formar os instrutores.
Um total de 215 pacientes foram incluídos no estudo. Antes e após o tratamento, os pacientes do grupo de mindfulness e do grupo de tratamento tradicional responderam a questionários que estimaram a severidade da sua depressão e ansiedade. Verificou-se que os sintomas auto-relatados de depressão e ansiedade diminuíram em ambos os grupos durante o período de tratamento de 8 semanas. Não houve diferença estatística entre os dois tratamentos.
Os resultados do estudo indicam que o tratamento mindfulness em grupo, conduzido por instrutores certificados, em cuidados de saúde primários, é um método de tratamento tão eficaz como a TCC individual para o tratamento da depressão e ansiedade, afirma Jan Sundquist.
Isto significa que o tratamento mindfulness em grupo deve ser considerado como uma alternativa para a psicoterapia individual, especialmente em centros de cuidados primários de saúde que não podem oferecer terapia individual para todos.