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A Relação Mente-Corpo: Um Debate Ancestral



Dr. Strange, mais uma produção hollywoodesca, com as suas virtudes e defeitos, cujo excerto apresentado em baixo chama a atenção para o antigo debate sobre a relação mente-corpo - ou seja, como pode algo não material, um pensamento, uma emoção afetar o corpo material?




Este tema continua a desafiar filósofos e cientistas, o pressuposto implícito de que mente e corpo são entidades separadas.


Do 'Buda' Gautama a Plotino, de Nagarjuna até Spinoza, uma longa linhagem de pensadores através dos tempos propuseram que a mente e o corpo são duas faces da mesma moeda. No entanto, as suas preciosas contribuições foram remetidas para a filosofia ou para a religião o que, infelizmente, terá causado rejeição pelos académicos modernos. No entanto, as evidências científicas recentes de áreas tão diversas como a medicina, a psicologia social, a neurobiologia e a ciência cognitiva, demonstram claramente as vantagens da utilização das práticas de integração ‘mente-corpo’, como a meditação, o yoga, chi-kung, entre muitas outras.

Durante mais de um século, o modelo biomédico tem sido a força dominante na medicina ocidental, postulando que toda a doença é um produto de um defeito biológico, muitas vezes iniciado por um agente patogénico biológico. Este modelo é, obviamente, redutor, pretendendo explicar todas as doenças em termos biológicos. É também exclusivo, uma vez que quaisquer sintomas que não possam ser explicados em termos biológicos não são tidos em consideração. Isto levou ao dualismo corpo-mente em que "distúrbios mentais" são muitas vezes excluídos das principais preocupações da medicina ocidental, a menos que possa ser explicado por um problema somático subjacente.

No entanto, cada vez mais se preconiza um modelo caracterizado por utilizar uma abordagem holística do ser humano, permitindo contemplar não só a dimensão biológica da pessoa, mas também os seus aspetos mentais, emocionais e espirituais, juntamente com a consideração do seu ambiente social e cultural. Além disso, a otimização da saúde e a cura da pessoa estão diretamente relacionados ao que hoje é denominado de processo de crescimento e desenvolvimento humano. Trata-se então de uma abordagem salutogénica para a saúde, que incentive a promoção da mesma, concentrando-se em fatores de saúde, em vez de fatores de risco.





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Mindfulness: Uma ferramenta para os nossos dias



Nos últimos anos, a práticas das abordagens baseadas em Mindfulness tem vindo a ganhar largos milhares de praticantes, ajudando-os a tornarem-se melhores pessoas e a resolver/aliviar muitos problemas das suas vida.

Você ficará surpreso com o quão incrivelmente simples é vivenciar uma vida infinitamente mais calma e energética através do poder de mindfulness. Mas para tal acontecer será necessário uma prática regular.


Seguem alguns dos insights benéficos que podem emergir na mente do praticante através do treino de mindfulness:

(1) a maior parte dos nossos pensamentos é condicionada pela experiência e não é necessária e objectivamente verdadeira;
(2) os pensamentos agradáveis e desagradáveis ocorrerão ao longo de nossa vida, quer queiramos quer não;
(3) todos os pensamentos e sentimentos são temporários e;
(4) embora possamos ser agarrados por um pensamento, os pensamentos são ilusórios - como as cintilações numa tela de cinema.

Uma abordagem baseada em mindfulness para tratar a ansiedade, por exemplo, passa pela pessoa ficar menos identificada com os nossos pensamentos: simplesmente notando o evento, tal como está a ocorrer, com aceitação e curiosidade.

Mindfulness conduz ao insight, e o insight conduz à sabedoria. O tipo de insight aqui referido não é o conceito intelectualmente apreendido sobre a sua narrativa pessoal, mas um vislumbre mais visceral e intuitivo da nossa condicionada vida mental e física, construída, mutável e impessoal, alcançável, sobretudo, pela prática regular. É um insight que afrouxa os laços do apego e abre o coração a um contexto mais amplo do que o meramente auto-referencial ou de mim próprio.

À medida que os padrões inconscientes do comportamento se tornam expostos pelo treino mental, através da prática de mindfulness, perdem muito do seu poder de nos enganar e de nos obrigar. A forma como os estímulos dos sentidos são organizados a cada momento na construção da personalidade e da visão do mundo começa a mudar. Eventualmente, episódios recorrentes de uma visão profunda contribuirão para alterações mais duradouras da mente, um processo que os budistas referem como o aprofundamento da sabedoria.
Esse tipo de percepção muda-nos profundamente.



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Mindfulness: uma excelente forma de aliviar a ansiedade






Vivemos uma grande parte da nossa vida com preocupações inúteis. Pequenas tensões aqui e ali que se vão acumulando em stress e por vezes transformando-se numa ansiedade debilitante. Imaginamos os piores cenários sobre o futuro, a agenda sobrelotada, as questões financeiras e recordamos o passado com nostalgia. Permitimos ser consumidos por um frenesim desnecessário.

Seria interessante que em vez de sermos arrastados por esses pensamentos 'negativos', pudessemos estar conscientes (Mindful). Esta situação é possível pela prática de Mindfulness.
Mindfulness é uma prática que nos permite estar plenamente presentes no momento, com o que está a acontecer, 'bom' ou 'mau' ou 'neutro'.

A ansiedade é um desperdício de tempo?

A ansiedade, na sua essência, é uma forma irracional de medo. Capturados pelo medo tendemos a pensar que algo mau pode acontecer a qualquer momento, que não somos bom o suficiente, ou que alguém pode estar a pensar negativamente acerca de nós.

O mundo da ansiedade é um mundo de ficção. Para os nossos antepassados o medo constante era uma necessidade. Quando só os fortes sobreviviam, estar sempre vigilante ao perigo era necessário. Esta capacidade contribuiu para a continuidade da espécie, permintindo lutar/fugir com/dos predadores, procurar abrigo, comida e água.

Nas sociedades contemporâneas, felizmente, as nescessidade básicas estão satisfeitas. Não precisamos de nos preocupar com ameaças à espreita em cada esquina. No entanto, certas partes primitivas do nosso cérebro ainda são fortemente propensas a produzir medo e ansiedade. E agora, o medo é activado não por ameaças reais, tal como no passado remoto, mas por ameçadas percepcionadas. Isto significa que temos a capacidade de transformar um evento real, não ameaçador, num evento altamente nocivo para a nossa saúde mental e física.



Reconhecer a Ansiedade

É fácil entendermos que a ansiedade é contraproducente, mas isso não nos ajuda, por si só, a não senti-la ou a não sermos afetados. A ansiedade inevitavelmente descobre caminhos para nos encontrar, mas em vez de permitir que ela se multiplique devemos ser rápidos a reconhecê-la e a procurar uma 'cura'.


Entrando no modo de Mindfulness

Embora haja uma abundância de estratégias que podemos usar para aliviar a ansiedade, Saliento uma prática, altamente eficaz: mindfulness.

Se usado correctamente, Mindfulness é quase infalível para ajudar a aliviar o stress e as preocupações.

Então o que é?
Mindfulness é uma actividade consciente. É uma proposta para fazer o oposto daquilo que as nossas mentes fazem naturalmente. Ou seja, no quotidiano as nossas mentes vagueiam sem controlo, pensando numa míríade de coisas, saltando de assunto em assunto. Quando praticamos estar conscientes trabalhamos activamente este fenómeno. Procuramos foco na tarefa presente e no momento presente.


A necessidade da prática

Actualmente, com a sobrestimulação sensorial as capacidades de estar consciente e atento estão absolutamente fragmentadas. Tal como a maioria das competências, Mindfulness deve ser desenvolvida e refinada. No entanto, mindfulness é incrível, porque podemos praticá-la quando quisermos, onde quisermos, pelo tempo que desejarmos.

Inicialmente descobrimos que a nossa mente divaga a uma velocidade alucinante. É difícil acalmar a torrente dos pensamentos e das emoções. Isto é completamente natural e expectável. Procuramos seguir a nossa respiração e as sensações que ela tem no nosso corpo por um período de tempo que pode ir de alguns segundos até o tempo que desejar. Suegere-se iniciar com sessões curtas, de alguns minutos várias vezes ao dia. Com o tempo aumentamos as sessões e diminuimos a frequência para uma a duas vezes por dia.

Podemos ver tudo como uma oportunidade para estar consciente. Podemos praticar mindfulness durante as caminhadas e em todas as tarefas rotineiras. Uma vez iniciado o processo ele tornara-se-á mais fácil de praticar, conseguindo períodos de atenção focada cada vez maiores e uma paz e tranquilidade também crescentes.

Procure praticar seguindo uma das meditações guiadas em:
Ver práticas guiadas


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Thich Nhat Hanh - 'Walk With Me'

O actor Benedict Cumberbatch, nomeado para o Óscar por "O jogo de imitação" e vencedor de um Emmy por "Sherlock", disse: "Fui tocado profundamente pelos ensinamentos de Thich Nhat Hanh. Foi uma grande honra trabalhar em 'Walk With Me. "Não tenho dúvidas de que o público em todo o mundo ficará sensibilizado por este filme.

O documentário 'Walk With Me' é uma viagem cinematográfica ao mundo de Mindfulness - a prática de trazer a atenção para o momento presente. É uma visão meditativa e íntima de uma comunidade de monges e freiras budistas que desistiram de todas as suas posses, deixaram as suas casas e partiram com as suas economias de vida para um fim comum - para a prática da arte de mindfulness e os ensinamentos do mundialmente famoso mestre Zen budista Thich Nhat Hanh.

Thich Nhat Hanh, o monge Vietnamita, que Martin Luther King Jr. nomeou para o Prémio Nobel da Paz, é um dos mais populares mestres Zen de todos os tempos e é amplamente reconhecido pela introdução de mindfulness no mundo ocidental.
Além disso, é um activista de direitos humanos, poeta e autor de sucesso. Os seus livros já venderam aos milhões em todo o mundo, e durante os últimos cinquenta anos a sua própria prática de mindfulness tocou os corações e mentes das pessoas à procura de um estilo de vida livre de ansiedade e de stress.

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Filmado nas profundezas do inverno no seu mosteiro em França, e também na estrada com Thich Nhat Hanh e os seus monges na Europa e na América do Norte, capturando a sua viagem de Vancouver até ao Mississippi, Nova York, Washington, San Diego e Londres.
Por meio de entrevistas íntimas e filmagem observacional, "Walk With Me - On The Road Com Thich Nhat Hanh", oferece uma rara visão sobre a vida monástica e as razões profundamente pessoais pelas quais monges e monjas de Thich Nhat Hanh decidiram deixar as suas famílias e seguir os seus passos.
Comovente e honesto, 'Walk With Me' aborda os temas universais de pertença, amor, perda, esperança e a morte; relevante não apenas para os monges e monjas de Thich Nhat Hanh, mas para todos nós.


Ver mais em:
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Yoga

Yoga - Estilos Ashtanga Hatha Anusara...



Existem tantos estilos diferentes e sabores de yoga que pode sentir-se confuso.
Desde uma sessão exigente e suada de Ashtanga, passando pela ênfase no alinhamento em Iyengar, até a uma sessão de ‘abertura de coração’ em Anusara. Cada estilo permite uma forma diferente de se conectar com a antiga sabedoria que subjaz ao yoga.

O Yoga não é uma moda passageira - tem resistido ao teste do tempo. Há muitos tipos de Yoga, a maioria não são bem conhecidos em Portugal, embora todos partilhem o mesmo objectivo - a união da mente e do corpo. Alguns são mais físicos, outros centram-se mais na meditação. O Yoga mais popular é o Hatha Yoga.
Hatha Yoga é um caminho físico que visa harmonizar corpo, mente e alma através da disciplina física, movimento, quietude, e controlo da respiração. Hatha yoga é tão popular, que, salvo indicação contrária, é geralmente seguro supor-se que, se alguém se refere a yoga referem-se a Hatha Yoga.


Porquê praticar?

O yoga é mais do que uma prática física, é também uma prática Mindful, de consciência plena ao momento presente.
O yoga permite que crie presença e equilíbrio interno, desfrutando de uma boa saúde e um corpo em forma através dos princípios da respiração, alinhamento.

Questões relevantes a pensar na escolha do estilo de yoga:
1. Qual é o seu nível de experiência com o yoga?
2. Qual é o seu nível de fitness?
3. Deseja incorporar a espiritualidade na sua prática?
4. Prefere ficar mais tempo nas posturas ou prefere o fluir de postura em postura?
5. Deseja que o yoga faça parte do seu estilo de vida?
6. Deseja ser mais ousado na sua prática de yoga?
7. O que mais espera obter com a sua prática de yoga?
8. O que yoga significa para si?



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Eckhart Tolle - O que é meditação?



Eckhart Tolle descreve o significado da meditação.












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pratica

Rara e Preciosa Alegria


Já se perguntou o quanto experimenta alegria?
Talvez não muito. Talvez a alegria não seja um visitante muito frequente e quando aparece é fugaz.



A Alegria surge quando estamos abertos tanto à beleza, como ao sofrimento inerente à vida.
Como um grande céu que inclui todos os diferentes tipos de clima, a alegria é uma qualidade expansiva de presença.
Ela diz "Sim à vida, não importa o quê!"
No entanto, temos a tendência de substituir a nossa capacidade inata de alegria com o nosso diálogo interior incessante, com as nossas tentativas crónicas para evitar o desconforto e para manter, o mais possível, o prazer, o agradável.
Ao invés da alegria no momento presente, vivemos em recordações e projecções, tentamos chegar a outro lugar, para experimentar algo que pensamos ser melhor, diferente.

Veja o que acontece se se comprometer a amar a vida. Comece por se lembrar de fazer pausas e saborear os prazeres simples. Tenha a intenção de trabalhar suavemente as dificuldades. Abra o seu coração para a vida que ocorre neste momento e permita-se descobrir que a alegria nunca está muito longe.


Saiba que a alegria é mais rara,
mais difícil e mais bela
do que a tristeza.
Depois de ter feito esta
importante descoberta,
deve abraçar a alegria como uma obrigação moral

― André Gide



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Meditação Mindfulness & Neurociência



1. Introdução

Como neurocientista mindful e praticante de meditação há vinte e cinco anos (desde 1991), acredito que estamos actualmente a viver momentos verdadeiramente excitantes. Recentemente, a comunidade neurocientífica internacional começou a interessar-se pela meditação mindfulness, demonstrando os seus benefícios nos praticantes.

Até há relativamente pouco tempo acreditava-se que o cérebro era um órgão não-regenerável. Por outras palavras, pensava-se que as células cerebrais (neurónios) não eram dotadas da possibilidade de se regenerar ou de se adaptar após trauma ou lesão, ou mesmo de mudar ao longo das nossas vidas. No entanto, investigação recente, incluindo estudos sobre mindfulness, demonstrou precisamente o oposto – que o cérebro tem, de facto, a capacidade de se adaptar e mudar, uma característica conhecida por “neuroplasticidade”.

Diversos cientistas concluíram que práticas contemplativas, tais como mindfulness, podem alterar a estrutura do cérebro e o seu funcionamento. Usando uma técnica não-invasiva de neuroimagiologia, conhecida por ressonância magnética funcional (functional magnetic resonance imaging (fMRI), na terminologia inglesa), os neurocientistas conseguem "olhar" para dentro dos nossos cérebros, e detectar eventuais alterações de forma e função.

Vários estudos mostram que, em praticantes experientes de meditação, as regiões cerebrais que ficam activas durante a meditação são, na realidade, diferentes daquelas que são activadas em não- praticantes. De facto, a prática regular de meditação parece dar origem a alterações em áreas específicas do cérebro, essenciais para funções cognitivas tais como atenção, aprendizagem, tomada de decisão, e regulação de emoções.

E a melhor notícia é que algumas destas alterações podem acontecer em apenas oito semanas – exactamente a duração do programa MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction, isto é, redução de stress baseada em mindfulness).


English Version

Mindfulness Meditation: Neuroscience

1. Introduction

As a mindful neuroscientist who has been meditating for twenty-five years (since 1991), I believe we are currently living truly exciting times. The international neuroscientific community has recently become interested in mindfulness meditation, and has already started showing its benefits.
Until not too long ago, the brain was believed to be a non-regenerable organ. In other words, brain cells (neurons) were thought not to have the ability to regenerate or adapt after trauma or injury, or even to change throughout the course of our lives. However, recent research, including studies on mindfulness meditation, has demonstrated precisely the opposite – that the brain has, in fact, the capacity to adapt and change, a feature known as “neuroplasticity”.

Scientists have concluded that contemplative practices, such as mindfulness meditation, may change brain structure and function. Using a non-invasive neuroimaging technique known as functional magnetic resonance imaging (fMRI), neuroscientists are able to look into our brains, and perceive eventual changes of form and function.
Several studies have shown that, in experienced meditation practitioners, brain regions that activate during meditation actually differ from those activated in non-practitioners. In fact, regular meditation practice seems to elicit changes in specific areas of the brain, which are essential for cognitive functions such as attention, learning, decision-making, and emotion regulation.
And the best news is that some of these changes may happen in as little as eight weeks – exactly the duration of the MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction) program.




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Rick Hanson - Faça amizade com o seu corpo

Muitos de nós (eu incluído) tendemos a levar aos limites e gerar muito stress nos nossos corpos. Isso pode ser bom para uma emergência a curto prazo, mas não é uma forma sustentável de correr a maratona, que é a vida humana.
Assim, a prática sugerida é fazer amizade com o seu corpo. Escolha uma forma (ou mais) para tratar o seu corpo como um bom amigo por um minuto, uma hora, ou um dia inteiro - e veja o que acontece. A bondade começa em casa, e nossa casa física é o corpo.

Como trata o seu corpo?

A prática:
Faça amizade com o seu corpo.

Porquê?
Imagine que seu corpo está separado de si e considere as seguintes questões:
Como é que o seu corpo cuidou de si ao longo dos anos? Tais como mantê-lo vivo, dar-lhe prazer e levá-lo de lugar para lugar.
Em troca, quão bem cuidou do seu corpo? Tais como acarinhá-lo, alimentá-lo e fazer exercício ou levá-lo ao médico. Por outro lado, de que forma pode descuidá-lo, alimentá-lo com ‘fast-food’ ou intoxicá-lo com medicamentos ou drogas?

Sente-se crítico com seu corpo? Por exemplo, decepcionado ou constrangido com o seu corpo? Sente desilusão por isso, ou gostaria que fosse diferente?
Se o seu corpo pudesse falar consigo, o que poderia dizer?
Se o seu corpo fosse um bom amigo, como o trataria? Seria diferente de como o trata agora?


Pessoalmente, não posso deixar de ficar tenso quando eu próprio enfrento estas questões. É comum abusarmos do corpo, ignorar as suas necessidades até que elas se intensificam e dessintonizar os seus sinais. E em seguida, largamos o corpo na cama, exausto, no final de mais um longo dia.
As pessoas também podem ficar coléricas com o seu corpo: como se fosse culpa do corpo ter excesso de peso ou estar a envelhecer.

Mas se fizer qualquer uma dessas coisas, poderá acabar por pagar um custo elevado, uma vez que você e o seu corpo não são entidades separadas. As suas necessidades e prazeres e dores são as suas próprias. Um dia, o destino do seu corpo será o seu próprio destino.

Por outro lado, se tratar bem do seu corpo, como um bom amigo, irá sentir-se melhor, ter mais energia, ser mais resistente e resiliente e, provavelmente, viver mais.


Como?
Lembra-se de um momento em que recebeu bem um bom amigo? Qual foi a sua atitude para com o seu amigo, e que tipos de coisas fez com ele ou ela? Como se sentiu interiormente por ser agradável para com o seu amigo?
Em seguida, imagine um dia destes tratar do seu corpo como um outro bom amigo. Imagine amar este amigo – o seu corpo – desde o momento em que acorda, ajudando-o a sair da cama, sendo gentil com ele, ficando conectado a ele, sem pressas… Qual seria a sensação?

Imagine estimar o seu corpo à medida que se move através da manhã - ajudá-lo amavelmente a beber água, dando-lhe um bom banho, e servindo-lhe comida saudável e deliciosa. Imagine tratar do seu corpo com amor.
Como esta abordagem o faria sentir?

Provavelmente experimentaria menos stress, maior relaxamento e calma, mais prazer, maior facilidade, e uma sensação de estar no controlo da sua vida. Além disso, um sentido implícito de ser gentil consigo mesmo, já que num sentido abrangente você não tem só um corpo, você é também o seu corpo; tratá-lo bem é tratar-se bem a si mesmo.
Se o seu corpo pudesse falar, o que lhe poderia dizer depois de ser tratado com amor por um dia?

Então, de verdade, trate bem do seu corpo por um dia (ou mesmo por apenas alguns minutos). Qual o impacto? De que formas o faz sentir-se bem? Observe qualquer relutância em ser gentil com o seu corpo. Talvez a sensação de que isso seria auto-indulgência ou pecaminoso. Explore essa relutância, caso exista, e perceber porque está presente e decidir se faz sentido. Se isso não acontecer, voltar a tratar bem do seu corpo.

Se pudesse falar com o seu corpo o que poderia dizer-lhe? Talvez escrever uma carta ao seu corpo, dizendo-lhe que tomou consciência que não o tem tratado tão bem como poderia no passado e como quer ser melhor com ele no futuro.

Faça uma pequena lista de como cuidar melhor do seu corpo, como parar de fumar, ou sair do trabalho mais cedo, ou ter mais tempo para os prazeres corporais simples. Em seguida, comprometa-se a tratar melhor o seu corpo.

A bondade começa em casa.
A sua casa é o seu corpo.





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Simples intervenção de mindfulness melhora a atenção



Intervenção mindfulness de curto prazo reduz os efeitos negativos na atenção associados com o "media multitasking".

Introdução

Os dispositivos pessoais que nos permitem aceder a qualquer momento, em qualquer lugar à informação digital introduziram-nos ao fenómeno de "media multitasking", onde somos expostos a imensa informação digital em simultâneo. Criamos o hábito de estar constantemente a mudar a atenção entre os e-mails, mensagens de texto, atender telefonemas, navegação na web e ouvir música, tudo ao mesmo tempo e por vezes a trabalhar. A investigação demonstrou que as pessoas que se envolvem em grandes quantidades de "media multitasking" têm um desempenham significativamente mais baixo em medidas de capacidade da atenção do que aquelas que estão menos expostas.

Photo: Student with laptop wearing earbuds
Uma investigação recente mostra que os multitaskers de informação digital beneficiaram de um curto exercício de meditação, no qual os participantes sentaram-se calmamente contando as suas respirações.
Pessoas que frequentemente misturam o seu consumo de informação digital - mensagens de texto enquanto assistem TV, ou ouvirem música durante a leitura - são conhecidos por não serem capazes de dirigir eficazmente a sua atenção para uma tarefa. Mas aumentar o seu foco pode ser tão simples como respirar.

Foto: Jeff Miller


O Estudo

A investigação da Universidade de Wisconsin-Madison sugere que quanto maior for a exposição à informação digital em multitarefa, menor a nossa capacidade de prestar atenção. Uma solução pode ser um simples exercício de meditação.

De acordo com esta universidade, os estudos têm demonstrado que as pessoas que consumem mais informação digital em simultêno estão mais distraídas não só no momento, mas também na generalidade das suas vidas, o que pode afectar o desempenho académico, laboral e os relacionamentos.

A maioria de nós que estuda o “media multitasking" considera que a monitorazação de muitas fontes constantemente - em vez de dedicar-se apenas a um - induz um estado de atenção mais fragmentado
afirmou C. Shawn Green, um professor de psicologia na universidade e autor principal do estudo.

Mas Green e o co-autor do estudo Thomas Gorman descobriram que um simples exercício de meditação pode aumentar significativamente a capacidade das pessoas prestarem atenção, particularmente entre os usuários que frequentemente usam várias fontes de informação digital. Baseando-se em investigações anteriores da Wisconsin-Madison, mostrando que contar respirações (nove expirações e inspirações) tem uma série de benefícios, Green e Gorman testaram a “técnica” entre os grandes e pequenos utilizadores de “media multitasking".


Resultados

Os resultados mostraram que os grande utilizadores de “media multitasking" tiveram resultados mais baixos do que os pequenos utilizadores e ambos os grupos exibiram melhores resultados na atenção logo após contar as respirações. No entanto, os grandes utilizadores de “media multitasking" tiveram o maior incremento após o exercício respiratório.

Pensamos que esta tarefa de mindfulness pode ser particularmente útil para os utilizadores de “media multitasking", porque é, conceptualmente, um pouco o oposto do “media multitasking,
disse Green.

De salientar que o aumento da capacidade atencional não durou mais de um dia. No entanto, Green sugere o estudo mostra que as pessoas com mentes distraídas devido à multitarefa digital podem recuperar, e talvez treinar o seu alcance atencional. De acordo com Gorman, as mentes podem distrair-se durante o exercício e, como tal, requer prática activa no ajustamento e no recentrar da atenção.
"Ninguém pode manter o foco num único objecto indefinidamente", Afirmou Gorman.

Quando notar a sua atenção a vaguear, simplesmente traga-a de volta, uma e outra vez. Assim, está a praticar essa competência, reorientando a sua atenção.

O estudo, “Short-term mindfulness intervention reduces the negative attentional effects associated with heavy media multitasking”, foi publicado na revista Scientific Reports.


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guiada

Meditações Guiadas #1





MINDFULNESS (Atenção Plena) - Curta Prática para Principiantes - 10m
♥ Mindfulness - Pausa dos 3 passos - 4m
Meditação - c/ Paulo Borges - 10m
Mindfulness no Corpo (body scan) - c/ João Palma - 15m
MINDFULNESS - Cultivo da Bondade - 18m
MINDFULNESS - Cultivo da Gratidão 15m (432Hz)
MINDFULNESS 10 Minutes Breath Meditation w/ Karunavira
Atenção Plena da Respiração c/ João Palma
Atenção Plena da Respiração c/ Sagarapriya
Meditação guiada #1 c/ paulo borges
Meditação guiada #2 c/ paulo borges
Meditação guiada #3 c/ paulo borges
Meditação guiada #3 c/ paulo borges
Shorter Body Scan - Karunavira (Bangor Univ.)



SUGESTÃO A prática regular

Para obter os benefícios da meditação é necessário praticar regularmente. Como acontece com qualquer atividade não é possível ir mais fundo se não dedicarmos a nossa atenção e engajamento.
Tente meditar todos os dias, ou pelo menos várias vezes por semana. Se não medita durante semanas ou meses irá ser mais difícil quando tentar novamente. Inevitavelmente, haverá momentos em que a última coisa que quer fazer é meditar, mas, mesmo por apenas alguns minutos, muitas vezes, essas sessões são as mais produtivas.

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MINDFULNESS - O QUE É?

O termo mindfulness (atenção plena) deriva da palavra Sati, em Pali, (Smṛti em Sânscrito), um elemento essencial da prática budista. A prática de mindfulness está cada vez mais presente na Psiquiatria e Psicologia para aliviar uma variedade de condições físicas e mentais, incluindo transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade e na prevenção de recaída na depressão e dependência de drogas. Tem ganho popularidade no mundo inteiro como um método de excelência para lidar com as emoções.

Contrariamente à crença popular, mindfulness não procura esvaziar a sua mente de pensamentos ou emoções. Na sua base, é o prestar atenção ao momento presente, sem ficar apegado ao passado ou sem se preocupar com o futuro, sem julgamentos, com abertura e curiosidade.

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Meditar parece ajudar a retardar o processo de envelhecimento

Um estudo realizado na Universidade de Zaragoza pelo Grupo de García Campayo (psiquiatra e investigador responsável do Grupo “Salud mental en atención primaria”) e publicado recentemente (03 de março de 2016) na prestigiosa revista Mindfulness em 22 de fevereiro de 2016, intitulado "Zen meditation, Length of Telomeres, and the Role of Experiential Avoidance and Compassion"?". Investiga-se o comprimento dos telómeros (proteínas situadas nas extremidades dos cromossomas e correlacionados com a expectativa de vida) em meditadores Zen (Comunidade Budista Espanhola de Soto Zen) com anos de prática de meditação e indivíduos saudáveis da mesma idade e sexo que nunca meditaram.


Mindfulness
Mindfulness refere-se a uma consciência atenta que emerge através da focalização intencional na experiência presente de uma maneira imparcial ou não julgadora. Evidências sobre a sua eficácia têm vindo a aumentar exponencialmente e investigações recentes sugerem que a prática de meditação está associada com maior comprimento dos telómeros. No entanto, os mecanismos psicológicos subjacentes a esta potencial relação são ainda largamente desconhecidos.

O estudo
Foram examinados os comprimentos dos telómeros de um grupo de 20 meditadores Zen experientes (com mais de 10 anos de prática, mínimo 1h diária de prática) e os telómeros de 20 participantes, grupo de controlo, com características semelhantes aos meditadores, mas que nunca meditaram anteriormente. Também foram avaliadas múltiplas variáveis ​​psicológicas relacionadas com a prática da meditação.


Conclusões
Embora as conclusões deste estudo devam ser consideradas com precaução, principalmente devido ao tamanho reduzido da amostra, confirmam que o comprimento dos telómetros é significativamente mais elevado nos meditadores. Apesar da relação de mindfulness e o comprimento dos telómeros permanecer pouco clara, de acordo com os resultados, é provável que a aceitação (avaliada como a ausência de evitamento experiencial), um processo que é especificamente promovido pela prática de mindfulness, na meditação geral e Zen em particular, desempenhe um papel fundamental.

Assim, parece que a ausência do evitamento da experiência emocional e pensamentos negativos é essencial para a ligação entre a meditação e o comprimento dos telómeros, sugerindo que a meditação regular pode prolongar a expectativa de vida.

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6 Qualidades Inestimáveis - Paramitas



Paramita é uma palavra sânscrita que significa atravessar para a outra margem. Paramita também pode ser traduzida como “perfeição”, realização “perfeita”, ou chegar mais longe, além dos condicionamentos. Através da prática destas seis paramitas, podemos atravessar o mar de sofrimento (samsara) para a costa da felicidade e do “despertar” (nirvana); atravessamos da ignorância e da ilusão para a “iluminação”. Cada uma das seis paramitas é uma qualidade, uma virtude ou atributo - a semente inata da “perfeita” realização dentro de nós. As paramitas são a própria essência da nossa verdadeira natureza.


1/ Generosidade (Dana)
Dando de si mesmo, dando tempo e apoio sempre que necessário, quando necessário, sem pensar em retorno.


2/ Ética (Sila)
Comportamento ético, moral e virtuoso. Fazer o que é certo, no momento certo. Mantendo-se disciplinado e no caminho certo.


3/ Paciência (Kshanti)
A tolerância com todas as pessoas, situações e experiências fora do nosso conforto.
Aceitação e tolerância.


4/ Diligência (Virya)
Perseverança entusiástica, energia, força e diligência para permanecer no caminho, mesmo quando se torna difícil e desconfortável.


5/ Meditação (Dhyana)
Concentração e auto-reflexão. Contemplação em coisas fora da nossa compreensão imediata.


6/ Sabedoria / Discernimento (Prajna)
A sabedoria é uma parte de todas as paramitas anteriores. É a base onde elas assentam. A sabedoria vem com o tempo. Não pode ser apressada, embora todos nós somos sábios dentro de nossa própria compreensão de cada momento. Neste sentido irá evoluir à medida que tomar cada passo da sua vida. Tornar-se-á sábio quando vir a sua verdade, a suas falhas, sucessos, esforços, e assim por diante como apenas o que são, momentos impermanentes do seu ser. “Abrir mão” destes é o fruto da sua sabedoria.

Estas são qualidades que procuramos trabalhamos em todas as actividade que promovemos.








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"Medicina Mente-Corpo" pode reduzir os custos dos cuidados de saúde



Estudo revela como a medicina de integração "mente-corpo" pode reduzir os custos dos cuidados de saúde.
As práticas que treinam a resposta de relaxamento, como a meditação, yoga e a oração, podem reduzir a necessidade dos serviços de saúde em 43%, de acordo com um estudo do Massachusetts General Hospital (MGH), com afiliação a Harvard.O estudo está publicado na revista científica PLOS ONE . Vários estudos anteriores demonstraram que induzir a resposta de relaxamento - um estado fisiológico de repouso profundo - não só alivia o stress e a ansiedade, mas também afeta fatores fisiológicos, como a pressão arterial, frequência cardíaca e o consumo de oxigénio.

Os autores do estudou salientaram que as doenças relacionadas com o stress, como a ansiedade e a depressão, são a terceira maior causa de gastos com saúde nos Estados Unidos depois das doenças cardíacas e do cancro (que também são afetados pelo stress). O cenário em Portugal é semelhante!
O estudo, levado a cabo no MGH’s Institute for Technology Assessment and the Benson-Henry Institute (BHI) for Mind Body Medicine, descobriu que os indivíduos no programa da resposta de relaxamento recorreram menos aos serviços de saúde no ano após a sua participação em relação ao ano anterior.


As conclusões preliminares do nosso estudo indicam que os programas que treinam os pacientes para desencadear a resposta de relaxamento - especificamente aqueles ensinados no BHI - também podem reduzir drasticamente a utilização dos cuidados de saúde
disse James E. Stahl, o autor líder do estudo.

Estes programas promovem bem-estar e em alturas de grandes constrangimentos financeiros e de recursos limitados nos cuidados de saúde poderiam aliviar o fardo sobre os nossos sistemas de saúde a um custo mínimo e com nenhum risco real.

A resposta de relaxamento foi descrita pela primeira vez há mais de 40 anos atrás por Herbert Benson, professor na Harvard Medical School, fundador e diretor emérito do BHI e um dos co-autores deste estudo.

A resposta de Relaxamento

Esta resposta de relaxamento pode ser compreendida como uma capacidade natural dos organismos retornarem ao seu estado de equilíbrio, uma vez terminada a fonte de stress ou os estímulos adversos (internos e/ou externos), O oposto fisiológico da resposta de ‘luta ou fuga’. Benson salienta que a resposta de relaxamento não é mobilizada com tanta rapidez como ocorre com a resposta de ‘luta ou fuga’, e que pode ser potenciada e treinada por práticas e/ou técnicas terapêuticas tradicionais, tais como: técnicas de respiração, meditação de concentração e/ou de insight ou atenção plena (mindfulness), atividade física, oração, relaxamento muscular, yoga, entre outros, e tem sido demonstrada ser útil no tratamento de transtornos relacionados com o stress, que vão desde a ansiedade à hipertensão.


Benson afirma que:
Sentimos que as intervenções mente-corpo que são de baixo custo e essencialmente livres de risco  devem ser incorporadas nos cuidados preventivos regulares.
Benson acrescentou ainda que:
Desde o início, o nosso principal objetivo tem sido o de melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas mediante a neutralização dos efeitos nocivos do stress e aliviar muitas doenças que são causadas ou agravadas pelo stress. 
Agora, o desafio é divulgar estes resultados que sentimos que será de grande interesse para os prestadores e pagadores dos cuidados de saúde, tais como as companhias de seguros e os decisores políticos.

Adaptado do original por Vítor Bertocchini

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Em busca da felicidade: onde reside no cérebro?

Uma equipa de investigadores da Universidade de Kyoto (Japão) conseguiu mapear a fonte da felicidade no cérebro através do uso de exames de ressonância magnética e de um questionário de felicidade. O estudo revelou uma correlação positiva entre a matéria cinzenta numa zona do cérebro, conhecida como pré-cúneo, e se a pessoa se descreve ou não como feliz. A maior massa cinzenta nessa zona cerebral parece estar associada uma maior felicidade. Esta descoberta abre caminho em direção a uma forma de avaliar objetivamente a felicidade e também salienta que exercícios como a meditação podem aumentar o bem-estar.




O que é a Felicidade?

A procura da felicidade tem marcado e continua a marcar a história da humanidade. Apesar do seu estudo científico ser relativamente recente, a felicidade como tema de reflexão filosófica remonta até à antiga Na Psicologia, Grécia. Ryan e Deci (2001) referem que podem ser considerados dois eixos estruturantes em torno dos quais se tem realizado o estudo da felicidade. Um eixo composto pela Eudaimonia e um segundo pela Hedonia.

Eudaimonia

O Bem-Estar Eudemónico tem origem em Aristóteles e salienta a experiência de crescimento pessoal e a excelência de carácter, a ética, sendo a felicidade considerada como consequência da realização do verdadeiro potencial de cada um (Haybron, 2000).

Hedonia

Contrastando com a perspectiva anterior, a perspectiva Hedónica foi desenvolvida também há milhares de anos atrás e foca o sentimento subjectivo do bem-estar ou de prazer. De uma forma geral, o Hedonismo é a filosofia do prazer, a ideia de que o prazer é bom e a dor é negativa. Tem como protagonistas Aristipo (435–366 BCE) e Epicuro (342–270 BCE). Aristipo, rompendo com a tradição socrática, defendeu que o prazer sensorial era melhor do que qualquer outro, pois é mais intenso. Ao contrário de Aristipo, Epicuro preferia os prazeres de longo termo em detrimento dos prazeres imediatos, valorizando os prazeres psicológicos e dando mais atenção aos prazeres do descanso. Ele valorizou especialmente a Ataraxia, que era uma forma de alcançar a tranquilidade emocional e a felicidade através da diminuição da intensidade das paixões e dos desejos.


O Estudo

Num estudo recente, publicado na revista científica Scientific Reports, do grupo da revista Nature, neurologistas japoneses afirmam ter encontrado a sede da Felicidade no cérebro.



No estudo, Wataru Sato e o seu grupo de investigadores, reuniram um grupo de voluntários e compararam imagens de ressonância magnética do cérebro dessas pessoas com um questionário sobre o estado emocional e de satisfação com a vida de cada uma. Cruzando essas informações eles concluíram que a felicidade acontece quando as emoções positivas se combinam com uma sensação de satisfação pessoal numa área do cérebro conhecida como pré-cúneo, uma região no lóbulo parietal medial, que está relacionada com a memória episódica, a autorreflexão e a consciência.

Substrato neurológico da felicidade

A equipa de investigadores acredita que existe uma possível base neurológica da felicidade no pré-cúneo. Podemos sentir as emoções de forma diferente, mas deve haver uma base neurológica subjacente à experiência subjetiva de ser "feliz". Compreender esse mecanismo, de acordo com Sato, vai ser um grande avanço na quantificação dos níveis de felicidade objetiva.

Além disso, a mesma região mostrou uma associação com os níveis combinados entre a intensidade emocional (positiva e negativa) e o significado da vida. Estes resultados sugerem que o pré-cúneo medeia a felicidade subjetiva, integrando informação emocional e cognitiva.


Implicações para intervenções futuras


A descoberta de que a felicidade subjetiva está associada à estrutura do pré-cuneo tem várias implicações interessantes para os neurocientistas e psicólogos. Porque o pré-cúneo recebe projeções generalizadas de regiões corticais e subcorticais, será interessante investigar a dinâmica da rede neuronal (por exemplo, o pareamento pré-cúneo/amígdala) para aumentar a felicidade subjetiva. Construtos complexos como a felicidade raramente envolvem apenas uma região do cérebro.

Uma vez que os estudos estruturais/funcionais de neuroimagem anteriores indicam que o pré-cúneo está envolvido em vários outros construtos psicológicos, como a depressão, a auto-consciência, e a criatividade, pode haver conexões entre estes e a felicidade subjetiva.

Como alguns estudos de neuroimagem estrutural têm demonstrado que a Meditação aumenta o volume de matéria cinzenta no pré-cúneo, pode ser possível desenvolver programas de treino, baseados na evidência, focados na prática de Meditação e na análise da estrutura do pré-cúneo para se estudar a felicidade subjetiva.
acrescenta ainda Sato.


Referências bibliográfica:

- Haybron, D.M. (2000). Two Philosophical Problems in the Study of Happiness. Journal of Happiness Studies, Volume 1, Issue 2, 207 - 225.


-Ryan, R. M. & Deci, E. L. (2001). On happiness and human potentials: a review of research on hedonic and eudaimonic well-being. Annu. Rev. Psychol., 52, 141-166.

- Wataru Sato, Takanori Kochiyama, Shota Uono, Yasutaka Kubota, Reiko Sawada, Sayaka Yoshimura, Motomi Toichi (2015). The structural neural substrate of subjective happiness. Sci. Rep. 5, 16891; doi: 10.1038/srep16891.



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O Stress e Os Efeitos Negativos Na Sua Mente


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O que é o Stress?

De forma simples, o stress é uma resposta biológica e psicológica vivida no encontro daquilo que percebemos como ameaça.
Um agente gerador de stress é o estímulo (ou ameaça), que provoca o stress. Por exemplo, exame, divórcio, morte de um ente querido, mudança de casa, perda de emprego.
Numa primeira fase, julgamos a situação e decidimos se é ou não é ameaçadora. Esta decisão é tomada com base em estímulos sensoriais e de processamento (ou seja, as coisas que vemos e ouvimos na situação, e também em memórias armazenadas (ou seja, o que aconteceu na última vez que estivemos numa situação aparentemente similar).

Como é ativado?

Se a situação é julgada como sendo de ameaça é ativado o eixo HPA (Hipotálamo, Pituitária e glândulas Adrenais). O hipotálamo (na base do cérebro) é então ativado. O hipotálamo é responsável pelo início da resposta ao stress. Quando esta resposta é acionada são enviados sinais para outras duas estruturas: a glândula pituitária, e a medula adrenal, que desencadeiam um conjunto de reações em cadeia, também conhecida como resposta de luta, (congelamento) ou fuga.

O stress repentino e severo geralmente produz:
Aumento da frequência cardíaca;
Aumento da frequência respiratória;
Diminuição da actividade digestiva;
Glicose hepática libertada para energia

Como reação de emergência, o stress despoleta comportamentos imediatos, em certas ocasiões irracionais e frequentemente repetitivos. Lembre-se que existe uma padrão típico de reatividade pessoal.

Um certo nível stress é necessário

Se na vida não existissem desafios ela tornar-se-ia monótona. Todos nós temos stress e um nível razoável até é benéfico para o organismo – o eustress, que é diferente do stress negativo – o distress (vulgarmente denominado de stress).
Mesmo os eventos de vida positivos podem ser considerados geradores de stress. Por exemplo, a maioria das pessoas pensa que iniciar um novo emprego ou ter um filho como boas mudanças. E a maioria das pessoas acha que essas boas mudanças também são stressantes.

Assim, o stress tem também as suas vantagens: para além de nos retirar de situações de emergência vitais, ajuda-nos a melhorar o rendimento e a termos uma maior atenção e mais energia em certas situações. Mas isto é apenas verdade até certo ponto, pois a partir de um determinado nível de stress não há aumento dos aspetos positivos, pelo contrário. Pode ser esquematizado num gráfico em forma de sino: à medida que o stress aumenta, o rendimento melhora até ao ponto de corte, a partir do qual se inverte o processo.

O Stress Crónico - uma bomba relógio!

Quando é stress é continuado, o tipo que a maioria de nós enfrenta dia após dia, ele realmente começa a mudar o seu cérebro e a ter um impacto altamente negativo no seu organismo. O stress crónico, como estar sobrecarregado ou ter discussões familiares ou no trabalho, pode afetar o tamanho do cérebro, a sua estrutura e a sua função, até mesmo ao nível dos seus genes.
Quando o eixo HPA é ativado, são segregadas as denominadas hormonas do stress, como a adrenalina e o cortisol, por exemplo.


Altos níveis de cortisol durante longos períodos de tempo podem danificar o seu cérebro. O stress crónico aumenta o nível de atividade e o número de conexões neuronais na amígdala, o centro do medo do seu cérebro. E com os níveis de cortisol elevados, os sinais elétricos no seu hipocampo, a parte do cérebro associada à aprendizagem, memórias, e controlo do stress deterioram-se.

O hipocampo também inibe a atividade do eixo HPA. Assim, quando o hipocampo fica mais enfraquecido, o mesmo acontece com a sua capacidade de controlar o seu stress. Isso não é tudo. O cortisol pode literalmente fazer com que seu cérebro diminua de tamanho, resultado da perda de conexões sinápticas entre os neurónios e a diminuição do seu córtex pré-frontal, a parte do seu cérebro os regula comportamentos como a concentração, tomada de decisão, julgamento e interação social. Isso significa que o stress crónico pode tornar mais difícil o seu processo de aprendizagem e e de recordar, e também prepara o cenário para problemas mentais mais sérios, como a depressão e, eventualmente, a doença de Alzheimer.


atualmente áreas com forte interesse são a Epigenética e a Herança Epigenética.


Trata-se da ideia de como a nossa informação genética transmite mais informações do que a própria sequência de letras codificadas nos seus pares de bases do ADN. Foi demonstrado que vários tipos de stress induziram essas mudanças epigenéticas, mas os mecanismos subjacentes envolvidos permanecem desconhecidos.

Resumindo, os efeitos do stress podem também impacto no ADN do seu cérebro e eventualmente passar essa informação para as próximas gerações.


Há várias formas de reverter aquilo que o stress faz ao seu cérebro.

As atividades com maior impacto são a atividade física e a Meditação.

Controle os seus níveis de stress antes que o stress controle a sua vida.




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Mindfulness - Curta Prática 10m






Mindfulness é uma daquelas coisas que realmente tem que experimentar para entender. Mindfulness versa sobre a curiosidade e a aceitação da sua experiência atual, apenas como é, independentemente de ser boa, negativa ou neutra. A redução da ansiedade ou o relaxamento normalmente acontecem, ou talvez não. O importante é aprender a aceitar a vida, com as suas experiências. Esse é o verdadeiro valor desta prática.

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Mindfulness - Cultivo da Gratidão - 15m



Da mesma forma que o corpo é influenciado pelo que comemos, a mente é moldada pelas nossas experiências, vividas ou imaginadas. Esse fluxo de experiências esculpe progressivamente o cérebro, transformando, portanto, a mente. Com esta prática transforme fatos positivos em experiências positivas, potenciando os sentimentos de CONEXÃO e de FELICIDADE.

Uma das formas mais poderosas para mudar a atmosfera da mente é através de uma prática muito simples de gratidão.
A gratidão é um reconhecimento gracioso de tudo o que nos sustenta, uma apreciação dos momentos positivos que sustentam a nossa vida todos os dias.
Seguramente, temos muito a agradecer!

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