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Os psicólogos da Universidade de Harvard, Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert utilizaram uma aplicação iPhone específica para "seguir a felicidade". Os resultados indicam que os participantes passaram pelo menos metade do seu tempo diário pensando em muito mais do que as suas actividades do momento, e essa distracção não os faz felizes.
Os seres humanos têm uma capacidade evolutiva única, um "pensamento estímulo-independente", que permite às pessoas aprender, raciocinar e planear. Simultaneamente, esta competência extraordinária possibilita, às nossas mentes distraídas, gastar muito tempo a pensar sobre o que não está acontecer ao nosso redor, mas contemplando eventos que aconteceram no passado e que poderão acontecer no futuro, ou que nunca vão acontecer. E isto acontece com um custo emocional.
Usando uma aplicação iPhone que mede a quantidade de vezes que uma pessoa se encontra distraída durante o dia, numa amostra de 5.000 pessoas, foram recolhidos 250.000 dados sobre pensamentos dos participantes, bem como os seus sentimentos e acções no seu quotidiano. Os voluntários que participaram neste estudo tinham idades compreendidas entre os 18 e 88 anos, com 74% Americanos. Quando se perguntou sobre o que estavam a fazer, eles poderiam escolher entre uma lista de 22 actividades gerais, como andar, comer, assistir TV ou fazer compras. Os resultados indicam que os sujeitos gastaram 46,9 % do seu tempo, enquanto acordados, pensando em algo diferente daquilo que estavam a fazer, e esta divagação mental, tipicamente, é um bom preditor da infelicidade.
“Esse estudo mostra que as nossas vidas mentais são preenchidas, a um nível impressionante, pelo não-presente”, diz Killingsworth, um dos psicólogos autores do estudo.
Muitas tradições filosóficas e religiosas ensinam que a felicidade pode ser encontrada ao viver o momento, onde os praticantes treinam a mente para resistir às distracções e às divagações, estando “aqui e agora."
A ênfase no momento presente é talvez a característica mais distintiva do Zen. Na relação ocidental com o tempo escolhemos compulsivamente o passado para aprender lições, para posteriormente projectarmos num futuro hipotético, o momento presente foi comprimido a uma pequena porção no relógio entre um passado vasto e um futuro infinito. Zen, mais do que qualquer outra coisa, é sobre a recuperação e expansão do momento presente.
Participar no seguir a felicidade
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Mentes distraídas pertencem a pessoas infelizes
Os psicólogos da Universidade de Harvard, Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert utilizaram uma aplicação iPhone específica para "seguir a felicidade". Os resultados indicam que os participantes passaram pelo menos metade do seu tempo diário pensando em muito mais do que as suas actividades do momento, e essa distracção não os faz felizes.
Os seres humanos têm uma capacidade evolutiva única, um "pensamento estímulo-independente", que permite às pessoas aprender, raciocinar e planear. Simultaneamente, esta competência extraordinária possibilita, às nossas mentes distraídas, gastar muito tempo a pensar sobre o que não está acontecer ao nosso redor, mas contemplando eventos que aconteceram no passado e que poderão acontecer no futuro, ou que nunca vão acontecer. E isto acontece com um custo emocional.
Usando uma aplicação iPhone que mede a quantidade de vezes que uma pessoa se encontra distraída durante o dia, numa amostra de 5.000 pessoas, foram recolhidos 250.000 dados sobre pensamentos dos participantes, bem como os seus sentimentos e acções no seu quotidiano. Os voluntários que participaram neste estudo tinham idades compreendidas entre os 18 e 88 anos, com 74% Americanos. Quando se perguntou sobre o que estavam a fazer, eles poderiam escolher entre uma lista de 22 actividades gerais, como andar, comer, assistir TV ou fazer compras. Os resultados indicam que os sujeitos gastaram 46,9 % do seu tempo, enquanto acordados, pensando em algo diferente daquilo que estavam a fazer, e esta divagação mental, tipicamente, é um bom preditor da infelicidade.
“Esse estudo mostra que as nossas vidas mentais são preenchidas, a um nível impressionante, pelo não-presente”, diz Killingsworth, um dos psicólogos autores do estudo.
Muitas tradições filosóficas e religiosas ensinam que a felicidade pode ser encontrada ao viver o momento, onde os praticantes treinam a mente para resistir às distracções e às divagações, estando “aqui e agora."
A ênfase no momento presente é talvez a característica mais distintiva do Zen. Na relação ocidental com o tempo escolhemos compulsivamente o passado para aprender lições, para posteriormente projectarmos num futuro hipotético, o momento presente foi comprimido a uma pequena porção no relógio entre um passado vasto e um futuro infinito. Zen, mais do que qualquer outra coisa, é sobre a recuperação e expansão do momento presente.
por Vítor Bertocchini
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