evento-meditacao

Cérebro! Para que te quero?

O que acontece quando meditamos? E quando fazemos auto-hipnose?
Estamos condenados a viver com o cérebro que os nossos genes nos concederam?
Uma reflexão aberta sobre as questões da neuroplasticidade e a co-participação activa na nossa fisiologia. 
A responsabilidade indesmentível das nossas escolhas: o que decidimos fazer, pensar, sentir - a cada momento, a cada minuto, a cada segundo -, e o que deixamos de viver desenham o nosso cérebro de amanhã. Um olhar sobre a dinâmica “corpo, cérebro e consciência” e do impacto que a meditação e/ou a auto-hipnose parecem ter. Uma discussão sobre o modo como somos construídos e a margem para a nossa continuada reconstrução, pela perspectiva das neurociências.

Uma abordagem numa linguagem simples - para leigos!
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SÁBADO 29 de MARÇO  | 14h.30-17h.30 - Matosinhos

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Programa

* Como funciona o nosso cérebro? 
* Como é o cérebro dos grandes meditadores?
* E o sistema nervoso fora do cérebro? 
* Porque temos tantos neurónios fora do cérebro? 
* Onde moram as emoções? 
* Onde mora a consciência? 
* Porque é que a intuição se sente nas entranhas? 
* Como tomamos decisões? 
* Estaremos condenados a viver com o cérebro que 
   Deus nos  deu? 
* O que podemos fazer por ele?  
* Porque é que a meditação está a ser usada 
   em Harvard e noutras escolas de gestão? 

A proposta é: Conhecermo-nos melhor para aproveitar a vida ao máximo - uma visão das neurociências.

Praticamos custos escalonados para permitir que cada pessoa escolha de acordo com as suas possibilidades financeiras. 

Custo: 
A. 25 a 35€ (+ disponibilidade)
B. 20 a 25€ (- disponibilidade)
C. 15 a 20€ (concessão)

Após dia 21 de Março acresce 10€ ao valor inicial da inscrição.

Cancelamento: Até 21 de Março reembolso de 100%. A partir de 21 de Março não há reembolso.

Princípios que podem ser úteis ao processo de decisão: contribua com o montante que deixar o seu coração a sorrir. Para tal acontecer, esse montante deve assegurar o equilíbrio entre a sua necessidade de subsistência e a sua necessidade de contributo e partilha.


Bibliografia
- Begley, Sharon. (2009). The Plastic Mind. London: Constable
  Robinson
- John J. Ratey, Eric Hagerman. (2008). Spark. London: Quercus
- Lehrer, Jonah. (2009). Como decidimos: Lua de papel.
- Punset, Eduardo. (2010). Viagem ao poder da mente: Dom 
  Quixote.

Notas:
- É necessária inscrição prévia através do preenchimento do   
  formulário que se encontra no fim desta página.
- O evento é aberto a todos e não implica nenhum conhecimento    
  teórico ou prático de meditação, hipnose ou de neurociências.

Local:
Rua Afonso Cordeiro, nº323 Matosinhos
(Perto da fonte luminosa)

Para mais informações:
e-mail: eventos.spmbe @ gmail.com
Vítor Bertocchini

Orientação: Isabel Afonso

Isabel Afonso de Sousa é professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa(FCSH), na área da publicidade. 
Presidente da agência de publicidade IARB.
Mestre em Ciências da Comunicação.

Doutoranda em Neurociências pela Faculdade de Medicina, da Universidade de Lisboa. 
Coach certificada, Hipnoterapeuta certificada.
Membro do grupo de investigação em Psicossomática da Universidade Católica de Lisboa.

iafonso@me.com 

Eduardo Punset
(Treine o seu Cérebro, mude a sua Mente)


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Custo

A. ... € a … € (+ disponibilidade) - para quem tem alguma margem, ao valorizar a actividade, possibilita que outros com menos margem também participem. 

B. … € a … € (- disponibilidade) - para quem tem pouca margem; contribuindo para que a actividade seja viável.

C. … € a … € (concessão) para quem não tem margem; sabendo que há um equilíbrio na troca entre o conjunto dos participantes.

Se este modelo de contributo não for adequado à sua situação, não hesite em contatar-nos para podermos encontrar outra solução.





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Os Benefícios da Meditação numa reportagem da TV Globo


Objetivo
Intrigada com os benefícios da meditação, a bióloga Elisa Kozasa, doutorada em psicobiologia, decidiu investigar o cérebro das pessoas que meditam.

O estudo
Para isso reuniu um grupo de 20 voluntários que praticavam meditação há pelo menos três anos, no mínimo três vezes por semana, e comparou com 19 pessoas que não meditam.

Conclusões
As conclusões do estudo indicam que as pessoas que meditam têm um cérebro mais eficiente, ou seja, precisam de recrutar menos áreas cerebrais, do que as pessoas que não meditam, para a realização das mesmas funções.

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pratica

Está com pressa? Seja paciente!


É

bom querer que as coisas aconteçam de forma adequada e oportuna. Mas e se precisar de ficar “pendurado(a), por vários anos, no seu trabalho actual antes de conseguir passar para um melhor, ou se estiver preso(a) no trânsito, ou se o seu computador não responde às suas solicitações? E agora?

Paciência Vs. Impaciência

Paciência significa gerir os atrasos, as dificuldades ou desconfortos sem ficar com stress. As circunstâncias são o que são, mas a paciência protege-o(a), como um amortecedor, do seu impacto. Em contraste, com impaciência interpretamos as circunstâncias como se estivéssemos a ser impedidos ou maltratados, assim irá sentir-se frustrado(a), decepcionado(a) ou irritado(a). Em seguida, vem a insistência: "Isto tem de mudar! "Mas, por definição, não pode cumprir esse mandamento (caso contrário, não haveria nada para ficar impaciente).

3 ingredientes tóxicos da impaciência
A impaciência combina três ingredientes de stress tóxico:

experiências desagradáveis; 

pressão ou urgência e; 

falta de controlo. 

A impaciência com os outros contém uma crítica implícita e irritação - e as pessoas querem ficar longe de ambos. Apenas procure lembrar-se como se sente quando alguém está impaciente consigo. Ou considere como os outros reagem quando está impaciente com eles. A impaciência é insatisfação, é a resistência à maneira que é.

A paciência como virtude
Com paciência sentirá uma conexão  fundamental, a porta de entrada para o contentamento. A impaciência contém cólera, a paciência é pacífica. A impaciência reduz-se ao que há de "errado", enquanto a paciência mantém-se aberta para todas as possibilidades. A impaciência não suporta sentimentos desagradáveis; paciência ajuda a tolerar o desconforto físico e emocional. A impaciência quer recompensas agora, a paciência ajuda a tolerar a gratificação adiada, o que promove o aumento do sucesso e sentimento de valia.

A paciência pode parecer uma virtude superficial, mas , na verdade, ela encarna um profundo conhecimento sobre a natureza das coisas: eles estão entrelaçados, interdependentes, confusas, imperfeitas e, normalmente, nada tem a ver consigo. A paciência também contém um ensinamento maravilhoso sobre o desejo: deseje por alguma coisa, com certeza, mas esteja em paz quando não poder tê-la. A paciência sabe que não pode fazer fluir mais rápido o rio.


Como? 

 Para uma visão geral, reflita sobre essas questões :
 Como é que sente a paciência? E a Impaciência ?
 Como se sente quando pensa em alguém que é realmente paciente?
 E sobre alguém que é muito impaciente?
 O que o(a) faz impaciente?
 O que o(a) ajuda a ficar paciente ?


Em situações difíceis: 

• Tente afastar-se dos pensamentos que o(a) fazem ser impaciente, como a justiça, a superioridade ou outros valores. Lembre-se que os padrões diferem entre pessoas e culturas. Lembre-se de que (geralmente) nada é verdadeiramente urgente.

• Esteja ciente de todas as sensações do corpo ou emoções desencadeadas pelo atraso ou frustração - e veja se pode tolerá-los sem reagir com impaciência. Relaxe o seu corpo, venha para o momento presente e abra-se à sensação de que está basicamente tudo certo agora.

• Em vez de sentir que está "perdendo" tempo, encontre coisas que são gratificantes em situações que tentam a sua paciência, por exemplo, olhar ao redor e encontrar algo bonito. Preste atenção à sua respiração, enquanto relaxa o seu corpo e deseje bem aos outros. Da mesma forma, ao invés de se ver a si mesmo como "esperando em" situações, explore o sentimento de "estar com" elas. Aproveite o momento.

• Tente ter compaixão pelos outros que parecem estar no caminho ou demorando muito.

• Escolha uma conversa - ou mesmo um relacionamento - e deliberadamente traga mais paciência. Você poderá reagir de forma mais lenta e cuidadosa (e nunca interromper), deixar a outra pessoa ter mais tempo para conversar e permitir que questões menores passar.

• Jogue com situações de rotina - como uma refeição - e demore alguns segundos ou minutos extras antes de começar, com o objectivo de fortalecer os músculos da paciência. Ofereça a paciência como um presente - para os outros, lidando com os seus próprios problemas, e para si mesmo, querendo a verdadeira felicidade. A vida é como uma vasta paisagem com erva macia e espinhos afiados; a impaciência corre nos espinhos; a paciência coloca um par de sapatos antes do percurso espinhoso.

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ciencia

Cérebro, Meditação e Silêncio Mental: Perspectiva da Neurociência - Parte 2

budismo mindfulness
O sistema límbico é, de um ponto de vista evolutivo, uma estrutura antiga que é encontrada em seres humanos e animais inferiores e está associada com instintos de sobrevivência e emoções...

Funções Cerebrais envolvidas na Meditação
A pesquisa diz-nos que as funções cerebrais mais importantes envolvidas na meditação, independentemente da técnica, são os mecanismos que controlam a nossa atenção, regulam os efeitos do relaxamento e modulam o humor. De facto, a investigação mostra que, apesar das suas diferentes "marcas" (e preços) a maioria das técnicas de meditação, mais ou menos, envolvem essas mesmas funções. Grande parte destas descobertas surgiram a partir de estudos de ressonância magnética do cérebro. No entanto, também tem sido demonstrado que diferentes técnicas podem envolver outras áreas do cérebro, para além das referidas zonas comuns. Além disso, a forma em que estas áreas se envolvem e se relacionam umas com as outras também podem diferir entre as técnicas. Isto, obviamente, levanta a questão sobre qual padrão de actividade cerebral será bom para nós, mau para nós ou de nenhuma consequência.
Até ao momento não surgiu um entendimento único, unificado que explique todas as diferentes abordagens da meditação ou os seus muitas vezes diferentes efeitos sobre o cérebro.


Meditação num objecto ou mantra
Por exemplo, quando um praticante move sua atenção longe de distrações externas e foca-a num objecto ou mantra, redes de neurónios nos lobos frontais e também nos lobos parietais são activados.


Meditação na respiração ou num estado interno do corpo
Se o praticante traz a sua atenção para dentro, concentrando-se na sua respiração ou um estado interno do corpo, vai também activar uma parte do cérebro chamada de giro cíngulo anterior (que faz parte do sistema límbico), bem como uma área chamada ínsula.

Meditação em emoções
As técnicas de meditação que envolvem foco numa emoção também activam as interconexões entre os lobos frontais e o sistema límbico. Os lobos frontais e as interconexões entre os lobos frontais e sistema límbico são, portanto, uma parte importante do mecanismo de meditação.

Sensação de Relaxamento
A sensação de relaxamento que ocorre durante a maioria das práticas de meditação parece envolver regiões semelhantes do cérebro como aquelas mencionadas acima, mas também estruturas tais como a amígdala, a qual é um centro no sistema límbico, envolvida na experiência do medo (e, portanto, na reacção fight-or-flight ) e partes do tálamo, que está envolvido na regulação física do corpo. Isso faz sentido, já que o relaxamento só pode ocorrer quando a emoção do medo é reduzida, e está associada a eventos específicos no corpo físico, como a redução da pressão arterial, a activação reduzida dos músculos, a diminuição da frequência cardíaca e todas as outras características da resposta de relaxamento.

Melhoria do Humor
A melhoria do humor que a maioria dos meditadores reportam como resultado da meditação, também aparece relacionada a mudanças na activação de certas estruturas cerebrais. É bem conhecido, por exemplo, que o lobo frontal esquerdo tende a lidar com os sentimentos positivos, que se descrevem como alegria, enquanto o lobo direito parece lidar com sentimentos negativos. Quando o lobo direito é mais activo do que o esquerdo, tendem-se a ter sentimentos mais negativos do que positivos. Estas emoções são geradas como resultado das interações entre os lobos frontais e o centro emocional do cérebro, o sistema límbico. Durante a meditação vários estudos têm mostrado um aumento nas partes do cérebro que lidam com sentimentos positivos, ou seja, o lobo frontal esquerdo e suas interligações com o sistema límbico.

Meditação, Neurotransmissores e Hormonas
Outros estudos também demonstraram aumentos em neurotransmissores químicos, tais como a serotonina, endorfinas, dopamina e mesmo a melatonina no cérebro e na corrente sanguínea, e que são associados com o humor positivo.

Conclusão
Há um pequeno número de bons estudos que fornecem pistas importantes e fascinantes sobre o silêncio mental. Ele parece envolver os lobos frontais e o sistema límbico, presumivelmente, comunicando uns com os outros através das conexões fronto-límbicas num padrão que é simétrico em ambas as metades do cérebro. No entanto, à medida que a experiência de meditação aumenta as alterações que ocorrem nos lobos frontais, também parece espalhar para os lados e para trás, para passar a incluir os lóbulos parietais e possivelmente mais.

Cérebro, Meditação e Silêncio Mental: Perspectiva da Neurociência - Parte 1

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ciencia

Cérebro, Meditação e Silêncio Mental: Perspectiva da Neurociência - Parte 1


budismo mindfulness
O sistema límbico é, de um ponto de vista evolutivo, uma estrutura antiga que é encontrada em seres humanos e animais inferiores e está associada com instintos de sobrevivência e emoções...

A
ciência do cérebro tem demonstrado que certos componentes, particularmente a atenção focada, relaxamento e mudança de humor, ocorrem na maioria dos métodos de meditação e, portanto, é comum ver áreas do cérebro serem activadas durante as práticas meditativas, independentemente da técnica que esteja a ser estudada. No entanto, existem também investigações que mostram que diferentes técnicas podem envolver outras áreas do cérebro, para além das referidas áreas comuns. Além disso, a forma em que estas áreas se envolvem e se relacionam umas com as outros também podem diferir entre as técnicas. Isto, obviamente, levanta a questão sobre qual padrão de actividade cerebral é bom para nós, mau para nós ou de neutro. Até ao momento nenhum entendimento único, unificado que explique todas as diferentes abordagens para a meditação existe ou os seus diferentes efeitos sobre o cérebro. 



Duas áreas cerebrais importantes
As duas áreas importantes do cérebro que apresentam destaque na investigação da meditação são os lobos frontais, localizados na região da testa, acima das sobrancelhas e no sistema límbico, que está profundamente dentro do centro do cérebro. De modo geral, estas duas áreas funcionam e interagem para influenciar o nosso comportamento, as emoções, o pensamento e o que nós vamos fazer com a nossa vida. Por outras palavras, juntos, elas têm uma profunda influência sobre a nossa personalidade, quem somos e como nos sentimos.


Outras Zonas
As outras zonas do cérebro são os lobos parietais, a parte superior da cabeça, que lida principalmente com o corpo físico, os lobos occipitais na parte de trás da cabeça, que lidam com a visão e os lóbulos temporais, acima das orelhas, que lidam com a informação auditiva. 



Sistema Límbico
O sistema límbico é, de um ponto de vista evolutivo, uma estrutura antiga que é encontrada em seres humanos e animais inferiores e está associada com instintos de sobrevivência e com as emoções. O instinto de nutrir as nossas crianças, por exemplo, ou defender o território, são funções do sistema límbico. O sistema límbico, e as emoções em geral, têm sido estudadas por cientistas com um interesse excessivo nas emoções negativas, como medo, raiva, ansiedade e desespero. No entanto, os investigadores têm vindo recentemente a reconhecer que igualmente, se não mais, importante são as emoções positivas, como felicidade e amor pois afinal de contas são essas emoções que todos nós aspiramos alcançar. O viés em direcção à emoção negativa é, em parte, porque a neurociência surgiu a partir do estudo de animais, de doenças mentais (em vez de bem-estar mental) e, em parte , porque os cientistas parecem considerar que é mais fácil identificar os sentimentos negativos. 

 As emoções têm origem no sistema límbico, mas a natureza dessas emoções, positivas ou negativas, é fortemente influenciada pelos lobos frontais que se comunicam com o sistema límbico, através de um conjunto de importantes "conexões fronto-límbicas ". 


Lobos (Pré-)Frontais
Os lobos frontais são mais ou menos a "parte da frente" do cérebro. A parte mais importante dos quais é "o córtex pré-frontal ". Os lobos pré-frontais são considerados a parte mais recente e, portanto, mais evoluída do cérebro humano. Apenas alguns animais, os golfinhos são o melhor exemplo, ter uma versão semelhante da estrutura, embora bem mais limitada. Os nossos lobos pré-frontais parecem dar-nos a capacidade de experimentar a felicidade e prazer na vida. Eles também parecem ser responsáveis por outras qualidades humanas positivas importantes, como o idealismo, a alegria, a nossa capacidade de concentração, criatividade e nossa capacidade de pensar abstractamente. Os lobos frontais e o sistema límbico trabalham em conjunto para influenciar a nossa experiência. De forma simples, os lobos frontais interpretam as situações e os eventos e, em seguida, comunicam a interpretação através das "conexões fronto-límbicas" para o sistema límbico , que então produz a emoção “apropriada”. 



Zonas Específicas no Cérebro Unidades Funcionais
 Desde há muitos anos os investigadores do cérebro têm identificado zonas específicas no cérebro que lidam com funções específicas. Há uma área específica nos lobos temporais que lida com a audição e fala, por exemplo, e outra área nos lobos parietais que lida com as sensações físicas, e são mapeados na mesma parte do cérebro de cada pessoa. 
Extrapolando, pode-se pensar que há um único centro do cérebro que lida com cada aspecto das nossas vidas, a nossa personalidade, a mente e até mesmo a própria consciência. No entanto, o entendimento que agora está emergindo é que, enquanto certamente há centros que lidam com as funções básicas, funções mais complexas ocorrem como resultado da combinação destes diferentes centros numa unidade funcional, ou mesmo unidades paralelas, que trabalham em conjunto para criar uma experiência fluída. 



"Massa Cinzenta e Massa Branca"
 Outro desenvolvimento importante é que os cientistas começam a perceber que o córtex do cérebro, a "massa cinzenta ", que tem apenas cerca de 3 mm de espessura, e constitui uma pequena percentagem do total do cérebro, não é o único lugar onde ocorrem funções complexas e importantes. Há agora evidências emergentes para a importância das áreas profundas dentro do cérebro, as "estruturas subcorticais" ou "substância branca", como o sistema límbico. O que isto nos diz é que é bastante provável que a meditação pode realmente não desencadear apenas a activação de uma única área do cérebro, mas uma determinada rede ou várias redes de áreas, tanto na superfície do cérebro como mais profundamente, e que operam em conjunto para produzir a experiência da meditação e suas consequências benéficas. Agora pode entender o quão complexo este tipo de investigação pode tornar-se! 

Cérebro, Meditação e Silêncio Mental: Perspectiva da Neurociência - Parte 2

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sustentabilidade

As 5 plantas mais purificadoras do ar

A poluição não é apenas uma preocupação quando se está ao ar livre, é também um problema que merece atenção em sua casa.
Do tapete no chão, dos móveis, dos plásticos aos produtos de limpeza que usa, existem inúmeros contaminantes que podem estar diariamente infiltrados na sua casa. O ideal seria substituir essas substâncias tóxicas por substâncias bio-amigas e menos tóxicas, mas nem sempre é prático.

 Três grandes perigos encontrados na casa incluem:
• Formaldeído: em tapetes, estofos, colas, tintas, e muitos outros
• Benzeno: em plásticos, fibras sintéticas, lubrificantes, borracha, pesticidas e outros)
• Tricloroetileno: em removedores de tinta, solução de limpeza de tapetes, adesivos, e muitos outros.

Felizmente, a ciência demonstrou que algumas plantas de "interior" têm efeitos purificadores do ar, tornando-o mais limpo, ao mesmo tempo que transmitem uma beleza única.


Lírio da paz (Spathiphyllum)


Na década de 1980, a NASA e a Associated Landscape Contractors of America descobriram que o lírio da paz absorve benzeno, formaldeído, tricloroetileno, e muito mais. Para maximizar o potencial de limpeza do ar mantenha a folhas livres de poeira. As flores brancas imaculadas são um bónus com esta planta eficiente.

Manutenção: O lírio da paz prospera com pouca e bastante luz. Manter o solo ligeiramente húmido e fertilizar mensalmente durante a primavera e o verão, com um fertilizante líquido para todos os fins. Condições de pouca luz inibem a produção de flores.

Elimina: formaldeído, benzeno, tricloroetileno, xileno, amónio e outros.


Scindapsus (Pothos) aureus (Epipremnum aureum) 

O Pothos Dourado cresce de forma consistente em alta velocidade e é considerado um dos purificadores de interior mais eficazes do mundo das plantas. Exiba-o fora numa cesta de suspensão ou coloque-o em pequenos vasos. No nosso clima não sobrevive às temperaturas do inverno, por isso deva mantê-las no interior. Por experiência, também se dão muito bem em varandas cobertas (teto), desde que não apanhe sol directo. Excelente para cobrir paredes laterais, precisando de uma estrutura de suporte.

Manutenção: o Scindapsus cresce em qualquer situação de luz, excepto a luz solar directa. Molhá-lo quando o solo torna-se seco ao toque. Fertilizar mensalmente e podar as parte longas, se desejar, sem qualquer receio.

Elimina: formaldeído, xileno, tolueno, benzeno, monóxido de carbono, e outros.


Hera (Hedera helix) 

A Hera (Inglesa) é uma planta trepadeira perene que está bem adaptado às condições de interior e exterior. Elas são facilmente cultivadas como plantas de interior em cestos ou recipientes e são uma excelente opção para situações de pouca luz. Esta planta é recomendada para a remoção de alergénios, como o mofo.

Manutenção: as variedades de folhas verdes preferem luz indirecta brilhante e situações de pouca luz. As formas pálidas, variegadas precisam de luz brilhante, indirecta. Dê água generosamente durante o crescimento e mantenha o composto húmido, mas não encharcado durante os meses de inverno. Aplique um fertilizante líquido mensal equilibrado durante o crescimento.

Elimina: benzeno, monóxido de carbono, o formaldeído, o tricloroetileno e outros


Palmeira Areca (lutescens Chrysalidocarpus) 

A palmeira Areca é originária de Madagáscar. As folhas graciosas e em forma de arco conferem-lhe uma forma arquitectónica que fazem dela uma atraente planta de interior. De acordo com a NASA e a Associated Landscape Contractors of America a palmeira Areca é a planta mais eficiente na purificação do ar e é uma excelente humidificadora do ar.

Manutenção: Não sobrevive no exterior no nosso clima (salvo raras excepções onde se criou um microclima – alguém em portugal conseguiu com sucesso cultivar a Areca no exterior durante vários anos? Comentem mais abaixo), e cresce melhor sob luz brilhante filtrada com sombra do sol quente. Fornecer água abundante quando em crescimento, mas reduzir a rega no inverno. Aplicar um fertilizante líquido mensal equilibrado durante o crescimento.

Elimina: benzeno, monóxido de carbono, o formaldeído, o tricloroetileno, o xileno, e mais


Árvore da borracha (Borracheira; Ficus elastica)

A falsa borracheira é árvore de folha perene originária da Índia. Tropical na aparência, ela faz uma espécime em vaso muito atraente. As folhas são geralmente amplas, verde-escuro e brilhante. No entanto, algumas variedades apresentam folhas creme variegadas e tingidas de púrpura. As Testes mostraram que esta planta é especialmente eficientes na remoção de formaldeídodo ar. Todos nós a conhecemos, quer usada no interior, como no exteriror.

Manutenção: Cresce em sol directo ou brilhante, filtrada. Quando em crescimento, regar abundantemente, aplique um fertilizante nitrogenado mensal. Mantenha o composto húmido no inverno, mas com menos regas. Alguma poda pode ser necessário para reduzir o tamanho da planta. Limpe as folhas com um pano húmido periodicamente.

Elimina: monóxido de carbono, formaldeído, tricloroetileno e outros


O investigador Kamal Meattle é um defensor do meio ambiente e inovador da qualidade do ar na sua terra natal, a Índia. Lá, ele defende a "bancos maciços de plantas em vez de bancos maciços de equipamentos de climatização" para limpar o ar. Ele e outros interessados em métodos de purificação de ar naturais identificaram também várias plantas que são óptimas para a remoção de toxinas, incluindo substâncias cancerígenas do ar.

É bom seguir os bons exemplos. Por exemplo, Singapura passou do mero conceito "jardim na cidade" para um conceito incrível de "cidade num jardim".

ü Invista em plantas - mesmo numa pequena varanda pode fazer projectos incríveis 
ü Tenha-as por perto (em casa ou no escritório) 
ü Plante sempre que possível
ü Passe esta mensagem aos seus filhos e ao maior número de pessoas.

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Saborear uma curta meditação!


S
ente-se erecto(a), envolvido(a), mas relaxado(a). Saber relaxar na prática é fundamental. Nem rígido(a), nem demasiadamente suave.




Permita que os seus olhos se fechem

▶ Faça uma lenta e profunda inspiração

▶ Segure-a um pouco e de seguida solte o ar

▶ Permita que a respiração siga o seu curso normal. Não force nada

▶ Traga a sua atenção até onde mais sente a respiração. Pode ser o diafragma, peito ou a entrada das suas narinas. Não existe local errado

▶ Desde este ponto observe as suas 5 próximas respirações

▶ Abra os seus olhos

Parabéns acabou de realizar um curta meditação! Simples, não? 
Poderá praticá-la em qualquer lugar, sempre que lhe se lembrar e que precisar.
A meditação é das coisas mais naturais que existem!

Ver 16 mitos sobre a meditação

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pratica

16 mitos sobre a meditação


I
númeras pessoas confessam que gostariam de praticar meditação, mas simplesmente não são capazes de manter uma prática continuada. 

Aqui ficam alguns mitos relacionados com a meditação e que criam sérios obstáculos à sua prática:

• É muito complicada;
• Demora muito tempo;
• Não sou inteligente o suficiente;
• Sou demasiadamente velho;
• Sou muito novo;
• Tenho muita energia;
• Não sou paciente;
• Não sou espiritual;
• Não sou especial o suficiente;
• Não tenho tempo;
• Não consegui deixar de pensar;
• É um processo complexo e moroso;
• Fui de férias e quando regressei não fui capaz de retomar a prática;
• Não foi o que esperava;
• Não fiquei iluminado;
• Devo ter um mau carma.
Quer acrescentar mais algum? Poderá fazê-lo no espaço abaixo reservado para os comentários.

Apesar de a lista ser longa, podemos resumi-la em duas grandes categorias:
* A meditação é obscura, confusa e difícil; 
* A meditação demora muito tempo para aprender e para praticar. 

A meditação é obscura, confusa e difícil 
Com tantos livros, rituais e eventos sobre a meditação não admira que se possa pensar que ela se destina a apenas algumas pessoas especiais. Mas a realidade é exactamente a oposta, ou seja, qualquer pessoa pode aprender facilmente a praticar meditação.

A meditação demora muito tempo para aprender e para praticar
Seja honesto(a) ao responder a esta questão.
A sua vida é assim tão preenchida que não lhe permite obter uns minutos para a prática? Tempo logo a seguir ao acordar ou antes de adormecer, por exemplo. Tempo que pode chamar seu.
Ou será que o valor que atribui à meditação é baixo?

Veja com é simples:
Saborear uma curta meditação


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mindfulness,

Mindfulness | Apreendendo os seus momentos

budismo mindfulness
Pode facilmente observar o hábito mental de fugir do momento presente. Basta tentar manter a sua atenção focada em qualquer objecto, mesmo por um curto período de tempo...


A
melhor forma de estar nos momentos é prestar atenção. Esta é a melhor forma de cultivarmos a Mindfulness. Mindfulness significa estar acordado. Significa saber o que estamos a fazer. Mas quando começamos a focar naquilo em que a nossa própria mente está envolvida não é incomum voltarmos rapidamente a ficar “inconscientes” novamente, para voltar a cairmos num modo automático.

Esses lapsos de consciência são frequentemente causados por um redemoinho de insatisfação com o que vemos ou sentimos naquele momento, de onde nasce o desejo para que algo seja diferente, para que as coisas mudem.

Pode facilmente observar o hábito mental de fugir do momento presente. Basta tentar manter a sua atenção focada em qualquer objecto, mesmo por um curto período de tempo. Vai descobrir que para cultivar a mindfulness irá ter que se lembrar, uma e outra vez, de estar acordado e consciente. Fazemos isso lembrando-nos de olhar, sentir, ser. É simples assim... de um momento para outro, mantendo a consciência num curso de momentos intemporais , estar aqui, agora.

EXPERIMENTE: Perguntando-se neste momento, "Estou acordado(a)", "Onde está minha mente agora"? 

Mantenha a respiração em mente 
Ela ajuda ao criar um foco para a sua atenção, uma âncora para o(a) manter no momento presente e guiá-lo(a) de volta quando a mente divagar. A respiração serve muito bem este propósito. Ela pode ser uma verdadeira aliada. Trazendo a consciência da nossa respiração, lembramo-nos de que estamos aqui agora, para estarmos totalmente despertos para o que já está a acontecer.

A nossa respiração pode-nos ajudar na apreensão dos nossos momentos. 
É surpreendente que mais pessoas não saibam isto. Afinal de contas, a respiração está sempre aqui, bem debaixo dos nossos narizes. Para usar a sua respiração para cultivar a atenção plena basta sintonizar com a respiração entrando no seu corpo e com a sensação da respiração deixando o seu corpo. Isto é tudo. Apenas sentir a respiração.

Respirar e saber que está a respirar.
Isso não significa que faça uma respiração profunda ou force o seu respirar ou tente sentir algo especial ou se pergunte se o está a fazer correctamente. Não significa, também, pensar sobre a sua respiração. É apenas uma atenção alerta sobre respiração entrando e saindo. Usar a respiração para trazer-nos de volta ao momento presente leva pouco tempo, apenas uma mudança na atenção. Mas grandes aventuras esperam por si, se der um pouco de tempo para orquestrar momentos de consciência, a cada respiração, momento a momento.

EXPERIMENTE: Permaneça com uma inspiração completa, à medida que ela vai entrando, uma expiração completa, à medida que ela vai saindo, mantendo a sua mente aberta e livre para apenas este momento, apenas esta respiração. Abandone todas as ideias de chegar a algum lugar ou ter qualquer coisa a acontecer. Basta voltar à respiração quando a mente divagar.

Jon Kabat-Zinn

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pranayama,

Respiração alternada - Nadi Sodhana

emocoes mindfulness
Respiração alternada - Nadi Sodhana | Excelente técnica de respiração para acalmar e concentrar a mente. Liberta de forma eficaz o stresse acumulado na mente e no corpo, relaxando-os.

Nadi significa "canal" ou "fluxo" de energia e sodhana significa "purificação". Existem vários níveis de prática de nadi sodhana e o texto Asana Pranayama Mudra Bandha sugere praticar cada técnica durante seis meses antes de avançar para a próxima. Será apresentada a técnica mais básica da respiração das narinas alternadas e que pode ser executada por qualquer pessoa. Ela equilibra os nadis Ida e Pingala que viajam até à coluna vertebral, entrelaçando os chakras. O nadi Ida  é semelhante ao Yin. É a energia feminina, lunar que domina o lado esquerdo do corpo e está relacionada com o sistema nervoso parassimpático, que permite relaxar. Alternativamente, o nadi Pingala é o lado do Yang e é masculino, a energia solar. Ele domina o lado direito do corpo e se relaciona com o sistema nervoso simpático, ou seja, com a reação luta ou fuga (fight-or-flight). São dois sistemas evolutivos importantes, que se desenvolveram ao longo de milhares de anos, para que possamos, por um lado, respirar e manter os nossos corações a bater sem pensar nisso, e por outro, fugir para sobrevivermos se, por exemplo, um grande animal da selva nos quisesse devorar ou se fosse necessário retirar as nossas mãos rapidamente do fogo quente. O aspecto infeliz da vida moderna é que tem levado o nosso sistema nervoso simpático a uma exagerada e constante excitação (hipertonia), devido ao stresse que acompanha o nosso quotidiano.

É aqui que reside a importância da prática do Nadi Sodhana, pois desperta energias latentes nos nadis Ida (narina esquerda) e Pingala (narina direita), chakras secundários, que estão localizados nas narinas esquerda e direita, e associados ao cérebro esquerdo e direito e, também ao sistema nervoso parassimpático e simpático e o equilíbrio entre estes dois sistemas (Ghiya & Lee, 2012; Srivastava, Jain & Singhal, 2005; Dhungel, Malhotra, Sarkar & Prajapat, 2008).

Chin Mudra

Esta prática altamente contemplativa é, como BKS Iyengar (1985) afirma: "uma das práticas mais delicadas. O cérebro e os dedos devem aprender a agir em conjunto, canalizando as inspirações e as expirações”. É, Iyengar continua, “o mais difícil, complexo e refinado de todos os pranayamas. É o mais importante em auto-observação e controlo sensíveis. Quando refinado ao seu nível mais subtil leva cada um de nós para o seu eu mais íntimo”.

Como praticar a respiração alternada ou respiração por narinas alternadas (Nadi Sodhana Pranayama)

1. Sente-se confortavelmente, com a coluna erecta e os ombros relaxados. Manter os olhos fechados e um sorriso gentil no rosto.

2. Coloque a mão esquerda sobre o joelho esquerdo, palmas a céu aberto ou em Chin Mudra (polegar e dedo indicador tocando suavemente nas pontas).

3. Coloque a ponta do dedo indicador e o dedo médio da mão direita entre as sobrancelhas, o dedo anelar e o dedo mínimo na narina esquerda e o polegar sobre a narina direita. Vamos usar o dedo anelar e o dedo mínimo para abrir ou fechar a narina esquerda e o polegar da narina direita.

4. Pressione o polegar sobre a narina direita e expire suavemente através da narina esquerda.

5. Agora inspire pela narina esquerda e, em seguida, pressione suavemente a narina esquerda com o dedo anelar e o dedo mínimo. Removendo o polegar direito da narina direita, expire pela direita.

6. Inspire pela narina direita e expire pela esquerda. Agora você concluiu uma rodada de Nadi Sodhana pranayama. Continue inspirando e expirando pelas narinas alternadas.


7. Complete 9 ciclos, alternadamente, respirando através de ambas as narinas. Após cada expiração, lembre-se de inspirar pela mesma narina da qual expirou. Mantenha os seus olhos fechados ao longo da prática e continue a fazer respirações longas, profundas e suaves, sem qualquer força ou esforço.

Nadi Shodhana pranayama ajuda a relaxar a mente e prepara-a para entrar num estado meditativo. Por isso, é uma boa ideia fazer este exercício antes da meditação.

Benefícios da Respiração por narinas alternadas

• Excelente técnica de respiração para acalmar e concentrar a mente. A nossa mente tem uma tendência para lamentar ou para glorificar o passado e para ficar ansiosa sobre o futuro. A prática de Nadi Sodhana ajuda a trazer a mente de volta para o momento presente.
• Funciona terapeuticamente em diversos problemas circulatórios e respiratórios.
• Liberta de forma eficaz o stresse acumulado na mente e no corpo, relaxando-os.
• Ajuda a harmonizar os hemisférios direito e esquerdo do cérebro (Muktibodhananda, 1993).
• Ajuda a purificar e a equilibrar os nadis, os canais de energia subtiis, garantindo assim fluxo de prana (energia vital) através do corpo.


por Vítor Bertocchini


Referências bibliográficas

- Ghiya S., Lee C. M. (2012). Influence of alternate nostril breathing on heart rate variability in non-practitioners of yogic breathing. Int J Yoga, 5, 66-9.
- Iyengar, B. K. S. 1985. Light on pranayama: The yogic art of breathing. New York: Crossroad.
-  Muktibodhananda, Swami, trans. 1993. Hatha Yoga Pradipika: Light on yoga. Munger, India: Bihar
School of Yoga.
- Dhungel U. K., Malhotra V., Sarkar D. & Prajapat R. (2008). Effect of alternate nostril breathing exercise on cardiorespiratory functions. Nepal Med Coll J 2008, 10(1), 25-27.
- Srivastava, R. D., Jain N., & Singhal A. (2005). Influence Of Alternate Nostril Breathing On Cardiorespiratory And Autonomic Functions In Healthy Young Adults. Indian J Physiol Pharmacol 2005; 49 (4), 475–483.
- Swami S. S. (2008). Asana Pranayama Mudra Bandha. Yoga Publications Trust. Bihar: India.


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meditacao

Abra-se para a beleza!


O
que considera belo? 
Há tanta beleza ao nosso redor, mas muito provavelmente para que muitas pessoas isso faz pouco sentido.

O que poderá sentir quando encontrar a beleza, incluindo as suas formas rotineiras quotidianas? 
Talvez o seu coração se abra, facilite algo na mente, há prazer e o seu espírito eleva-se. A experiência da beleza alivia o stress, alimenta a esperança, e lembra-nos que há muito mais na vida do que saltar entre tarefas. O sentimento de beleza pode ser compartilhado - já apreciou um pôr-do- sol com um amigo? – Traz-nos até mais perto dos outros. Dedique alguns momentos de cada dia para se abrir para a beleza.

Olhe verdadeiramente para as coisas ao seu redor - em especial para as coisas comuns que tendem a escapar: como o céu, a relva, os animais, as ervas daninhas, as vistas familiares, a chuva ou o frio. Tente o mesmo com os sons do quotidiano, cheiros, gostos e toques. Também procure memórias, sentimentos ou ideias amorosos.

Procure a beleza como uma criança procura conchas do mar numa praia. Esteja aberto a coisas fora do quadro de "bom" ou "muito". Deixe-se surpreender. Encontre a beleza em lugares inesperados. Quando encontrar a beleza, sinta-a. Abra-se a um crescente sentimento de beleza sem limites que irradia em todas as direcções, como se estivesse flutuando num mar de pétalas de rosa.

Reconheça a beleza nos outros, no seu carácter, escolhas, sacrifícios, aspirações. Entenda a beleza nas falhas nobres, determinação tranquila, regozije-se com a boa sorte dos outros. Ouça a beleza da voz de uma mãe acalmando uma criança, de amigos rindo, do clique e clack do giz de um professor no quadro de xisto.

Veja a beleza no rosto de alguém logo no início da vida, e veja-a também na cara de alguém no final do seu percurso. Reconheça a beleza no seu próprio coração. Faça beleza com as mãos, palavras e acções.

Mesmo a respiração é magnificente. Respire beleza, permita que a beleza o respire.

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pratica

Porquê Meditar II

A
meditação não é fácil. É preciso tempo e é preciso energia. Ela também implica coragem, determinação e disciplina. Ela exige uma série de qualidades pessoais que normalmente são consideradas como desagradáveis e que tentamos evitar sempre que possível. Podemos resumir todas essas qualidades na palavra - bom senso. A meditação precisa de bom senso.


Condição humana
É certamente muito mais fácil apenas sentar-se e assistir televisão. Então, porquê preocupar-se? Porquê desperdiçar todo esse tempo e energia quando poderia estar a divertir-se? Porquê? Simples. Porque é humano. Apenas por causa do simples facto de ser humano encontra-se herdeiro de uma insatisfação inerente à vida que simplesmente não desaparece.
Pode suprimi-la a partir da sua consciência por um tempo, pode distrair-se por horas a fio, mas ela volta sempre, e geralmente quando menos espera. De repente, aparentemente do nada, senta-se, faz um balanço e perceber a sua situação real da sua vida. Aí se encontra, e de repente percebe que toda a sua vida está a passar “ao lado”. No entanto, consegue manter a aparência de uma boa vida, mas esses períodos de desespero, aqueles momentos em que sente tudo a desabar sobre si, mantém-nos para si mesmo. Interiormente está caótico, sabe disso, mas consegue escondê-lo muito bem.

No entanto, sabe que tem que haver alguma outra maneira de viver, uma melhor forma de olhar para o mundo, uma maneira de tocar a vida mais plenamente. Toca nela por acaso de quando em vez e então: consegue um bom emprego, ou apaixona-se, ganha o jogo. Por algum tempo as coisas são diferentes . A vida assume uma riqueza e clareza que faz com que todos os maus momentos e monotonia se dissolvam. Toda a textura da sua experiência muda e diz para si mesmo: "Ok, agora eu fiz/tenho isto, agora eu vou ser feliz." Mas, então, isso também desaparece, como fumo ao vento. É deixado com apenas uma memória e a vaga consciência de que algo está errado.

O mundo parece o habitual lugar de “loucos”. É uma montanha russa emocional e gasta muito do seu tempo na parte inferior da rampa, ansiando as alturas. Então, o que está errado consigo? É uma aberração?


O Monstro
Não. É apenas humano. E sofre da mesma doença que infecta todos os seres humanos. É um monstro dentro de todos nós e tem muitos braços: tensão crónica, falta de compaixão genuína pelos outros, incluindo as pessoas mais próximas a si, sentimentos bloqueados e até anestesia emocional - muitos, muitos braços. Nenhum de nós é inteiramente livre dele. Podemos negar. Tentamos reprimi-lo. Construímos toda uma cultura escondendo-nos dele, fingindo que não está lá, e distraímo-nos com metas, projectos e preocupações com estatuto. Mas nunca vai embora.

É uma corrente constante em cada pensamento e cada percepção, uma voz no fundo da mente que vai dizendo: "ainda não és bom o suficiente. Preciso ter mais. Tenho que fazer melhor. Tenho que ser melhor”. É um monstro, um monstro que se manifesta em todos os lugares em formas subtis.

A vida parece ser uma luta perpétua, um enorme esforço contra chances inacreditáveis. E o qual é a nossa solução para toda essa insatisfação? Ficamos presos no síndrome do "SE". Se eu tivesse mais dinheiro, então eu seria feliz. Se eu pudesse encontrar alguém que realmente me amasse, se eu pudesse perder 20kg, se eu tivesse uma TV maior, uma banheira de hidromassagem, e o cabelo encaracolado, um sem fim de desejos.

De onde é que todo esse lixo vem, e mais importante, o que podemos fazer com ele? Ele vem das condições das nossas próprias mentes. É um profundo, subtil e conjunto generalizado de hábitos mentais, um nó enorme que nós amarramos peça por peça, pouco a pouco. Podemos refinar a nossa consciência, desenterrar cada peça separada e trazê-las para fora, para a luz. Podemos tornar o inconsciente consciente, lentamente, uma peça de cada vez.

Mudança
A essência da nossa experiência é a mudança. A mudança é incessante . Momento a momento a vida flui e nunca é o mesma. Uma flutuação perpétua é a essência do universo perceptual. Um pensamento brota na sua cabeça e meio segundo depois ele já não existe. Entra em cena outro, e, em seguida, também desaparece. Da mesma forma, as pessoas entram na sua vida e também se vão embora. Amigos saem, parentes morrem. Às vezes ganha e outras quantas vezes “perde”. É incessante: mudança, mudança , mudança, não há dois momentos iguais. Não há nada de errado com isso. É a natureza do universo. Mas a cultura humana ensinou-nos algumas respostas estranhas a este infinito fluindo.


Categorização
Categorizamos tudo. Tentamos que tudo se encaixe num dos três esquemas mentais: bom, mau ou neutro. Em seguida, de acordo com qual caixa as colocamos, percebemos um conjunto de respostas mentais habituais fixas.

Bom
Se uma percepção particular tem sido rotulada como "bom", então tentamos parar o tempo ali. Agarramos esse particular pensamento, tentamos acariciá-lo, prendê-lo e tentamos mantê-lo o mais possível.

Mau
No outro lado da mente reside a caixa "mau." Quando percebemos algo como "mau", tentamos empurrá-lo para longe . Tentamos negá-lo, rejeitá-lo e nos livrarmos dele de qualquer maneira que pudermos. Lutamos contra a nossa própria experiência. Vamos chamar esse hábito mental de "rejeição ".

Neutro
Entre estas duas reacções reside a caixa de "neutro". Aqui vamos colocar as experiências que não são nem boas nem más . São mornas, neutras, desinteressantes. Embalamos a experiência na caixa neutra para que possamos ignorá-la e, assim, voltar a nossa atenção para onde está a ação , ou seja, o nosso círculo infinito de desejo e aversão. Portanto, esta categoria "neutra" da experiência fica roubada do seu quinhão de atenção. Vamos chamar esse hábito mental de "ignorar ."

O resultado directo de tudo esta loucura é uma corrida perpétua para lugar nenhum, sempre a correr atrás do prazer, sem parar de fugir da dor, e infinitamente ignorando uma percentagem da nossa experiência. Então perguntamos por que a vida tem um gosto tão neutro. Em última análise, este sistema não funciona.

A Meditação
A meditação é chamada de o Grande Mestre. É o fogo de limpeza que trabalha lenta mas seguramente, através da compreensão. Quanto maior for o seu entendimento, mais flexível e tolerante, mais compassivo pode ser. Torna-se num pai perfeito ou num professor ideal. Fica pronto para perdoar e esquecer. Sente amor para com os outros, porque é capaz de os compreender e entende os outros porque é capaz de se entender a si mesmo. Olhou profundamente para dentro e viu a auto-ilusão e as suas próprias falhas humanas, viu a sua própria humanidade e aprendeu a perdoar e a amar. Quando aprendeu a compaixão por si mesmo, a compaixão pelos outros é automática. Um meditador realizado que alcança uma compreensão profunda da vida, inevitavelmente, relaciona-se com o mundo com um profundo e não crítico amor.


Objectivo da Meditação
A meditação é muito semelhante ao cultivo de uma nova terra. Para fazer com um campo de uma floresta, primeiro é preciso limpar as árvores e retirar os tocos. Então é possível cultivar e fertilizar o solo, semear as semente e colher as culturas. Para cultivar a sua mente, em primeiro lugar em que limpar os vários tóxicos que estão no caminho certo, puxá-los pela raiz, de modo que eles não vão voltem a crescer. Então poderá fertilizar, bombeando energia e disciplina no solo mental. Então semear a semente e colher as suas culturas de compaixão, ética, atenção e sabedoria.

O objectivo da meditação é a transformação pessoal. A meditação muda o seu carácter por um processo de sensibilização, tornando-o profundamente consciente dos seus próprios pensamentos , palavras e acções. A sua arrogância evapora-se e o seu antagonismo seca. A sua mente torna-se ainda e calma. E sua vida suaviza . Assim, a meditação, devidamente executada, prepara-o para enfrentar os altos e baixos da existência. Reduz a sua tensão, o medo e a preocupação. A inquietação recua e paixão modera-se. As coisas começam a encaixar-se e a sua vida torna-se num fluir em vez de uma luta. Tudo isso acontece através da compreensão . A meditação aguça a sua concentração e o seu poder de pensar. A sua intuição apura-se. A precisão do seu pensamento aumenta, e, gradualmente, chega a um conhecimento directo das coisas como elas realmente são, sem preconceito e sem ilusão. Portanto, são estas razões suficientes para que se preocupar? Dificilmente. Estas são apenas promessas no papel. Há apenas uma maneira para saber se a meditação vale a pena o esforço: aprender a praticá-la de forma correcta, e praticá-la .
Veja por si mesmo!

Henepola Gunaratana

Ver mais:
Porquê meditar
Porquê meditar-Matthieu Ricard

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ciencia

7 emoções universais e funções



emocoes mindfulness
Sentir emoções “úteis” mesmo que elas não sejam prazerosas leva-nos a entender as emoções e regulá-las de maneira estratégica....
Dos seus trabalhos empíricos, Ekman chegou à conclusão de que existem três sistemas em interacção no fundamento de uma emoção: a cognição, a expressão facial e a actividade do Sistema Nervoso Autónomo. Ou seja, existe uma programação, no nível do sistema nervoso, que estabelece uma ligação entre as emoções específicas e determinados movimentos dos músculos faciais, correspondência essa que é invariável. A comunidade científica é hoje unânime no reconhecimento de sete expressões universais, as quais considera como emoções básicas: alegria, aversão, cólera, desprezo, medo, surpresa e tristeza (ver imagem acima)


EMOÇÕES

• Salvam as nossas vidas;
• Motivam os comportamentos;
• Essencial para formar relacionamentos;
• Surgem em resposta à satisfação ou impedimento das nossas necessidades básicas.


 Emoções universais e funções: 

Alegria: aprofunda conexão e cooperação;
Aversão: livrar-se do que pode ser venenoso ou danoso;
Raiva/cólera: luta, remover obstáculos;
Desprezo: afirmar superioridade.
Medo: fuga, escape de ameaça;
Surpresa: focar nossa atenção a uma novidade;
Tristeza: necessidade de consolo, elicia conexão e cuidado dos outros, cria conexão em face de perda;

Paul Ekman- Emotions Revealed (2003)


Qual a emoção que as pessoas mais gostariam de mudar?
• Raiva/cólera (a maioria)
• Medo (alguns)
• Tristeza (para as pessoas melancólicas)

Emotions Revealed - Paul Ekman (2003)


Pessoas que preferem sentir raiva/cólera quando estão num confronto tendem a apresentar maiores índices de inteligência emocional* do que aquelas que preferem sentir-se "bem" nestes contextos. Sentir emoções “úteis” mesmo que elas não sejam prazerosas leva-nos a entender as emoções e regulá-las de maneira estratégica.

*Inteligência Emocional - habilidade de compreender e utilizar as emoções e o conhecimento emocional para melhorar os pensamentos e as acções)
(Mayer, Roberts, & Barsade, 2008)

Ford B.Q., Tamir M. (2012). When getting angry is smart: Emotional preferences and emotional intelligence. Emotion, 12, 685-689.


Gerir a raiva/cólera 

Passo 1: Reconhecer quando estamos com raiva/cólera;
Passo 2: Reconhecer que tipo de pensamento alimenta a raiva/cólera;
Passo 3: Perceber os pensamentos como pensamentos e não como factos;
Passo 4: Perceber o período refractário, usar métodos efectivos para acalmar-se;
Passo 5: Avaliar como fazer da próxima vez.


Pode a raiva/cólera ser construtiva? 

SIM:
• Pode evitar danos para si e para os outros;
• Motiva mudanças;
• Evita ser bloqueado ou impedido por algo ou alguém;
• Mas deve ser direccionada à acção e não à pessoa.

Elisa Kozasa (2012)


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