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7 emoções universais e funções

16:31 Vítor Bertocchini 0 Comments



emocoes mindfulness
Sentir emoções “úteis” mesmo que elas não sejam prazerosas leva-nos a entender as emoções e regulá-las de maneira estratégica....
Dos seus trabalhos empíricos, Ekman chegou à conclusão de que existem três sistemas em interacção no fundamento de uma emoção: a cognição, a expressão facial e a actividade do Sistema Nervoso Autónomo. Ou seja, existe uma programação, no nível do sistema nervoso, que estabelece uma ligação entre as emoções específicas e determinados movimentos dos músculos faciais, correspondência essa que é invariável. A comunidade científica é hoje unânime no reconhecimento de sete expressões universais, as quais considera como emoções básicas: alegria, aversão, cólera, desprezo, medo, surpresa e tristeza (ver imagem acima)


EMOÇÕES

• Salvam as nossas vidas;
• Motivam os comportamentos;
• Essencial para formar relacionamentos;
• Surgem em resposta à satisfação ou impedimento das nossas necessidades básicas.


 Emoções universais e funções: 

Alegria: aprofunda conexão e cooperação;
Aversão: livrar-se do que pode ser venenoso ou danoso;
Raiva/cólera: luta, remover obstáculos;
Desprezo: afirmar superioridade.
Medo: fuga, escape de ameaça;
Surpresa: focar nossa atenção a uma novidade;
Tristeza: necessidade de consolo, elicia conexão e cuidado dos outros, cria conexão em face de perda;

Paul Ekman- Emotions Revealed (2003)


Qual a emoção que as pessoas mais gostariam de mudar?
• Raiva/cólera (a maioria)
• Medo (alguns)
• Tristeza (para as pessoas melancólicas)

Emotions Revealed - Paul Ekman (2003)


Pessoas que preferem sentir raiva/cólera quando estão num confronto tendem a apresentar maiores índices de inteligência emocional* do que aquelas que preferem sentir-se "bem" nestes contextos. Sentir emoções “úteis” mesmo que elas não sejam prazerosas leva-nos a entender as emoções e regulá-las de maneira estratégica.

*Inteligência Emocional - habilidade de compreender e utilizar as emoções e o conhecimento emocional para melhorar os pensamentos e as acções)
(Mayer, Roberts, & Barsade, 2008)

Ford B.Q., Tamir M. (2012). When getting angry is smart: Emotional preferences and emotional intelligence. Emotion, 12, 685-689.


Gerir a raiva/cólera 

Passo 1: Reconhecer quando estamos com raiva/cólera;
Passo 2: Reconhecer que tipo de pensamento alimenta a raiva/cólera;
Passo 3: Perceber os pensamentos como pensamentos e não como factos;
Passo 4: Perceber o período refractário, usar métodos efectivos para acalmar-se;
Passo 5: Avaliar como fazer da próxima vez.


Pode a raiva/cólera ser construtiva? 

SIM:
• Pode evitar danos para si e para os outros;
• Motiva mudanças;
• Evita ser bloqueado ou impedido por algo ou alguém;
• Mas deve ser direccionada à acção e não à pessoa.

Elisa Kozasa (2012)


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