saude
Este artigo é a segunda parte de uma série dedicada à gestão do stresse e mindfulness. O último artigo continha uma definição de stresse (uma reacção a uma mudança ou tensão) e algumas ideias básicas sobre o que é. Foi referido que que o stresse pode ser uma resposta a uma mudança ou uma tensão que é física ou emocional; que um elevado stresse pode ser o resultado quer de uma acumulação de várias pequenas tensões, ou um de um evento maior; que mesmo mudanças positivas podem produzir stresse; que estar num estado de alto stresse produz alterações físicas/psicológicas que não são boas para as pessoas; que ninguém pode evitar totalmente o stresse; e que as pessoas podem escolher como elas reagem ao stresse.
Outros artigos desta série:
1. Gerir o Stresse: Introdução
2. Gerir o Stresse: O Coping
3. Gerir o Stresse: Aprender Mindfulness
4. Gerir o Stresse: Estar em Atenção Plena em Momentos de Stresse
5. Mindfulness nas Actividades Quotidianas
A importância do Coping
O coping tem sido alvo de uma grande quantidade de investigação, assumindo-se que desempenha um papel importante na mediação entre eventos geradores de stresse e os resultados, como a ansiedade e a depressão, o mal-estar psicológico e queixas somáticas.
O que é o Coping?
Não representando um conceito homogéneo, o coping vem sendo descrito na literatura científica em termos de estratégias, estilos, tácticas, respostas, cognições ou comportamentos, revelando a controvérsia que também envolve este constructo. A palavra coping poderá ser traduzida para o português, significando: confrontar, lidar, fazer face, suportar, aguentar.
Assim o coping refere-se ao repertório de estratégias e estilos de regulação cognitivo-afetivo que as pessoas possuem, operarando através da manipulação das suas respostas físicas, psicológicas e comportamentais a eventos geradores de stresse.
Lazarus e Folkman (1984) definem coping como o conjunto de esforços cognitivos e comportamentais, em constante mudança, para gerir exigências específicas, internas e/ou externas, que são avaliadas como ultrapassando ou excedendo os recursos da pessoa.
Considerando esta definição, mindfulness (atenção plena) pode ser vista como um tipo de estratégia de auto-regulação a estímulos que potencialmente negativos e geradores de stresse.
Assim, as pessoas com mais mindfulness tenderão a relatar menos stresse percebido. Por outro lado, estas pessoas tenderão a usar estratégias de coping mais "racionais" e respostas menos emocionais e de evitamento.
Assim, parece que mindfulness altera o processo de stresse, atenuando as avaliações negativas das situações exigentes e facilitando o uso de formas adaptativas de coping com situações geradoras de stresse. Para além disso, mindfulness ajuda a aumentar o bem-estar psicológico, através da utilização dessas estratégias adaptativas de regulação.
Quantas Estratégias/Estilos de Coping existem?
O número de respostas de coping é potencialmente infinito, uma vez que cada pessoa pode desenvolver o seu método particular para lidar com os factores indutores de stresse, mas, apesar desta dificuldade, os investigadores chegaram a um número pequeno de dimensões gerais. Duas estratégias consistentemente identificadas têm sido o coping centrado no problema, o qual tem uma orientação para a tarefa, e o coping centrado na emoção, cuja orientação é para a pessoa.
Acredita-se que esta subdivisão em duas grandes classes é simples e económica, mas não contempla a variedade potencial das respostas. Além disso, pensa-se que as respostas de evitamento constituem um conjunto homogéneo, distinto dos outros dois grupos. Por outro lado, tem-se considerado outra dimensão geral de coping: o suporte social.
Assim e apesar de alguma controvérsia, a literatura revista permite considerar quatro grandes dimensões de coping, apresentadas no quadro sinóptico seguinte:
Coping centrado nos Problemas
Coping centrado nas Emoções
Coping por Evitamento
Coping por Suporte Social
Os resultados dos estudos sugerem que determinadas estratégias de coping estão associadas com melhor saúde física e mental. Especificamente, os esforços activos de coping estão relacionados com uma melhor saúde, enquanto que as estratégias por evitamento estão associadas a uma pior saúde. O evitamento pode fornecer o alívio provisório das situações que são exigentes, mas o seu uso continuado no tempo acaba por exacerbar as experiências problemáticas.
(Continua)
3. Gerir o Stresse: Aprender Mindfulness
2 - Gerir o Stresse: o Coping
...Não representando um conceito homogéneo, o coping vem sendo descrito na literatura científica em termos de estratégias, estilos, tácticas, respostas, cognições ou comportamentos...
# Saúde
Este artigo é a segunda parte de uma série dedicada à gestão do stresse e mindfulness. O último artigo continha uma definição de stresse (uma reacção a uma mudança ou tensão) e algumas ideias básicas sobre o que é. Foi referido que que o stresse pode ser uma resposta a uma mudança ou uma tensão que é física ou emocional; que um elevado stresse pode ser o resultado quer de uma acumulação de várias pequenas tensões, ou um de um evento maior; que mesmo mudanças positivas podem produzir stresse; que estar num estado de alto stresse produz alterações físicas/psicológicas que não são boas para as pessoas; que ninguém pode evitar totalmente o stresse; e que as pessoas podem escolher como elas reagem ao stresse.
Outros artigos desta série:
1. Gerir o Stresse: Introdução
2. Gerir o Stresse: O Coping
3. Gerir o Stresse: Aprender Mindfulness
4. Gerir o Stresse: Estar em Atenção Plena em Momentos de Stresse
5. Mindfulness nas Actividades Quotidianas
Este artigo abordará a importância que coping tem na meditação entre os eventos geradores de stresse e a saúde psicológica e físca.
O coping tem sido alvo de uma grande quantidade de investigação, assumindo-se que desempenha um papel importante na mediação entre eventos geradores de stresse e os resultados, como a ansiedade e a depressão, o mal-estar psicológico e queixas somáticas.
O que é o Coping?
Não representando um conceito homogéneo, o coping vem sendo descrito na literatura científica em termos de estratégias, estilos, tácticas, respostas, cognições ou comportamentos, revelando a controvérsia que também envolve este constructo. A palavra coping poderá ser traduzida para o português, significando: confrontar, lidar, fazer face, suportar, aguentar.
Assim o coping refere-se ao repertório de estratégias e estilos de regulação cognitivo-afetivo que as pessoas possuem, operarando através da manipulação das suas respostas físicas, psicológicas e comportamentais a eventos geradores de stresse.
Lazarus e Folkman (1984) definem coping como o conjunto de esforços cognitivos e comportamentais, em constante mudança, para gerir exigências específicas, internas e/ou externas, que são avaliadas como ultrapassando ou excedendo os recursos da pessoa.
Considerando esta definição, mindfulness (atenção plena) pode ser vista como um tipo de estratégia de auto-regulação a estímulos que potencialmente negativos e geradores de stresse.
Assim, as pessoas com mais mindfulness tenderão a relatar menos stresse percebido. Por outro lado, estas pessoas tenderão a usar estratégias de coping mais "racionais" e respostas menos emocionais e de evitamento.
Assim, parece que mindfulness altera o processo de stresse, atenuando as avaliações negativas das situações exigentes e facilitando o uso de formas adaptativas de coping com situações geradoras de stresse. Para além disso, mindfulness ajuda a aumentar o bem-estar psicológico, através da utilização dessas estratégias adaptativas de regulação.
Quantas Estratégias/Estilos de Coping existem?
O número de respostas de coping é potencialmente infinito, uma vez que cada pessoa pode desenvolver o seu método particular para lidar com os factores indutores de stresse, mas, apesar desta dificuldade, os investigadores chegaram a um número pequeno de dimensões gerais. Duas estratégias consistentemente identificadas têm sido o coping centrado no problema, o qual tem uma orientação para a tarefa, e o coping centrado na emoção, cuja orientação é para a pessoa.
Acredita-se que esta subdivisão em duas grandes classes é simples e económica, mas não contempla a variedade potencial das respostas. Além disso, pensa-se que as respostas de evitamento constituem um conjunto homogéneo, distinto dos outros dois grupos. Por outro lado, tem-se considerado outra dimensão geral de coping: o suporte social.
Assim e apesar de alguma controvérsia, a literatura revista permite considerar quatro grandes dimensões de coping, apresentadas no quadro sinóptico seguinte:
Coping centrado nos Problemas
Coping centrado nas Emoções
Coping por Evitamento
Coping por Suporte Social
Os resultados dos estudos sugerem que determinadas estratégias de coping estão associadas com melhor saúde física e mental. Especificamente, os esforços activos de coping estão relacionados com uma melhor saúde, enquanto que as estratégias por evitamento estão associadas a uma pior saúde. O evitamento pode fornecer o alívio provisório das situações que são exigentes, mas o seu uso continuado no tempo acaba por exacerbar as experiências problemáticas.
(Continua)
3. Gerir o Stresse: Aprender Mindfulness
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