meditacao,
A meditação mindfulness ou atenção plena é mais comumente definida como o estado de estar atento e consciente ao que está a acontecer no momento presente. Nesta definição, a consciência caracteriza-se pela observação contínua dos estímulos internos e externos, enquanto a consciência está focada na atenção (Brown & Ryan, 2003).
Kabat-Zinn (1994) descreve mindfulness como “prestar atenção de forma particular, de propósito, no momento presente e sem julgamento" (citado em Baer, 2003). Apesar de ter as suas raízes na psicologia, filosofia e meditação budistas, a prática de mindfulness foi trazida para a cultura ocidental nos últimos 35 anos.
Segundo a tradição, mindfulness entrou no mundo através de Siddhārtha Gautama. Há mais de 2.500 anos atrás, o príncipe Siddhārtha descobriu que o corpo e a mente criam o seu próprio sofrimento. Esta consciência permitiu-lhe transformar o sofrimento e atingir a iluminação. A partir desse momento, tornou-se conhecido como o Buda. Ele via-se a si mesmo como um médico e partiu numa demanda para ajudar outras pessoas a acabar com o seu próprio sofrimento (Olendzki, 2005).
A pedra angular do seu trabalho foi denominado de Vipassana, um conjunto de exercícios mentais que ensina os praticantes a gerir o que surge ao redor e dentro deles.
Pela constante observação a estas novas experiências, o indivíduo começa a reconhecer a impermanência dos pensamentos, das emoções, das imagens, dos sons, etc. Em vez de tentar manter, interpretar ou restringir essas experiências, elas são simplesmente observadas e aceites como são.
Bishop e colaboradores (2004), na tentativa de definir operacionalmente mindfulness, afirma que as abordagens baseadas em mindfulness não são consideradas técnicas de relaxamento ou técnicas de gestão de humor, mas sim uma forma de treino da mente que visa reduzir a vulnerabilidade cognitiva, diminuindo os padrões reativos da mente que assistem ao aumento do stresse e do sofrimento. Estes exercícios de treino da mente têm como fim desenvolver uma atenção plena consciente dos estímulos internos e externos.
Referências Bibliográficas:
- Baer, RA. (2003). Mindfulness training as a clinical intervention: A conceptual and empirical review. Clinical
Psychology: Science and Practice, 125-143.
- Bishop, S.R, Lau, M., Shapiro, S., Carlson, L., Anderson, N.D., Carmody, J., Segal, Z.V., Abbey, S., Speca, M.,
Velting, D., & Devins, G. (2004). Mindfulness: A proposed operational definition. Clinical Psychology:
Science and Practice, 11, 230-241.
- Brown, K.W., & Ryan, R.M. (2003). The benefits of being present: Mindfulness and its role in psychological
well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 84, 822-848.
- Olendzki, A. (2005). The roots of mindfulness. In C.K. Germer, R.D. Siegel, & P.R. Fulton (Eds.). Mindfulness
and Psychotherapy (pp. 241-261). New York: The Guilford Press.
Meditação Mindfulness - Vipassana
Segundo a tradição, mindfulness entrou no mundo através de Siddhārtha Gautama...
" Vipassana no contexto ocidental é agora conhecida como mindfulness, aquilo a que Bennett-Goleman (2001) descreve como ver as coisas como elas realmente são, sem tentar modificá-las."
A meditação mindfulness ou atenção plena é mais comumente definida como o estado de estar atento e consciente ao que está a acontecer no momento presente. Nesta definição, a consciência caracteriza-se pela observação contínua dos estímulos internos e externos, enquanto a consciência está focada na atenção (Brown & Ryan, 2003).
Kabat-Zinn (1994) descreve mindfulness como “prestar atenção de forma particular, de propósito, no momento presente e sem julgamento" (citado em Baer, 2003). Apesar de ter as suas raízes na psicologia, filosofia e meditação budistas, a prática de mindfulness foi trazida para a cultura ocidental nos últimos 35 anos.
Segundo a tradição, mindfulness entrou no mundo através de Siddhārtha Gautama. Há mais de 2.500 anos atrás, o príncipe Siddhārtha descobriu que o corpo e a mente criam o seu próprio sofrimento. Esta consciência permitiu-lhe transformar o sofrimento e atingir a iluminação. A partir desse momento, tornou-se conhecido como o Buda. Ele via-se a si mesmo como um médico e partiu numa demanda para ajudar outras pessoas a acabar com o seu próprio sofrimento (Olendzki, 2005).
A pedra angular do seu trabalho foi denominado de Vipassana, um conjunto de exercícios mentais que ensina os praticantes a gerir o que surge ao redor e dentro deles.
Pela constante observação a estas novas experiências, o indivíduo começa a reconhecer a impermanência dos pensamentos, das emoções, das imagens, dos sons, etc. Em vez de tentar manter, interpretar ou restringir essas experiências, elas são simplesmente observadas e aceites como são.
Essa percepção da impermanência das coisas e da natureza ilusória da EU, conseguida através da prática de vipassana é o que, leva a aliviar/eliminar o sofrimento. Vipassana no contexto ocidental é agora conhecida como mindfulness, aquilo a que Bennett-Goleman (2001) descreve como ver as coisas como elas realmente são, sem tentar modificá-las.
Bishop e colaboradores (2004), na tentativa de definir operacionalmente mindfulness, afirma que as abordagens baseadas em mindfulness não são consideradas técnicas de relaxamento ou técnicas de gestão de humor, mas sim uma forma de treino da mente que visa reduzir a vulnerabilidade cognitiva, diminuindo os padrões reativos da mente que assistem ao aumento do stresse e do sofrimento. Estes exercícios de treino da mente têm como fim desenvolver uma atenção plena consciente dos estímulos internos e externos.
Referências Bibliográficas:
- Baer, RA. (2003). Mindfulness training as a clinical intervention: A conceptual and empirical review. Clinical
Psychology: Science and Practice, 125-143.
- Bishop, S.R, Lau, M., Shapiro, S., Carlson, L., Anderson, N.D., Carmody, J., Segal, Z.V., Abbey, S., Speca, M.,
Velting, D., & Devins, G. (2004). Mindfulness: A proposed operational definition. Clinical Psychology:
Science and Practice, 11, 230-241.
- Brown, K.W., & Ryan, R.M. (2003). The benefits of being present: Mindfulness and its role in psychological
well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 84, 822-848.
- Olendzki, A. (2005). The roots of mindfulness. In C.K. Germer, R.D. Siegel, & P.R. Fulton (Eds.). Mindfulness
and Psychotherapy (pp. 241-261). New York: The Guilford Press.
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