Tem Stress? Como Cultivar momentos sagrados pode ajudar

sagrado mindfulness
[Experimentei momentos sagrados] através deste processo. Nunca notei qualquer momentos Espirituais antes desta experiência. [As palavras] Sagrado e dignos de reverência não estava no âmbito da minha abrangência intelectual das coisas. Ser capaz de orar era algo que eu não estava disposta a [fazer]. O que eu gosto [da prática do momento sagrado] é que me permitiu explorar a Espiritualidade de...
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Therese Borchard, autora do popular blog "Beyond Blue" e do livro "Beyond Blue: Surviving Depression & Anxiety and Making the Most of Bad Genes" (janeiro de 2010), indicou 7 formas de evitar o 'burnout'. Nesse blog, ela resumiu um livro, de um de seus autores favoritos, Robert Wicks, que estabelece um caminho para integrar a espiritualidade na vida diária, num esforço para prevenir o stress e viver a vida que queremos. Definitivamente vale a pena ler e se tem qualquer aversão à palavra "Deus" ou "espiritualidade", basta substituir o termo por "superior" e ver como isso funciona.

Em 2005, iniciei um estudo nacional com o objetivo de ver se as pessoas podiam, de fato, cultivar o que chamei de "momentos sagrados" e ver o efeito que tinha sobre o seu stress e bem-estar. Eis que, na prática de 5 minutos por dia durante 5 dias por semana, durante 3 semanas, vimos um efeito positivo significativo na redução do stress e aumento do bem-estar. O que foi mais fascinante para mim foi que, para muitas pessoas, permitiu-lhes tocar num sentido de espiritualidade que nunca tinham sido capazes de o fazer antes.

Uma citação de uma participante:

[Experimentei momentos sagrados] através deste processo. Nunca notei qualquer momentos Espirituais antes desta experiência. [As palavras] Sagrado e dignos de reverência não estava no âmbito da minha abrangência intelectual das coisas. Ser capaz de orar era algo que eu não estava disposta a [fazer]. O que eu gosto [da prática do momento sagrado] é que me permitiu explorar a Espiritualidade de uma forma não ameaçadora e para mim isso era especial e único.


Se tiver interesse aqui ficam as mesmas instruções que foram dadas aos participantes do estudo:

Escolha um objeto - Este objeto deve representar algo especial, precioso, ou sagrado para si. Quase tudo pode ser santificado e considerado uma coisa sagrada. De acordo com Émile Durkheim (1915), conhecido como um dos criadores da sociologia moderna, "por coisas sagradas não se deve entender simplesmente aqueles seres pessoais que são chamados deuses ou espíritos; uma pedra, uma árvore, um pedaço de madeira, uma casa, simplesmente qualquer coisa pode ser sagrado"(p. 52).

Mindful check-in - Comece cada prática tomando alguns momentos para estar consciente da respiração e então lentamente traga a atenção para o corpo físico, pensamentos e sentimentos, audição, visão, paladar e olfato. Basta estar ciente de tudo o que notar.

O objeto sagrado - Após o mindful check-in, desloque suavemente a atenção para o objeto sagrado e esteja aberto para o que é sagrado no momento. Não existe tempo máximo especificado para este exercício. As Instruções aos participantes permitiu-lhes ir mais longe do que os 5 minutos sugeridos e pediu-lhes simplesmente que fizessem um registo do tempo.
Cultivar esta prática é uma experiência muito pessoal e, ao mesmo tempo, os momentos sagrados são partilhados por milhões em todo o mundo.

Como sempre, não tome minha palavra como uma verdade; entre nesta prática com uma mente de principiante, deixando os seus julgamentos adormecerem, e apenas observar tudo o que surge em si e para si no momento.

Por favor, partilhe os seus pensamentos, emoções e histórias em baixo. As suas interações proporcionam uma sabedoria de vida para que todos possam beneficiar.



Tem uma mente vagueante? Preste atenção!

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É útil cultivar alguns fatores neuronais da atenção para superar estes desafios. Com efeito, cultivar uma melhor relação com o seu cérebro poderá ajudá-lo a obter um melhor controlo sobre este "holofote/aspirador"...

Tem uma mente vagueante?

A prática:
Preste atenção.

Porquê?

Momento a momento, os fluxos de pensamentos e sentimentos, sensações e desejos, e processos conscientes e inconscientes esculpem o seu sistema nervoso tal como a água esculpe, gradualmente, as rochas da costa marítima. O seu cérebro está continuamente a mudar a sua estrutura. A pergunta relevante é: Será que é para melhor ou para pior?

Onde coloca a sua atenção tem um poder especial para mudar o seu cérebro. Em particular, devido ao que se denomina de "neuroplasticidade dependente da experiência". A atenção é como uma combinação de um holofote e um aspirador: ela ilumina o que foca e depois suga para o cérebro - e para o Self.

Por isso, controlar a sua atenção - tornando-se mais capaz de colocá-la onde deseja e mantê-la aí, e ser mais capaz de dirigi-la para longe do que é incómodo ou inútil (tal como o looping sucessivo de preocupações ansiosas, ruminação mental ou auto-crítica) - é a fundação para mudar o seu cérebro e, assim, a sua vida, para melhor. Como o grande psicólogo William James escreveu há mais de um século atrás: "A educação da atenção seria a educação por excelência."

Mas, para obter um melhor controlo da atenção - para se tornar mais consciente e mais capaz de se concentrar - precisa de superar alguns desafios. Para sobreviver, os nossos antepassados ​​evoluíram no sentido de estarem mais atentos ao perigo, examinando continuamente o seu interior e o seu ambiente em busca de oportunidades e sobretudo ameaças. As experiências perturbadoras - especialmente as mais traumáticas - treinam o cérebro para estar mais vigilante, com uma atenção fragmentada. Por outro lado, a cultura moderna acostuma-nos a um intenso fluxo de entrada de estímulos, tornando difícil estar num registo de menor intensidade - como estar com as sensações de simplesmente respirar. Nesta situação poderá não sentir-se recompensado, aborrecido e frustrado.

Fatores neuronais da atenção

Para superar estes desafios é útil cultivar alguns fatores neuronais da atenção. Com efeito, cultivar uma melhor relação com o seu cérebro poderá ajudá-lo a obter um melhor controlo sobre este "holofote/aspirador".


Como?

Pode usar um ou mais dos sete fatores abaixo apresentados no início de qualquer focalização deliberada da atenção. Os fatores estão listados numa ordem que faz sentido para mim, mas pode alterar a sequência. (Há mais informações sobre a atenção, mindfulness, concentração e absorção contemplativa no livro "Buddha’s Brain").


Aqui vamos nós.

#1 Defina a sua intenção que irá sustentar a sua atenção para estar em presença plena. Pode fazer isso dando uma instrução suave para estar atento e/ou por permitir abertura às sensações no seu corpo.

#2 Relaxe. Por exemplo, tome várias exalações com duração duas vezes superiores às inalações. Isso estimula o sistema nervoso calmante e equilibrador, o parassimpático, e diminui a atividade do sistema nervoso simpático, de luta ou fuga, de resposta ao stress.

#3 Sem esforço. Poderá pensar em coisas que o ajudam a se sentir cuidado - que é importante para alguém, que está num relacionamento ou num grupo, que é visto e apreciado, ou mesmo valorizado e amado. Está tudo bem se o relacionamento não é perfeito, ou que traga à mente as pessoas do passado, ou animais de estimação, ou seres espirituais. Também pode ter uma noção da sua própria boa vontade para com os outros, a sua própria compaixão, bondade e amor. Aquecendo o coração desta forma ajuda a se sentir protegido, trazendo uma experiência gratificante para o momento - o que apoia os fatores #4 e #5 abaixo.

#4 Pense em coisas que o ajudam a sentir-se mais seguro, e, portanto, mais capaz de pousar a atenção nas suas atividades, em vez de estar numa exploração hipervigilante/ruminativa. Note que, provavelmente, está num ambiente relativamente seguro, com recursos para lidar com o que a vida traz dentro de si. Deixe de lado qualquer ansiedade irracional, qualquer constrangimento desnecessário.

#5 Gentilmente encoraje alguns sentimentos positivos, mesmo que leves ou sutis. Por exemplo, pense em algo que o faça sentir contente ou grato; para mim será incluir os meus filhos, o parque Nacional Yosemite e apenas estar vivo. Abra-se da melhor forma que possa para um sentido subjacente de bem-estar, que pode, contudo, ter algumas lutas ou dor. A sensação de prazer ou de recompensa induzida pelas emoções positivas aumentam o neurotransmissor dopamina, que fecha uma espécie de portão nos substratos neuronais da memória de trabalho (ou memória de curto prazo), mantendo, assim, fora quaisquer "bárbaros", ou qualquer distração invasiva.

#6 Tenha uma noção do corpo como um todo, as suas muitas sensações que emergem juntas a cada momento no espaço sem limites da consciência. Este sentido das coisas como uma gestalt unificada, percebida dentro de uma perspectiva ampla e panorâmica, ativa redes nas zonas laterais do cérebro (especialmente o direito - para pessoas destras) que suportam a atenção plena sustentada. Simultaneamente, desativa redes ao longo da linha mediana do cérebro, que usamos quando estamos perdidos em pensamentos.

#7 Em 10-20-30 segundos seguidos fique com o que quer que as experiências positivas que está a ter ou lições que está a aprender. Uma vez que "neurónios que disparam juntos, tendem a conectar-se", este saborear e este registo ajuda a fazer crescer os frutos dos seus esforços, modificando o seu cérebro e seu 'Self' para MELHOR.




por Rick Hanson (colaborador da SPM-BE e Mindfulness Institute)
adaptado por Vítor Bertocchini
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O Coração da Vida - Guia Prático de Meditação



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A via proposta neste livro visa oferecer a uma civilização e a uma sociedade confusas, divididas, conflituosas e sem rumo, confrontadas com um profundo mal-estar interior e graves riscos de colapso ecológico-social, uma orientação básica para que possamos ter vidas mais plenas, conscientes e fraternas, não só a respeito da humanidade, mas de todos os seres e da Terra.

No fundo, sinto a via que neste livro proponho, na linha de outras obras recentes [1], como um contributo para uma profunda mudança de paradigma cultural e civilizacional. Ao fazê-lo, assumo a continuidade do projecto de ecumenismo e universalismo espiritual de Agostinho da Silva [2], bem como a inspiração dos ensinamentos laicos, não religiosos nem budistas, de mestres budistas consagrados como Chogyam Trungpa, Thich Nhat Hanh e Sua Santidade o XIV Dalai Lama. Este livro insere-se ainda no projecto do Círculo do Entre-Ser, uma associação filosófica e ética da qual sou um dos fundadores e à qual neste momento presido, que visa precisamente promover uma espiritualidade e uma ética laicas e universalistas, transversais a todas as tradições e religiões da humanidade, com base na prática da meditação ou atenção plena [3].

Cabe enfatizar que essa espiritualidade e ética têm de radicar na prática e no cultivo regular da experiência meditativa, simultaneamente reflexiva e contemplativa, que conduz ao conhecimento aprofundado de si mesmo, não podendo reduzir-se a meras especulações intelectuais e abstractas ou ao conhecimento externo, livresco e erudito. Neste sentido, esta proposta é a de uma sabedoria ou filosofia práticas, mais conformes aliás com as origens da filosofia, como um modo de vida autêntica e integral e não como um mero modo de pensar divorciado da vida, como hoje em geral acontece. Espero que a leitora ou leitor possa sentir que tem nas mãos um livro para praticar e continuar com a sua vida, não para ler e arrumar na prateleira.


Se a informação contida não pode deixar de reflectir a minha formação espiritual, meditativa e ética como alguém que tenta seguir a via do Buda, a novidade deste livro – em relação a outros guias de meditação meramente técnicos ou conotados com uma tradição espiritual ou religiosa específica – reside precisamente em expor exercícios meditativos tradicionais enquadrados na proposta de um caminho espiritual, meditativo e ético, de acção integral, que seja transversal e possa ser seguido por todas as pessoas, independentemente das suas orientações e convicções religiosas, filosóficas ou outras.


O que aqui proponho é uma espiritualidade e uma ética laicas, alimentadas pela experiência meditativa, na sua dupla vertente reflexiva e contemplativa, que acredito poder ser compatível com todas as crenças ou com a sua ausência. O que entendo por espiritualidade não é outra coisa senão a expansão fraterna e activa da consciência, que não é pertença exclusiva de nenhuma tradição espiritual, religiosa ou filosófica específica, sendo todavia o que em todas e cada uma delas há de melhor e mais autêntico e por isso compatível com a rica diversidade das suas formas.

Creio que não é o sermos ou pensarmos que somos budistas, cristãos, islâmicos, hindus, judeus, Bahá’í ou outra coisa, incluindo ateus ou agnósticos, que faz de nós pessoas melhores, mais serenas, sábias e fraternas, mas sim o sermos pessoas melhores, mais serenas, sábias e fraternas, que pode tornar-nos budistas, cristãos, islâmicos, hindus, judeus, Bahá’í, ateus ou agnósticos mais autênticos, felizes e solidários. Isto caso tenhamos alguma dessas identidades, o que não é todavia necessário: basta sermos pessoas autênticas, felizes e solidárias. Estou convicto que a meditação é um caminho bastante seguro e eficaz para isso.


Pacificar a mente e despertar a consciência

Escrevo e publico este livro com a convicção profunda de que pacificar a mente e despertar a consciência, levando-a ao pleno desenvolvimento de todas as suas ilimitadas potencialidades cognitivas e afectivas, deve tornar-se o centro das nossas preocupações e investimentos pessoais, sociais e políticos. Com serenidade, sabedoria, amor e compaixão, encontraremos as soluções mais adequadas para todos os problemas sociais, políticos, económicos e ambientais. Sem serenidade, sabedoria, amor e compaixão, todas as pretensas soluções sociais, políticas, económicas e ambientais jamais deixarão de se converter em novos e maiores problemas, como em geral tem acontecido. A humanidade paga muito caro a recusa da espiritualidade, que, insisto, não é religião, mas a expansão fraterna e activa da consciência. É isto que temos de mudar, se queremos realmente mudar alguma coisa. É a isto que chamo política da consciência, que começa pelo que se pode chamar a micropolítica da mudança de cada uma das nossas mentes e pela educação de cada um de nós e dos mais jovens para sermos mais conscientes da interconexão e interdependência de todas as formas de vida e dos ecossistemas, numa ética da responsabilidade e da solidariedade universal.

A política da consciência é também a proposta de uma profunda mudança do paradigma dominante na política e, sendo transversal a todos os quadrantes ideológicos e partidários, transcende o espectáculo em geral triste e o horizonte estreito da política partidária e convencional, mediante uma visão de Bem Comum universal e integral que não desconsidera os seres não-humanos e os ecossistemas nem os factores internos, mentais e emocionais, da felicidade que todos procuramos, assumindo-os como parte das necessidades fundamentais de todo o ser humano. A política da consciência reúne contemplação e acção na acção integral, interna e externa, em prol de uma sociedade mais pacífica, solidária e desperta. Com efeito, como veremos, voltar a atenção para o interior e observar os movimentos da mente, deixá-los dissolver-se e repousar num estado calmo, claro e aberto, livre da fictícia separação entre eu e outro, pode revelar-se o fundamento indispensável de uma vida saudável e a acção interna que é a fonte de toda a acção externa justa e esclarecida, amorosa e compassiva. O estado do mundo e a tremenda violência contra a Terra e os seres, humanos e animais, são o espelho do contrário disto. Não há mudança de paradigma sem reunião da contemplação e da acção. Cremos ser este um dos desafios fundamentais do mundo contemporâneo, equidistante do extremo de uma contemplação sem acção externa e assim degradada numa experiência intelectual desprovida do calor e do dinamismo do amor e da compaixão, bem como do extremo oposto da obsessão do agir externo desprovido de visão e do mesmo dinamismo amoroso e compassivo e assim convertido numa agitação e activismo pouco esclarecidos e beligerantes que são parte de todos os problemas e de nenhuma solução"


Referências
[1] Cf. Paulo BORGES, É a Hora! A mensagem da Mensagem de Fernando Pessoa, Lisboa, Temas e Debates / Círculo de Leitores, 2013; Quem é o meu próximo? Ensaios e textos de intervenção por uma consciência e uma ética globais e um novo paradigma cultural e civilizacional, Lisboa, Mahatma, 2014.
[2] “Reservemos para nós a tarefa de compreender e unir; busquemos em cada homem e em cada povo e em cada crença não o que nela existe de adverso, para que se levantem as barreiras, mas o que existe de comum e de abordável, para que se lancem as estradas da paz; empreguemos toda a nossa energia em estabelecer um mútuo entendimento; ponhamos de lado todo o instinto de particularismo e de luta, alarguemos a todos a nossa simpatia.Reflictamos em que são diferentes os caminhos que toma cada um para seguir em busca da verdade, em que muitas vezes só um antagonismo de nomes esconde um acordo real”- Agostinho da SILVA, “Por um fim de batalha”, Considerações [1944], in Textos e Ensaios Filosóficos I, introdução e organização de Paulo Borges, Lisboa, Âncora Editora, 1999, p. 117.
[3] Podem consultar o nosso site em: http://www.circuloentreser.org/

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Meditação Guiada - Atenção Plena da Respiração c/ João Palma


Mindfulness é uma daquelas coisas que realmente tem que experimentar para entender. Mindfulness versa sobre a aceitação da sua experiência actual, apenas como é, se isso é bom, mau ou neutro. A redução da ansiedade ou o relaxamento normalmente acontecem, ou talvez não, o importante é aprender a aceitar a vida, com as suas experiências, e esse é o verdadeiro valor de mindfulness.
MINDFULNESS - O QUE É? - Ver mais informações

Como introdução à meditação mindfulness pode experimentar, por si só, ouvindo esta prática guiada por João Palma. Poderá também ter interesse em aprender e praticar presencialmente com um instructor, participando num dos próximos encontros meditativos >>







Mais Práticas Guiadas


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A Meditação Altera a Estrutura do Hipocampo e de Forma Diferente em Homens e Mulheres

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As análises mostraram que as dimensões do hipocampo eram superiores, tanto nos meditadores do sexo masculino como do sexo feminino quando comparados ao sexo e controlos pareados por idade.

Em média, o hipocampo humano mostra diferenças estruturais entre os meditadores e os não-praticantes de meditação, bem como entre homens e mulheres. No entanto, há uma falta de investigação que explore possíveis efeitos do género sobre a anatomia do hipocampo no âmbito da meditação.

Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Psychology recorrendo à ressonância magnética procurou estudar o impacto das práticas de meditação de longo prazo na anatomia do hipocampo. Estudos de neuroimagem que remontam a 2008 até aos dias de hoje têm demonstrado que a meditação altera a composição do hipocampo (; , , ,; ; ). Por exemplo, o hipocampo de uma pessoa que pratica a meditação é maior e tem conexões celulares internas mais densas. Os níveis de matéria cinzenta no hipocampo são também superiores em pessoas que têm uma rotina meditativa.

O hipocampo é um pequeno órgão situado dentro do lóbulo temporal central do cérebro e é uma parte importante do sistema límbico, a região que regula as emoções. O hipocampo é associado principalmente com a memória, em particular memória a longo prazo. O órgão igualmente tem um papel importante na navegação espacial.

O Estudo
Neste novo estudo os investigadores esperavam ver diferenças anatómicas entre o hipocampo de homens e mulheres experientes na pratica meditativa. Neste sentido, foram obtidos dados de ressonância magnética de alta resolução de 30 praticantes de longo prazo de meditação (15 homens / 15 mulheres) e 30 indivíduos do grupo de controlo (15 homens / 15 mulheres - Não praticam meditação) para avaliar se se manifestavam efeitos específicos no hipocampo de forma diferencial nos cérebros do sexo masculino e femininos.

Resultados
As análises mostraram que as dimensões do hipocampo eram superiores, tanto nos meditadores do sexo masculino como do sexo feminino quando comparados ao sexo e controlos pareados por idade. Ou seja, os resultados de estudos anteriores foram confirmados pela observação do hipocampo de homens e mulheres que meditam era maior e mais pesado e com mais matéria cinzenta do que os do grupo de controlo.

No entanto, os efeitos da meditação diferiram em magnitude entre homens e mulheres, lateralidade, e localização na superfície do hipocampo. A alteração na densidade nos homens, no entanto, foi "lateralizada", e afecta ambas as extremidades do hipocampo, mas com as alterações observadas no hemisfério esquerdo. Por outro lado, nas mulheres foi observado, mais especificamente, alterações no hemisfério direito do hipocampo.

Tais resultados divergentes para a variável sexo podem ser devido a diferenças genéticas (inatas) ou adquiridas entre cérebros masculinos e femininos nas áreas envolvidas na meditação e/ou sugerir que os hipocampos dos homens e das mulheres são diferencialmente receptivos às práticas de mindfulness.

Quais os mecanismos específicos meditativo ou específicos de cada sexo contribuem para o desenvolvimento destas diferenças anatómicas ainda são desconhecidos, esperando-se que futuros estudos investiguem esta e outras questões.
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América Mindful: A Transformação mútua da Meditação Budista e da Cultura Americana



meditação mindfulness
América Mindful fornece uma visão crítica sobre as origens das práticas de meditação mindfulness na história budista asiática, e mostra como a meditação mindfulness veio a ser popular (especialmente entre os leigos) no budismo americano.

Em que medida o movimento mindfulness tem moldado as noções correntes de meditação, espiritualidade, e o budismo no Ocidente? Como a religião asiática foi adaptado para a América mainstream? Eu terminei de ler este livro intrigante que explora o fenómeno do movimento da atenção plena na América. O autor, Wilson, é um professor budista e de estudos religiosos. América Mindful é o primeiro exame abrangente e crítico da prática da atenção plena na América.

Wilson trata a história do budismo como uma história de apropriação e de mudança em resposta às necessidades seculares e localiza e descreve mindfulness, na América, num tempo, que seria no final do século XX e início do século XXI. Argumenta também que ao longo das últimas três décadas mindfulness passou de uma técnica religiosa asiática pouco conhecida para uma panaceia amplamente elogiada e para uma indústria de fazer dinheiro. Hoje, a abordagem Mindfulness é apresentada como uma técnica de ponta pode ajudar quase em tudo, desde o sucesso financeiro a orgasmos fora de série.

Este livro de 260 páginas é bem documentado e de fácil leitura para os leigos no assunto. A abordagem do autor tende a ser previsível cínica e estereotipada. Por vezes, as suas críticas aos defensores do movimento são repetitivas de capítulo para capítulo. No entanto, ele tece centenas de fatos interessantes, citações e fontes do próprio movimento mindfulness e aborda seis questões,
que refletem várias dimensões desta revolução silenciosa:

Chapter 1 Mediating Mindfulness: How Does Mindfulness Reach America?
Chapter 2 Mystifying Mindfulness: How is Mindfulness Made Available for Appropriation?
Chapter 3 Medicalizing Mindfulness: How is Mindfulness Modified to Fit a Scientific and Therapeutic Culture?
Chapter 4 Mainstreaming Mindfulness: How is Mindfulness Adapted to Middle Class Needs?
Chapter 5 Marketing Mindfulness: How is Mindfulness Turned into a Commercial Product?
Chapter 6 Moralizing Mindfulness: How is Mindfulness Related to Values and Worldviews?


Um tema bastante relevante abordado neste livro relaciona-se com o crescimento de Mindfulness em ambiente médico. À medida que mindfulness penetra no reino clínico, somos obrigados a considerar como o paradigma da medicina ocidental afeta a antiga prática meditativa e vice-versa. Inerente a este assunto é discutida também a própria noção do secular. Dado o ambiente secular dos contextos de saúde, está tudo irrevogavelmente alterado pela transformação de mindfulness a partir de uma prática largamente Budista a uma secular, medicalizada? Será que ela perde a sua capacidade transformadora? Qual é o papel das preocupações soteriológicos e cosmológicas anteriormente cruciais para a prática de mindfulness? O que o Budismo e a Medicina ganham ou perdem em virtude da evolução desta interação? O livro de Wilson fornece os dados necessários para uma discussão inteligente e informada nestas matérias.



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CBS - Meditação, Mindfulness e Espiritualidade

meditação mindfulness
Esta reportagem centra-se nas raízes espirituais da prática e como esta pode ser usada para transformar a sociedade. Em destaque estão Sakyong Mipham Rinpoche, líder espiritual da tradição budista Shambhala e...

Meditação, Mindfulness e Espiritualidade

Atualmente a meditação mindfulness é praticada nas escolas, prisões e até mesmo num mundo organizacional. Esta reportagem centra-se nas raízes espirituais da prática e como esta pode ser usada para transformar a sociedade. Em destaque estão Sakyong Mipham Rinpoche, líder espiritual da tradição budista Shambhala e Sharon Salzberg, facilitadora de meditação budista e co-fundadora da Insight Meditation Society.




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