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"Medicina Mente-Corpo" pode reduzir os custos dos cuidados de saúde



Estudo revela como a medicina de integração "mente-corpo" pode reduzir os custos dos cuidados de saúde.
As práticas que treinam a resposta de relaxamento, como a meditação, yoga e a oração, podem reduzir a necessidade dos serviços de saúde em 43%, de acordo com um estudo do Massachusetts General Hospital (MGH), com afiliação a Harvard.O estudo está publicado na revista científica PLOS ONE . Vários estudos anteriores demonstraram que induzir a resposta de relaxamento - um estado fisiológico de repouso profundo - não só alivia o stress e a ansiedade, mas também afeta fatores fisiológicos, como a pressão arterial, frequência cardíaca e o consumo de oxigénio.

Os autores do estudou salientaram que as doenças relacionadas com o stress, como a ansiedade e a depressão, são a terceira maior causa de gastos com saúde nos Estados Unidos depois das doenças cardíacas e do cancro (que também são afetados pelo stress). O cenário em Portugal é semelhante!
O estudo, levado a cabo no MGH’s Institute for Technology Assessment and the Benson-Henry Institute (BHI) for Mind Body Medicine, descobriu que os indivíduos no programa da resposta de relaxamento recorreram menos aos serviços de saúde no ano após a sua participação em relação ao ano anterior.


As conclusões preliminares do nosso estudo indicam que os programas que treinam os pacientes para desencadear a resposta de relaxamento - especificamente aqueles ensinados no BHI - também podem reduzir drasticamente a utilização dos cuidados de saúde
disse James E. Stahl, o autor líder do estudo.

Estes programas promovem bem-estar e em alturas de grandes constrangimentos financeiros e de recursos limitados nos cuidados de saúde poderiam aliviar o fardo sobre os nossos sistemas de saúde a um custo mínimo e com nenhum risco real.

A resposta de relaxamento foi descrita pela primeira vez há mais de 40 anos atrás por Herbert Benson, professor na Harvard Medical School, fundador e diretor emérito do BHI e um dos co-autores deste estudo.

A resposta de Relaxamento

Esta resposta de relaxamento pode ser compreendida como uma capacidade natural dos organismos retornarem ao seu estado de equilíbrio, uma vez terminada a fonte de stress ou os estímulos adversos (internos e/ou externos), O oposto fisiológico da resposta de ‘luta ou fuga’. Benson salienta que a resposta de relaxamento não é mobilizada com tanta rapidez como ocorre com a resposta de ‘luta ou fuga’, e que pode ser potenciada e treinada por práticas e/ou técnicas terapêuticas tradicionais, tais como: técnicas de respiração, meditação de concentração e/ou de insight ou atenção plena (mindfulness), atividade física, oração, relaxamento muscular, yoga, entre outros, e tem sido demonstrada ser útil no tratamento de transtornos relacionados com o stress, que vão desde a ansiedade à hipertensão.


Benson afirma que:
Sentimos que as intervenções mente-corpo que são de baixo custo e essencialmente livres de risco  devem ser incorporadas nos cuidados preventivos regulares.
Benson acrescentou ainda que:
Desde o início, o nosso principal objetivo tem sido o de melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas mediante a neutralização dos efeitos nocivos do stress e aliviar muitas doenças que são causadas ou agravadas pelo stress. 
Agora, o desafio é divulgar estes resultados que sentimos que será de grande interesse para os prestadores e pagadores dos cuidados de saúde, tais como as companhias de seguros e os decisores políticos.

Adaptado do original por Vítor Bertocchini

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Em busca da felicidade: onde reside no cérebro?

Uma equipa de investigadores da Universidade de Kyoto (Japão) conseguiu mapear a fonte da felicidade no cérebro através do uso de exames de ressonância magnética e de um questionário de felicidade. O estudo revelou uma correlação positiva entre a matéria cinzenta numa zona do cérebro, conhecida como pré-cúneo, e se a pessoa se descreve ou não como feliz. A maior massa cinzenta nessa zona cerebral parece estar associada uma maior felicidade. Esta descoberta abre caminho em direção a uma forma de avaliar objetivamente a felicidade e também salienta que exercícios como a meditação podem aumentar o bem-estar.




O que é a Felicidade?

A procura da felicidade tem marcado e continua a marcar a história da humanidade. Apesar do seu estudo científico ser relativamente recente, a felicidade como tema de reflexão filosófica remonta até à antiga Na Psicologia, Grécia. Ryan e Deci (2001) referem que podem ser considerados dois eixos estruturantes em torno dos quais se tem realizado o estudo da felicidade. Um eixo composto pela Eudaimonia e um segundo pela Hedonia.

Eudaimonia

O Bem-Estar Eudemónico tem origem em Aristóteles e salienta a experiência de crescimento pessoal e a excelência de carácter, a ética, sendo a felicidade considerada como consequência da realização do verdadeiro potencial de cada um (Haybron, 2000).

Hedonia

Contrastando com a perspectiva anterior, a perspectiva Hedónica foi desenvolvida também há milhares de anos atrás e foca o sentimento subjectivo do bem-estar ou de prazer. De uma forma geral, o Hedonismo é a filosofia do prazer, a ideia de que o prazer é bom e a dor é negativa. Tem como protagonistas Aristipo (435–366 BCE) e Epicuro (342–270 BCE). Aristipo, rompendo com a tradição socrática, defendeu que o prazer sensorial era melhor do que qualquer outro, pois é mais intenso. Ao contrário de Aristipo, Epicuro preferia os prazeres de longo termo em detrimento dos prazeres imediatos, valorizando os prazeres psicológicos e dando mais atenção aos prazeres do descanso. Ele valorizou especialmente a Ataraxia, que era uma forma de alcançar a tranquilidade emocional e a felicidade através da diminuição da intensidade das paixões e dos desejos.


O Estudo

Num estudo recente, publicado na revista científica Scientific Reports, do grupo da revista Nature, neurologistas japoneses afirmam ter encontrado a sede da Felicidade no cérebro.



No estudo, Wataru Sato e o seu grupo de investigadores, reuniram um grupo de voluntários e compararam imagens de ressonância magnética do cérebro dessas pessoas com um questionário sobre o estado emocional e de satisfação com a vida de cada uma. Cruzando essas informações eles concluíram que a felicidade acontece quando as emoções positivas se combinam com uma sensação de satisfação pessoal numa área do cérebro conhecida como pré-cúneo, uma região no lóbulo parietal medial, que está relacionada com a memória episódica, a autorreflexão e a consciência.

Substrato neurológico da felicidade

A equipa de investigadores acredita que existe uma possível base neurológica da felicidade no pré-cúneo. Podemos sentir as emoções de forma diferente, mas deve haver uma base neurológica subjacente à experiência subjetiva de ser "feliz". Compreender esse mecanismo, de acordo com Sato, vai ser um grande avanço na quantificação dos níveis de felicidade objetiva.

Além disso, a mesma região mostrou uma associação com os níveis combinados entre a intensidade emocional (positiva e negativa) e o significado da vida. Estes resultados sugerem que o pré-cúneo medeia a felicidade subjetiva, integrando informação emocional e cognitiva.


Implicações para intervenções futuras


A descoberta de que a felicidade subjetiva está associada à estrutura do pré-cuneo tem várias implicações interessantes para os neurocientistas e psicólogos. Porque o pré-cúneo recebe projeções generalizadas de regiões corticais e subcorticais, será interessante investigar a dinâmica da rede neuronal (por exemplo, o pareamento pré-cúneo/amígdala) para aumentar a felicidade subjetiva. Construtos complexos como a felicidade raramente envolvem apenas uma região do cérebro.

Uma vez que os estudos estruturais/funcionais de neuroimagem anteriores indicam que o pré-cúneo está envolvido em vários outros construtos psicológicos, como a depressão, a auto-consciência, e a criatividade, pode haver conexões entre estes e a felicidade subjetiva.

Como alguns estudos de neuroimagem estrutural têm demonstrado que a Meditação aumenta o volume de matéria cinzenta no pré-cúneo, pode ser possível desenvolver programas de treino, baseados na evidência, focados na prática de Meditação e na análise da estrutura do pré-cúneo para se estudar a felicidade subjetiva.
acrescenta ainda Sato.


Referências bibliográfica:

- Haybron, D.M. (2000). Two Philosophical Problems in the Study of Happiness. Journal of Happiness Studies, Volume 1, Issue 2, 207 - 225.


-Ryan, R. M. & Deci, E. L. (2001). On happiness and human potentials: a review of research on hedonic and eudaimonic well-being. Annu. Rev. Psychol., 52, 141-166.

- Wataru Sato, Takanori Kochiyama, Shota Uono, Yasutaka Kubota, Reiko Sawada, Sayaka Yoshimura, Motomi Toichi (2015). The structural neural substrate of subjective happiness. Sci. Rep. 5, 16891; doi: 10.1038/srep16891.



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O Stress e Os Efeitos Negativos Na Sua Mente


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O que é o Stress?

De forma simples, o stress é uma resposta biológica e psicológica vivida no encontro daquilo que percebemos como ameaça.
Um agente gerador de stress é o estímulo (ou ameaça), que provoca o stress. Por exemplo, exame, divórcio, morte de um ente querido, mudança de casa, perda de emprego.
Numa primeira fase, julgamos a situação e decidimos se é ou não é ameaçadora. Esta decisão é tomada com base em estímulos sensoriais e de processamento (ou seja, as coisas que vemos e ouvimos na situação, e também em memórias armazenadas (ou seja, o que aconteceu na última vez que estivemos numa situação aparentemente similar).

Como é ativado?

Se a situação é julgada como sendo de ameaça é ativado o eixo HPA (Hipotálamo, Pituitária e glândulas Adrenais). O hipotálamo (na base do cérebro) é então ativado. O hipotálamo é responsável pelo início da resposta ao stress. Quando esta resposta é acionada são enviados sinais para outras duas estruturas: a glândula pituitária, e a medula adrenal, que desencadeiam um conjunto de reações em cadeia, também conhecida como resposta de luta, (congelamento) ou fuga.

O stress repentino e severo geralmente produz:
Aumento da frequência cardíaca;
Aumento da frequência respiratória;
Diminuição da actividade digestiva;
Glicose hepática libertada para energia

Como reação de emergência, o stress despoleta comportamentos imediatos, em certas ocasiões irracionais e frequentemente repetitivos. Lembre-se que existe uma padrão típico de reatividade pessoal.

Um certo nível stress é necessário

Se na vida não existissem desafios ela tornar-se-ia monótona. Todos nós temos stress e um nível razoável até é benéfico para o organismo – o eustress, que é diferente do stress negativo – o distress (vulgarmente denominado de stress).
Mesmo os eventos de vida positivos podem ser considerados geradores de stress. Por exemplo, a maioria das pessoas pensa que iniciar um novo emprego ou ter um filho como boas mudanças. E a maioria das pessoas acha que essas boas mudanças também são stressantes.

Assim, o stress tem também as suas vantagens: para além de nos retirar de situações de emergência vitais, ajuda-nos a melhorar o rendimento e a termos uma maior atenção e mais energia em certas situações. Mas isto é apenas verdade até certo ponto, pois a partir de um determinado nível de stress não há aumento dos aspetos positivos, pelo contrário. Pode ser esquematizado num gráfico em forma de sino: à medida que o stress aumenta, o rendimento melhora até ao ponto de corte, a partir do qual se inverte o processo.

O Stress Crónico - uma bomba relógio!

Quando é stress é continuado, o tipo que a maioria de nós enfrenta dia após dia, ele realmente começa a mudar o seu cérebro e a ter um impacto altamente negativo no seu organismo. O stress crónico, como estar sobrecarregado ou ter discussões familiares ou no trabalho, pode afetar o tamanho do cérebro, a sua estrutura e a sua função, até mesmo ao nível dos seus genes.
Quando o eixo HPA é ativado, são segregadas as denominadas hormonas do stress, como a adrenalina e o cortisol, por exemplo.


Altos níveis de cortisol durante longos períodos de tempo podem danificar o seu cérebro. O stress crónico aumenta o nível de atividade e o número de conexões neuronais na amígdala, o centro do medo do seu cérebro. E com os níveis de cortisol elevados, os sinais elétricos no seu hipocampo, a parte do cérebro associada à aprendizagem, memórias, e controlo do stress deterioram-se.

O hipocampo também inibe a atividade do eixo HPA. Assim, quando o hipocampo fica mais enfraquecido, o mesmo acontece com a sua capacidade de controlar o seu stress. Isso não é tudo. O cortisol pode literalmente fazer com que seu cérebro diminua de tamanho, resultado da perda de conexões sinápticas entre os neurónios e a diminuição do seu córtex pré-frontal, a parte do seu cérebro os regula comportamentos como a concentração, tomada de decisão, julgamento e interação social. Isso significa que o stress crónico pode tornar mais difícil o seu processo de aprendizagem e e de recordar, e também prepara o cenário para problemas mentais mais sérios, como a depressão e, eventualmente, a doença de Alzheimer.


atualmente áreas com forte interesse são a Epigenética e a Herança Epigenética.


Trata-se da ideia de como a nossa informação genética transmite mais informações do que a própria sequência de letras codificadas nos seus pares de bases do ADN. Foi demonstrado que vários tipos de stress induziram essas mudanças epigenéticas, mas os mecanismos subjacentes envolvidos permanecem desconhecidos.

Resumindo, os efeitos do stress podem também impacto no ADN do seu cérebro e eventualmente passar essa informação para as próximas gerações.


Há várias formas de reverter aquilo que o stress faz ao seu cérebro.

As atividades com maior impacto são a atividade física e a Meditação.

Controle os seus níveis de stress antes que o stress controle a sua vida.




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Mindfulness - Curta Prática 10m






Mindfulness é uma daquelas coisas que realmente tem que experimentar para entender. Mindfulness versa sobre a curiosidade e a aceitação da sua experiência atual, apenas como é, independentemente de ser boa, negativa ou neutra. A redução da ansiedade ou o relaxamento normalmente acontecem, ou talvez não. O importante é aprender a aceitar a vida, com as suas experiências. Esse é o verdadeiro valor desta prática.

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Mindfulness - Cultivo da Gratidão - 15m



Da mesma forma que o corpo é influenciado pelo que comemos, a mente é moldada pelas nossas experiências, vividas ou imaginadas. Esse fluxo de experiências esculpe progressivamente o cérebro, transformando, portanto, a mente. Com esta prática transforme fatos positivos em experiências positivas, potenciando os sentimentos de CONEXÃO e de FELICIDADE.

Uma das formas mais poderosas para mudar a atmosfera da mente é através de uma prática muito simples de gratidão.
A gratidão é um reconhecimento gracioso de tudo o que nos sustenta, uma apreciação dos momentos positivos que sustentam a nossa vida todos os dias.
Seguramente, temos muito a agradecer!

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