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Alan Wallace 'Cultivando o Equilíbrio Mental e Emocional'





Como os nossos desejos e impulsos afectam o nosso bem-estar psicológico?
Como a desatenção afecta as nossas mentes?
Que impacto têm os pensamentos negativos?
Como podemos corrigir desequilíbrios emocionais?
Como podemos cultivar o equilíbrio mental e emocional?

Alan Wallace tem uma característica especial que o diferencia dos seus pares na área da física e da neurobiologia: foi durante 20 anos um monge budista,morou em Dharamsala, na Índia, traduziu mais de 30 livros do tibetano para o inglês, estudou com os mais altos mestres do Tibete e ainda ocupou o posto de intérprete oficial de sua santidade, o Dalai-Lama. Hoje, novamente como cientista e físico e autor de quarto importantes livros sobre ciência e práticas contemplativas, Wallace comanda um verdadeiro exército de neurocientistas, antropólogos, sociólogos e psicólogos no Instituto Santa Bárbara de Estudos da Consciência, na Califórnia.

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Himalaias - Música para meditar | HD






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A meditação pode melhorar os resultados académicos?

Mindfulness

A meditação mindfulness, uma prática antiga e florescente que aumenta a consciência sobre os pensamentos aleatórios e redirecciona a atenção para o momento presente, tem sido usada para gerir o stress, a depressão e mesmo a dor crónica. Mas pode melhorar os resultados dos testes escolares?

Os investigadores do departamento de Ciências Psicológicas e do Cérebro na Universidade da Califórnia, Santa Barbara, têm vindo a estudar a relação entre mindfulness e a divagação mental, ou a tendência para deixar as nossas mentes se afastarem para pensamentos não relacionados com a tarefa.

"Nós já demonstramos que a mente distraída subjaz numa variedade de testes de desempenho, incluindo a capacidade de memorização e de inteligência", afirmou Michael D. Mrazek, um estudante de pós-graduação, a trabalhar com Jonathan W. Schooler, um professor universitário de psicologia que estuda os impactos e implicações da divagação mental e da atenção.

Para a investigação recorreu-se a uma amostra de 48 alunos da Universidade da Califórnia, aos quais foi ventilado que seria um estudo para melhorar o desempenho cognitivo. Cada aluno foi avaliado na capacidade de memorização, divagação mental e desempenho num teste de leitura e de compreensão.

Metade do grupo foi aleatoriamente dividido para participar num programa de nutrição, onde se educou sobre a alimentação saudável e lhes foi pedido para manter um diário alimentar diário.

O outro grupo teve um treino próximo do programa de redução de stress baseado em mindfulness, que normalmente se reúne uma vez por semana, durante oito sessões. No regime de Santa Barbara, os alunos, reuniram-se quatro dias por semana, durante duas semanas e não foram obrigados a dedicar tanto prática formal fora das sessões.

Mas no geral, o grupo invocou os pilares seculares da prática, incluindo o sentar numa postura erecta, com as pernas cruzadas, o olhar focado, exercícios de respiração e "minimizando as distracções das preocupações do passado e do futuro, reformulando-as como projecções mentais que ocorrem no momento presente”.

Decorrias duas semanas, os alunos foram reavaliados. Os resultados do grupo de nutrição não se alteram. Os participantes do grupo que fez o treino da mente, no entanto, apresentaram uma mente menos distraída e tiveram melhor desempenho em testes de memorização, de compreensão e de leitura.

Richard J. Davidson, professor de psicologia e psiquiatria da Universidade de Wisconsin-Madison, que estuda o funcionamento do cérebro, a longo prazo e a novatos, de praticantes de meditação mindfulness, ofereceu esta analogia: "Podemos melhorar a relação sinal-ruído, reduzindo o ruído. Diminuir as distracções da mente está-se a reduzir o ruído".

"Um tipo de treino que pode ajudar a evitar a susceptibilidade a preocupações, ou outras fontes de divagação mental, poderia, em muito, melhorar o desempenho académico", disse Nelson Cowan, professor da Universidade de Missouri, que é especializado no estudo da capacidade de memorização e atenção.

Vários investigadores da Univerisade de Santa Barbara, recentemente, também trabalharam com estudantes do ensino secundário para ver se os resultados podem ser repetidos. Mas o professor de psicologia David Z. Hambrick da Universidade do Estado de Michigan questionou por quanto tempo os efeitos de um programa de treino de meditação mindfulness de apenas duas semanas irá durar.

O professor Davidson, que tem estudado os monges budistas com mais de 34 mil horas de meditação ao longo das suas vidas, disse: "Se as pessoas que estão fora de forma praticam duas semanas de exercício físico, irá assistir-se a algum benefício. Mas, se pararem de se exercitar os benefícios não persistirão".

Adaptado de: http://well.blogs.nytimes.com/2013/04/03/how-meditation-might-boost-your-test-scores/

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Mindfulness - Redução e Prevenção da Depressão nas Escolas


Uma investigação recentemente publicada teve como objectivo realizar o primeiro estudo controlado sobre a eficácia de um programa de grupo de atenção plena (mindfulness). Esta intervenção visou reduzir e prevenir a depressão numa população estudantil adolescente. O estudo foi conduzido na Bélgica, utilizando 400 estudantes com idades compreendidas entre os 13 e os 20 anos.

Os alunos do grupo mindfulness completaram as avaliações de depressão (Escalas de Ansiedade e Depressão e Stress) antes e imediatamente após a intervenção e 6 meses após a intervenção. Os Estudantes do grupo de controlo seguiram o mesmo protocolo de preenchimento dos questionários.

As análises estatísticas demonstraram que a intervenção mindfulness produz reduções significativamente maiores na depressão em comparação com o grupo de controlo. Antes do início do treino, tanto o grupo de teste (21%) como o grupo de controlo (24%) tinbham uma percentagem semelhante de estudantes reportando evidência de depressão. Após o treino em mindfulness, o número de adolescentes com depressão foi significativamente menor no grupo de teste: 15% contra 27% no grupo de controlo. Esta diferença persistiu seis meses após o treino: 16% no grupo de teste contra 31% no grupo de controlo.Os resultados sugerem que os programas de atenção plena aplicados nas escolas podem ajudar a reduzir e a prevenir a depressão em adolescentes. Assim, esta intervenção diminui não só os sintomas associados com depressão, como protege também de desenvolvimento de depressão mais tarde na vida.



Artigo Original:
Filip Raes, James W. Griffith, Katleen Gucht, J. Mark G. Williams. School-Based Prevention and Reduction of Depression in Adolescents: a Cluster-Randomized Controlled Trial of a Mindfulness Group Program. Mindfulness, 2013; DOI: 10.1007/s12671-013-0202-1

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Porquê Meditar? Matthieu Ricard

budismo mindfulness
A nossa mente pode ser a nossa melhor amiga ou a nossa pior inimiga. O objectivo da meditação é transformar a mente...


Se nos observarmos com atenção é fácil vermos que somos uma mistura de luz e de sombra, de qualidades e de defeitos. Um dos principais obstáculos que enfrentamos é uma convicção profunda e muitas vezes inconsciente de que nascemos da forma que somos e não podemos fazer nada para alterar isso. Com esta atitude, subestimamos significativamente a nossa capacidade de mudança.

A nossa mente pode ser a nossa melhor amiga ou a nossa pior inimiga. O objectivo da meditação é transformar a mente. Perdemos uma grande quantidade de tempo consumidos por pensamentos dolorosos, atormentados pela ansiedade ou raiva. Seria um alívio, se pudéssemos dominar a nossa mente até ao ponto onde poderíamos estar livres dessas emoções perturbadoras.

Facilmente se aceita a noção de que passamos anos a aprender a andar, ler e escrever, ou a adquirir competências profissionais. Passamos horas a praticar exercícios físicos, com o objectivo de ficarmos em forma. Fazemos isso porque acreditamos que esses esforços nos trazem benefícios a longo prazo. Trabalhar com a mente segue a mesma lógica. Isso não vai acontecer apenas por se desejar. A meditação é uma prática que faz com que seja possível cultivar e desenvolver certas qualidades humanas básicas positivas, da mesma maneira que outras formas de treino tornam possível adquirir qualquer outra competência. O objectivo da meditação não é desligar a mente ou anestesiá-la, mas torná-la livre, lúcida e equilibrada.


Ao longo dos últimos 10 anos, uma série de programas de investigação científica têm sido dirigidos a documentar os efeitos de longo prazo da prática de meditação no cérebro e no comportamento. Esta pesquisa tem demonstrado que é possível fazer progressos significativos no desenvolvimento de qualidades como a atenção, o equilíbrio emocional, o altruísmo e a paz interior. Outros estudos têm demonstrado os benefícios da meditação com uma prática de apenas 20 minutos por dia durante um período de oito semanas. Essas vantagens incluem uma redução na ansiedade e na tendência para a depressão e raiva, bem como o fortalecimento do sistema imunológico e um aumento do bem-estar geral.

Praticar meditação pode permitir que os nossos dias desenvolvam uma nova "fragrância". Os seus efeitos podem permear a nossa visão e a abordagem das coisas que fazemos, bem como as nossas relações com as pessoas ao redor. A meditação permite-nos experimentar a vida com mais serenidade, estando mais abertos a tudo o que acontece e encarando o futuro com confiança. Essa transformação permite-nos actuar de forma mais eficaz no mundo em que vivemos e contribuir para a construção de uma sociedade mais sábia, altruísta e com mais amor.

Artigo original

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Sentar e Caminhar em Paz e Silêncio - 2013

Caras amigas/amigos,

Com a existência do evento realizado pelo movimento "que se lixe a troika", também no dia 01 de Junho, na Cordoaria, às 15.30h, e com marcha para a Avenida dos Aliados, torna-se impossível realizar o Sentar e Caminhar em Paz nos locais inicialmente assinalados. Assim sendo, decidiu-se alterar o local de encontro para o parque da cidade, junto ao mercado biológico. Posteriormente, marcharemos em direcção à praia. 

Contanto com a participação de todos e certos da V/ compreensão,
A organização



Após o sucesso do evento de 20 de Maio de 2012, que decorreu simultaneamente em 16 cidades de Portugal, vamos de novo Sentar e Caminhar em Paz e Silêncio por um Mundo Novo no dia 1 de Junho de 2013, às 15h.





O evento em 2012 no Porto




Como dissemos na convocatória do ano passado, somos filhos de uma civilização dominada por pensamentos, emoções e desejos prejudiciais que se traduzem num crescente mal-estar mental, existencial e social, numa galopante opressão económica e financeira, numa falsa democracia dominada pelos grandes grupos económicos e pela finança internacional, na devastação do planeta, da biodiversidade e dos recursos naturais, na violência contra os humanos, os animais e a Terra.

Trazemos contudo em nós a possibilidade de um mundo diferente, um mundo novo. Um mundo enraizado nas nossas mais profundas aspirações e onde florescem as nossas melhores potencialidades, a nossa natural vocação para a liberdade, a compreensão e o amor fraterno extensivo a todos os seres e a toda a Terra. É esse mundo que é necessário antecipar e actualizar, mediante o encontro com a nossa natureza profunda, a fonte original da nossa consciência, sensibilidade e energia criativa. Necessitamos de novas formas de acção e intervenção que, em vez de reproduzirem e agravarem os problemas esgotando-se na raiva e no protesto ruidoso mas sem alternativas, encontrem e apresentem soluções a partir da comunhão com a força da paz e do silêncio interiores, traduzida em estados de consciência mais calmos, claros e amorosos.

É por isso que este ano vamos voltar a sentar-nos no Parque da Cidade onde nos sentaremos e estaremos durante uma hora em paz e silêncio, para às 16h partirmos rumo à Praia onde juntos partilharemos ideias.

Junta-te a nós!
Partilha e divulga o mais possível!

Bem hajas!

Lisboa:
https://www.facebook.com/events/477039215701022/?fref=ts

Porto:
https://www.facebook.com/events/509997099080160/?fref=ts

Coimbra:
https://www.facebook.com/events/369909066447080/?fref=ts

Santa Maria da Feira
https://www.facebook.com/events/351654854936346/

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National Geographic - Meditação Budista estudada cientificamente




Programa: A Incrível Máquina Humana
(Meditação Budista estudada cientificamente)
Produção National Geographic

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Porquê Meditar?

A Meditação
O objectivo de meditar, a existir, será ver as coisas como elas são, para ter a noção do mundo como ele é. A meditação é uma forma de nos conectarmos à nossa própria consciência mais elevada. Este é o 'Self' real que pode observar os pensamentos, as emoções e o corpo físico. A meditação ensina-nos que as nossas acções e reacções são apenas isso, nada mais. Preconceitos e pressupostos não precisam de ser o centro, nem são os parâmetros finais de uma situação. Podemos tornar-nos mais flexíveis, suspendendo as suposições. A meditação regular trará momentos de consciência plena, sem as limitações dos preconceitos.

A meditação é o método que permite uma experiência única: a corrente de pensamento acalma, a consciência torna-se clara, vazia, a atenção plena é a cada momento, no presente. Trata-se de uma visão optimista sobre o potencial humano, uma vez que todas as pessoas têm a capacidade latente de atingirem este estado.


A meditação é um momento para nos sentarmos em silêncio, aparentemente sem fazer nada. Nas culturas ocidentais, sentar em silêncio e não fazer nada pode ser visto como um desperdício de tempo. Como pode qualquer coisa significativa ser realizado por não fazer nada? Ou está realmente a não fazer-se nada? As respostas a essas perguntas exigem uma mudança de perspectiva. Quando estamos dispostos a experimentar essa mudança um novo mundo de possibilidades abre-se.
Quando meditamos acabamos por diminuir todos os pensamentos habituais e actividades que preenchem as nossas vidas. À medida que aprendemos a acalmar os nossos pensamentos, começamos a perceber claramente uma nova perspectiva. Entramos em contacto com uma parte mais profunda de nós mesmos. Todos somos dotados de uma mente que é clara, pura e profunda. Isto é o que os mestres Budistas chamam a verdadeira natureza. Ela já está lá, dentro de cada um, mas geralmente não percebemos porque estamos sempre tão ocupados, sendo impelidos e levados pelos nossos pensamentos e desejos.

A meditação é uma ferramenta capaz de nos ensinar a voltar à nossa experiência mais profunda, resultando numa intensa sensação de calma e confiança, que não será abalada. À medida que as pessoas ficam mais acostumadas com a prática meditativa, elas percebem que o que parecia  uma não actividade possui intrinsecamente o seu próprio tipo de actividade. A meditação permite-nos estar plenamente envolvidos na vida quotidiana e ao mesmo tempo permanecer plenamente conscientes. Trata-se de uma maneira de sintonizarmos as nossas melhores capacidades para um funcionamento saudável.

No Ocidente, temos a tendência de pensar na natureza como algo externo a prever e a controlar. A ciência tenta entender as forças da natureza e aproveitá-los para o benefício da humanidade. A meditação permite ver a natureza como algo a nos conectarmos e a fluir juntamente. Através da natureza  experimentamos o nosso próprio ser natural. Quando estamos verdadeiramente em sintonia com a natureza, ela está sempre lá, acessível e esperando pacientemente. Basta caminhar numa floresta, escalar uma montanha, ou visitar a praia e instintivamente sentimos alguma comoção interna.

Através da meditação vem a aceitação e a consciência da inter-relação íntima de todas as coisas. Ao desvalorizarmos o self, como um ego separado, cada um de nós deixa de ser um ente isolado que vive sozinho na sua própria pele. Entra-se numa parceria activa com o mundo. Ao entendermos essa relação podemos estar em paz e encontrar a tranquilidade onde quer que estejamos.
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Estar em Paz - Thich Nhat Hanh



A paz só pode existir no momento presente. É ridículo dizer que "vou esperar até terminar isto e depois serei livre para viver em paz." O que é "isso"? Um diploma, um emprego, uma casa, o pagamento das dívidas? Se pensar desta maneira, a paz nunca virá. Há sempre um outro "presente" que se seguirá ao actual. Se não vive em paz no momento presente, então nunca será capaz de o fazer. Se realmente quer estar em paz, então deve estar em paz agora. Caso contrário, não é mais do que "a esperança de paz algum dia."

Thich Nhat Hanh

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Vídeos-Workshop de Meditação na Respiração - Respirar a Vida

O workshop visou aprofundar a experiência da atenção plena à respiração como meio de energizar o corpo e transformar as emoções, pacificando e despertando a mente. Usaremos diversos métodos de pranayama – a consciência e controle da energia vital (prana) que flui e reflui na respiração - , incluindo retenções com os pulmões cheios e vazios. São métodos muito simples, acessíveis a todos, que promovem um encontro com a Vida que continuamente através de nós circula e uma abertura ao mundo, vivenciando a interconexão com todos os seres e dissolvendo o medo, a angústia, a avidez, a agressividade, a ansiedade e o stress. Segundo a tradição do Buda, meditar na respiração promove a saúde do corpo e da mente e conduz a estados profundos de expansão e despertar da consciência.

Para meditar não é necessário ser budista nem acreditar em nada exterior à nossa própria experiência.



por Paulo Borges - Presidente da União Budista Portuguesa



Vídeos do workshop (aproximadamente 4h)
Acesso aberto apenas para os participantes no curso. 



Vídeo Excerto





Vídeo 1/6



Vídeo 2/6


Vídeo 3/6


Vídeo 4/6


Vídeo 5/6




Vídeo 6/6





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Workshop “Cultivar a Clareza e Sabedoria, Usando as Ferramentas do Budismo”


Através da União Budista Porto

Comunicado - Porto

O Mosteiro Budista Theravada e a Embaixada do Reino da Tailândia em Lisboa organizam Dhamma Workshop “Cultivar a Clareza e Sabedoria, Usando as Ferramentas do Budismo” 11-12 de Maio de 2013 (Sábado e Domingo) no

Consulado Honorário do Reino da Tailândia no Porto
Morada: Estrada Ext. Circunvalacao, 12252
4460-282 SENHORA DA HORA,
Tel. 229 579 190, Fax 229 533 233

Sábado 11 de Maio 2013

10.00 hrs. - Sessão de Abertura - Dhamma Workshop

12.15 hrs. - Pausa

14.00 hrs. - Dhamma Workshop (continuação)

17.30 hrs. - Fim

Domingo 12 May 2013

10.30 hrs. - Sessão de Encerramento
11.30 hrs. - Fim

Chamamos a atenção para o vestuário a ser usado. Pedimos que evitem o uso de roupas muito curtas, justas, transparentes, decotadas bem como tops cavados.
A Entrada é livre, no entanto é necessário efectuar prévia inscrição até ao dia 8 de Maio de 2013 para:
Embaixada do Reino da Tailândia em Lisboa.
E-mail: rte.lisbon@gmail.com ou Fax: 21 301 8181

Para mais informações contacte:
Mosteiro Budista Theravada / E-mail: mosteirotheravada@gmail.com
Embaixada do Reino da Tailândia em Lisboa Tel. 21 301 4848 /
Fax 21 301 8181 / E-mail: rte.lisbon@gmail.com

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Música - Meditação Tibetana de Phil Thornton






Um conjunto de imagens ao som do álbum Meditação Tibetana de Phil Thornton



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A meditação optimiza o processamento emocional

A meditação optimiza o processamento emocional, mesmo quando não se está a  a meditar.

Um estudo publicado recentemente na revista científica Frontiers in Human Neuroscience, demonstrou, pela primeira vez, que a meditação afecta a maneira como processamos as emoções, mesmo no período pós-meditação. Este novo estudo mostra que a meditação tem efeitos quantificáveis e mensuráveis na actividade cerebral dos praticantes de meditação, mesmo quando não estão a meditar.

As práticas meditativas têm gerado muito interesse na comunidade científica, em particular no estudo de como a meditação afecta o funcionamento cerebral (Lutz et al., 2007; Austin, 2009; Slagter et al., 2011). Mais do que estudar os estados meditativos, per se, os investigadores colocaram uma questão ainda mais intrigante: a possibilidade do treino meditativo levar a mudanças duradouras no funcionamento cerebral, mesmo após as sessões de meditação (Slagter et al., 2011).




Investigadores do Centro de Imagiologia Biomédica do Massachusetts General Hospital da Universidade do Arizona, do Santa Barbara Institute for Consciousness Studies da Universidade de Boston, da Universidade de Emory, do Departamento de Psiquiatria do College of Medicine and Norton School of Family and Consumer Sciences, College of Agriculture, Universidade do Arizona e do Departmento de Electrical and Computer Engineering da Universidade de Boston realizaram um estudo com adultos saudáveis, sem experiência prévia em meditação, aplicando um programa de treino de meditação de oito semanas, quer no Treino de Atenção Plena, quer no Treino Cognitivo Baseado na Compaixão (programa baseado nas práticas meditativas compassivas do Budismos Tibetano). Outro grupo de participantes foi utilizado como controlo e não recebeu qualquer treino. Os Cérebros de todos os participantes foram, antes de depois da intervenção, submetidos a exame através da Ressonância Magnética Funcional.

Os investigadores encontraram alterações na região da amígdala, cujos efeitos sobre o processamento emocional que já haviam sido descritos em estudos anteriores. A diferença neste novo estudo é que os participantes não estavam a meditar no momento do exame ao cérebro. As conclusões do estudo são consistentes com as hipóteses de que o treino de certos estados meditativos pode resultar em mudanças duradouras positivas no funcionamento cerebral.

Referências Bibliográficas:

Austin, J. H. (2009). Selfless Insight: Zen and the Meditative Transformations of Consciousness. Cambridge, MA: MIT Press.

Lutz, A., Dunne, J. D., and Davidson, R. J. (2007). “Meditation and the neuroscience of consciousness: An introduction,” in The Cambridge Handbook of Consciousness, 1st Edn, eds P. D. Zelazo, M. Moscovitch, and E. Thompson (Cambridge, UK: Cambridge University Press), 499–551.

Slagter, H. A., Davidson, R. J., and Lutz, A. (2011). Mental training as a tool in the neuroscientific study of brain and cognitive plasticity. Front. Hum. Neurosci. 5:17.

Estudo completo

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Meditação num instante





Meditar é mais simples do que se pode imaginar. Aprenda como!

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National Geographic - História do Budismo





A história do budismo desenvolve-se desde século VI a.C. até ao presente, começando com o nascimento de Siddhartha Gautama. Durante este período, a religião evoluiu à medida que encontrou diferentes países e culturas, acrescentando ao fundo indiano inicial elementos culturais oriundos do Helenismo, bem como da Ásia Central, do Sudeste asiático e Extremo Oriente. No processo o budismo alcançou uma expansão territorial considerável ao ponto de influenciar de uma forma ou de outra quase todo o continente asiático. A história do budismo caracteriza-se também pelo desenvolvimento de vários movimentos e cismas, entre os quais se encontram as tradições Theravada, Mahayana e Vajrayana.A história do budismo desenvolve-se desde século VI a.C. até ao presente, começando com o nascimento de Siddhartha Gautama. Durante este período, a religião evoluiu à medida que encontrou diferentes países e culturas, acrescentando ao fundo indiano inicial elementos culturais oriundos do Helenismo, bem como da Ásia Central, do Sudeste asiático e Extremo Oriente. No processo o budismo alcançou uma expansão territorial considerável ao ponto de influenciar de uma forma ou de outra quase todo o continente asiático. A história do budismo caracteriza-se também pelo desenvolvimento de vários movimentos e cismas, entre os quais se encontram as tradições Theravada, Mahayana e Vajrayana.


Fonte: Wikipédia

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Meditação na Tradição Budista





Paulo Borges. Tentando praticar desde 1983, tem orientado desde 1999 vários seminários e cursos de introdução teórica e prática ao budismo e à meditação budista. É presidente da União Budista Portuguesa e do Círculo do Entre-Ser e professor de Filosofia na Universidade de Lisboa. É tradutor de textos budistas, como “Estágios da Meditação”, de Sua Santidade o Dalai Lama (Lisboa, Âncora Editora, 2001), o “Livro Tibetano dos Mortos” (Lisboa, Ésquilo, 2006) (com Rui Lopo), “A Via do Bodhisattva”, de Shantideva (Lisboa, Ésquilo, 2007), “O Caminho da Grande Perfeição”, de Patrul Rinpoche (Lisboa, Ésquilo, 2007). Entre outras obras é co-autor, com Matthieu Ricard e Carlos João Correia, de “O Budismo e a Natureza da Mente” (Lisboa, Mundos Paralelos, 2005) e de “Descobrir Buda. Estudos e ensaios sobre a via do Despertar” (Lisboa, Âncora Editora, 2010).

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Discovery Channel - A Vida de Buda





Quinhentos anos antes de Cristo um jovem príncipe saiu numa jornada. Ele viajaria através da dor e sofrimento para alcançar a Iluminação ou Nirvana - estado desperto da mente em que cessam todos os karmas. Símbolo da paz, símbolo de compaixão, símbolo de não-violência. Ele foi o Buda. Ele cresceu em um palácio rodeado por luxúria. Na sua adolescência, seus direitos especiais lhe garantiram todo tipo de vícios. Mas ele desistiu de tudo isso para ganhar a sabedoria final. Ele viajaria pelos corredores escuros de sua mente para chegar cara a cara com seus demônios internos. Ele fundou a primeira religião do mundo, seguida hoje por mais de 400 milhões de pessoas, uma religião onde a meditação é usada para alcançar um estado de completa paz e felicidade.

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Quem somos?


A Sociedade Portuguesa de Meditação e Bem-Estar é uma associação sem fins lucrativos que procura Contribuir para uma sociedade mais consciente através do estudo e da prática da Meditação.

Tem como missão:

Contribuir para o estudo e para a prática da Meditação e outras abordagens "mente- corpo", de forma científica e filosófica, como forma para aumentar a qualidade de vida das pessoas e das comunidades, para o seu empowerment, facilitando a realização do seu pleno potencial.

Investigar e divulgar a Meditação e outras abordagens "mente-corpo", integradas em áreas como a Psicologia Cognitiva, Psicologia Clínica, Psicoterapia, Educação, Neurociência, Budismo e de outras abordagens tidas como pertinentes, numa perspectiva holística e de enquadramento científico e/ou transcientífico.

Desenvolver estudos científicos dos efeitos das práticas meditativas e de outras abordagens afins.

Promover a Meditação como via para a disseminação de uma ética integral, compassiva e ecológica.

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Pode a Meditação tornar-nos pessoas mais compassivas?



Os cientistas têm-se concentrado principalmente no estudo dos benefícios da meditação no cérebro e no corpo, mas um estudo recente da Universidade de Northeastern, publicado na revista científica Psychological Science, lança um olhar sobre o impacto da meditação na compaixão e na harmonia interpessoal.

Várias tradições religiosas têm sugerido que a meditação tem um efeito positivo, mas não houve nenhuma prova científica até agora.

Neste estudo, uma equipa de pesquisadores da Northeastern University e da Universidade de Harvard examinaram os efeitos da meditação sobre a compaixão e o comportamento virtuoso, e os resultados foram fascinantes.


O ESTUDO

Neste estudo, financiado pelo Instituto Mind and Life, convidou-se os participantes a completar oito semanas de treinos em dois tipos de meditação. Após as sessões, eles foram colocados à prova.


A encenação foi a seguinte: quando o participante chega para os testes cognitivos, no final do estudo, entra numa sala de espera e encontra três cadeiras, duas das quais foram ocupadas. Sem o seu conhecimento as outras duas pessoas na sala de espera são "cúmplices" - colegas que fizeram parte do estudo, mas colocados como espectadores. Naturalmente, o participante senta-se na terceira cadeira e espera ser chamado. Após um minuto, um terceiro cúmplice, uma mulher, aparece com muletas e uma bota. Ela aparenta sofrer bastante dor enquanto caminhava, parou junto às cadeiras e olhou para o seu telemóvel, em seguida, de forma audível suspirou de desconforto e encostou-se à parede. Os dois “actores” continuaram a esperar, sentados, ignoramdo-a, mexendo nos seus telemóveis ou abrindo um livro. Esta cena continuou por mais dois minutos.

O verdadeiro teste era: seriam os participantes movidos a responder com compaixão e dar a sua cadeira à mulher de muletas, mesmo que todos os outros a ignorassem? Sabemos que a meditação melhora o bem-estar, físico e psicológico, da própria pessoa ", disse Condon. Condon e seus colegas descobriram que havia uma clara diferença de comportamento: os que haviam sido submetidos ao treino de meditação (seja em compaixão ou atenção) eram cinco vezes mais propensos a desistir do seu assento para a mulher de muletas do que aqueles que não tinham praticado meditação. Isso é um efeito enorme.


A meditação funciona

Entre os participantes que não meditaram apenas 15% ajudaram. Mas entre os participantes que estavam nas sessões de meditação verificou-se que até 50% agiram em ajuda do outro. Este resultado foi registado nos dois grupos de meditação, mostrando assim que o efeito das duas diferentes formas de meditação é consistente. "O aspecto verdadeiramente surpreendente destes resultados é que a meditação pode dispor as pessoas a agirem de forma mais virtuosa - ajudando outro que estava sofrendo - mesmo em face à norma de não fazer isso", disse DeSteno, "O facto de que os outros actores terem ignorado a pessoa com dor cria efeito de alastramento para as outras pessoas presentes" que, normalmente, tende a reduzir a ajuda. As pessoas muitas vezes perguntam "Por que eu deveria ajudar alguém, se ninguém ajuda? '"

Estes resultados parecem provar que aquilo que os budistas acreditam há muito tempo –que é suposto que a meditação nos leve a experimentar mais amor e compaixão por todos os seres sencientes. Mas, mesmo para os não-budistas, os resultados oferecem uma prova científica das técnicas de meditação para alterar o cálculo da mente moral.



Por Vítor Bertocchini



Para mais informações:
Lori Lennon
Communications Coordinator/Senior Writer
Northeastern University College of Science
l.lennon@neu.edu
617.680.5129
@LoriNU

Artigo original:
Psychological Science


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Retiro de Meditação - Barcelos




Novo Retiro em Barcelos de 24 a 26 de Abril 2015

O retiro será realizado em Barcelos, entre os dias 28 junho (depois do jantar de sexta-feira) a 30 de Junho 2013 (até 19h Domingo).
O evento é aberto a todos e não implica nenhum conhecimento teórico ou prático de meditação. Para meditar não é necessário ser budista nem acreditar em nada exterior à nossa própria experiência.









Programa:

Dia 28 – 6ª feira


19.00 – 21.00 - Chegada e acomodação (não inclui jantar).
21.00 – 22.00 – O que é um retiro? O que é meditar? Porquê um retiro de meditação?


Dia 29 – Sábado

07.30 – 09.00 – Como meditar? Abandonar o ego e ficar em Paz.
09.00 – 10.00 – Pequeno-almoço
10.00 – 13.00 (com intervalo) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento, no seio da natureza. Abandonar o medo e a confusão e comunicar consigo, com os outros, com o Céu e a Terra.
13.30 – 14.30 – Almoço
15.00 - 19.00 (com intervalo) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento, no seio da natureza. Ver a natureza dos pensamentos e das emoções e repousar livre e em paz aqui e agora.
19.30 – 20.30 – Jantar
21.00 – 22.00 – Sessão de meditação. Como integrar tudo o que nos acontece, agradável ou desagradável, no caminho do Despertar? Partilha de experiências.

Dia 30 – Domingo


07.30 – 09.00 – Sessão de meditação.
09.00 – 10.00 – Pequeno-almoço
10.00 - 13.00 (com intervalo) – Apego e amor: como distingui-los e como transformar um no outro? Como transformar as emoções negativas nas quatro meditações ilimitadas – amor, compaixão, alegria e equanimidade.
13.30 – 14.30 – Almoço
15.00 - 17.00 – Meditação com mantras. Contemplar a natureza pura de todas as coisas.

Em todas as refeições haverá um período inicial de 15 minutos em silêncio em que contemplaremos a dádiva dos alimentos e praticaremos a atenção plena ao seu sabor.
Todas as refeições são vegetarianas.
 
O retiro será facilitado por Paulo Borges. Tenta praticar desde 1983 e é responsável, desde 1999, por seminários, cursos e retiros de budismo e meditação budista. Tradutor de livros budistas e tradutor-intérprete de mestres budistas. Autor, entre outros, de O Budismo e a Natureza da Mente (com Matthieu Ricard e Carlos João Correia), O Buda e o Budismo no Ocidente e na Cultura Portuguesa (com Duarte Braga) e Descobrir Buda. Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa, presidente da União Budista Portuguesa e do Círculo do Entre-Ser.


É necessária inscrição prévia através do preenchimento do formulário que se encontra no fim desta página.


Material necessário

- Convém trazer roupas largas, uma almofada e um tapete; caso não disponha, favor indicar.
- O evento é aberto a todos e não implica nenhum conhecimento teórico ou prático de meditação.
- O retiro só se realizará com um mínimo de 15 participantes.


Para mais informações:

Facebook: Evento



Como chegar:
Chegando a Barcelos, seguir as indicações em direcção ao estádio de futebol.
Na rotunda ao lado do Estádio, sair em direcção de Ponte de Lima.
Depois de aproximadamente 100m virar à direita, após 10m virar à esquerda para a rua do Seminário.
Seguir sempre frente durante 2km até encontrar um grande portão.


Os participantes desfrutarão de um pequeno bosque, um belo espaço arborizado, onde serão feitas várias actividades, como por exemplo as meditações em andamento.



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Aumento de temperatura corporal na meditação g-tummo

G-Tummo

A prática meditativa g-tummo dirigida a controlar a "energia interior" é descrita pelos praticantes Tibetanos como uma das práticas espirituais mais sagradas nas tradições indo-tibetanas do Budismo Vajrayana e Bon. É também chamada de prática do "calor psíquico", uma vez que está associada a sensações intensas de calor corporal na coluna. [1]-[3] Pouco se sabe sobre os detalhes da técnica de g-tummo. Os mosteiros que mantêm uma prática continuada de g-tummo são bastante raros e localizados principalmente nas províncias remotas chinesas de Qinghai e Sichuan (também conhecido como leste do Tibete). Relatos de testemunhas oculares descrevem os praticantes de g-tummo como sendo capazes de gerar calor suficiente para secar lençóis molhados envoltos em torno dos seus corpos nus, produzindo uma quantidade visível de vapor, enquanto sentados ou em pé no frio dos Himalaias.[4], [5]

As únicas tentativas para estudar os efeitos fisiológicos do g-tummo foram realizadas por Benson e colaboradores [6], [7] que pesquisaram Yogis Indo-Tibetanos nos Himalaias e na Índia. Os autores relataram que três meditadores g-tummo mostraram um aumento dramático de até 8,3°C na temperatura corporal periférica (dedos das mãos e dos pés), os aumentos da de temperatura da pele foram mais modestos: 1,9°C nas regiões do umbigo e lombar, e nenhum aumento na temperatura rectal. Infelizmente, estes resultados foram posteriormente distorcidos em relatórios noutras fontes, possivelmente devido a uma confusão entre as escalas Fahrenheit e Celsius ou falta de especificação clara sobre os sítios anatómicos de medição de temperatura, levando a afirmações gerais de aumentos de temperatura durante o g-tummo que variam desde "... até 15 graus apenas após alguns momentos de concentração " [3] para" até “17 graus de aumento na temperatura corporal periférica "[8].


A prática g-tummo envolve a componente somática e a componentes cognitiva. A componente somática é constituída por técnicas de respiração específicas, bem como exercícios isométricos (exercícios realizados em posições estáticas), envolvendo estiramento e contracção muscular . A componente neurocognitiva envolve a visualização meditativa exigindo a geração e manutenção de imagens mentais de chamas em locais específicos no corpo acompanhado por sensações intensas de calor corporal na coluna vertebral. As questões permanecem sobre se a prática do g-tummo está de facto associada a um aumento da temperatura corporal, e se estes aumentos de temperatura são devidos a alterações cognitivas (atenção, visualizações) ou meramente somáticas.

Inicialmente, foi realizado um estudo em mosteiros remotos, do leste do Tibete, com 10 meditadores experientes a executar práticas g-tummo enquanto a sua temperatura corporal axilar e actividade cerebral (EEG) estavam a ser medidas. Segundo, para continuar a investigar a contribuição da componente somática e a componente cognitiva da prática g-tummo, realizou-se um estudo adicional com 11 participantes ocidentais (não-meditadores), instruídos a usar a componente somática da prática g-tummo sem utilização de visualizações meditativas.



Dois tipos de prática g-tummo
A prática g-tummo caracteriza-se por uma técnica especial de respiração, o "vaso", acompanhada por contracções musculares isométricas, em que após a inalação, durante um período de suster a respiração (apneia), os praticantes contraem os músculos abdominais e pélvicos de forma a que a zona abdominal inferior saliente toma a forma de um vaso ou panela [1].

A tradição oral, como confirmado pelas extensas entrevistas realizadas com praticantes de g-tummo, diferencia entre pelo menos dois tipos principais de práticas g-tummo: a respiração forte (RF) e a respiração suave (RS). Estes tipos de g-tummo diferem não só em termos da técnica de respiração envolvidas, mas também nos seus objectivos e no conteúdo de visualização. Embora ambos RF e RS sejam baseados na técnica de respiração "vaso", RF é forte e vigoroso, enquanto RS é suave e sem qualquer tensão. Considerando que a meta da RF é aumentar o "calor psíquico", o objectivo da RS é mantê-lo. Durante RF, a atenção é focada na visualização de uma chama crescente que começa abaixo do umbigo e com cada respiração sobe para o alto da cabeça, enquanto a RS é acompanhada pela visualização de todo o corpo a ser preenchido com uma sensação crescente de felicidade e calor.


Discussão
Verificou-se um aumento da temperatura durante a prática Respiração Forçada, não apenas através da RF, mas também através da respiração tipo ‘vaso’. No entanto, os resultados dos estudos 1 e 2 sugerem que a componente neurocognitiva (“atenção internalizada" em imagens visuais) da prática meditação com respiração forçada pode facilitar a elevação da temperatura corporal para além da temperatura normal do corpo (perto da zona de febre), ao passo que o aumento da temperatura corporal durante somente a RF e respiração vaso é limitado, e não excedeu a faixa de temperatura normal do corpo. No entanto, ambos os factores trabalham em conjunto para maximizar o aumento da temperatura. Isto é, a RF componente somática (respiração vaso) causa efeitos termogénicos, enquanto a componente cognitiva (visualização meditativa) parece ser a chave para facilitar um aumento sustentado da temperatura do corpo por longos períodos, possivelmente devido a mitigação mecanismos fisiológicos que levam à perda de calor. No caso da meditação RF, um dos mecanismos possíveis da prevenção da perda de calor pode ser a imagem mental do calor e das chamas. De facto, pesquisas anteriores já consideraram a imagem mental como uma técnica potencialmente eficaz para influenciar a temperatura corporal periférica, o fluxo de sangue, e vasodilatação local [9] - [12].
Assim, é possível que a componente das visualizações mentais  durante a meditação com RF minimize a a perda de calor e, assim, prolongue o tempo de subida da tempertatura corporal por mecanismos semelhantes (alterações do fluxo sanguíneo reduzido, vasodilatação). Sem a visualização de acompanhamento na meditação, a respiração vaso pode não ser muito eficaz e resultar em aumentos de temperatura corporal limitados. Ao mesmo tempo, sem uma técnica eficaz de respiração RF, mesmo pequenos aumentos da temperatura corporal, se possível, pode requerer períodos de meditação significativamente mais longos.

Aplicações dos resultados da investigação
Os resultados do estudo mostraram que aspectos específicos das técnicas de meditação podem ser usados por não-praticantes de meditação para regular a temperatura do corpo através da respiração e imagens mentais. As técnicas poderiam permitir que os praticantes se adaptem e funcionem em ambientes frios, melhorar a resistência a infecções, aumentar o desempenho cognitivo, acelerando o tempo de resposta e reduzir os problemas de desempenho associados com a temperatura do corpo diminuída.


Por Vítor Bertocchini



Referências Bilbliográficas:

1.Evans-Wentz WY (2002) Tibetan Yoga and Secret Doctrines (Pilgrims Publishing, Varanisa, India).

2.Mullin GH (1997) Readings on Six Yogas of Naropa (Snow Lion Publication, Ithaca, NY).

3.Mullin GH (1996) Tsongkhapa’s Six Yogas of Naropa (Snow Lion Publication, Ithaca, NY).

4.David-Neel A (1971) Magic and Mystery in Tibet (Dover Publications, New York).

5.Govinda Lama Anagarika (1988) Way of White Clouds (Shambhala Publications,).

6.Benson H, Lehmann JW, Malhotra MS, Goodman RF, Hopkins J, et al. (1982) Body temperature changes during the practice of g-tummo yoga. Nature 295: 234–236. doi:10.1038/295234a0Find this article online

7.Benson H, Malhotra MS, Goldman RF, Jacobs GD, Hopkins PJ (1990) Three case reports of the metabolic and electroencephalographic changes during advanced Buddhist meditation techniques. Behav. Med 16: 90–95. doi:10.1080/08964289.1990.9934596Find this article online

8.Cromie WJ (2002) Meditation changes temperatures: Mind controls body in extreme experiments. Harvard University Gazette.

9.McGuik J, Fitzgerald D, Firedman PS, Oakley D, Salmon P (1998) The effect of guided imagery in a hypnotic context on forearm blood flow. Contemp Hypn 15: 101–108. doi:10.1002/ch.121Find this article online
10.Lee LH, Olness K (1996) Effect of self-induced mental imagery on autonomic reactivity in children. J Dev Behav Pediatr 17: 323–327. doi: 10.1097/00004703-199610000-00006Find this article online



Artigo Original: Neurocognitive and Somatic Components of Temperature Increases during g-Tummo Meditation: Legend and Reality

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