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Um novo artigo no jornal Inglês The Guardian salienta as vantagens que a meditação pode trazer quando inserida no contexto escolar.
Numa sociedade tão competitiva, tem sido exigido aos alunos e aos professores um volume de trabalho cada vez maior. Neste enquadramento, será expectável que a ansiedade, as preocupações, o esgotamento e a depressão tenham uma forte prevalência no seio da comunidade escolar. Neste caso, considerar a meditação antes, durante ou depois da escola, poderá ser uma ferramenta fantástica. Mesmo poucos minutos de meditação pode dar aos alunos e professores uma sensação de calma e paz de espírito que beneficia suas saúdes física e emocional.
A maioria das formas de meditação centram-se no conceito de Mindfulness, o que nos torna mais conscientes das nossas experiências de momento a momento, percebendo e aceitando os pensamentos, sentimentos e emoções. Este tipo de meditação pode ser usado na escola para tornar os alunos e professores conscientes de como as suas experiências quotidianas na vida escolar afectam o seu estado de espírito e para acalmar as suas reacções e pensamentos durante todo o resto do dia.
Outra forma popular de meditação centra-se na Compaixão, que procura cultivar pensamentos e sentimentos compassivos por outras pessoas, especialmente em relação aos alunos que não se gosta ou mesmo que não se conhece. O objectivo é criar uma maior coesão comunitária entre a população escolar.
Embora os dois tipos de meditação têm as suas raízes em religiões Indianas, já existem inúmeros estudos científicos demonstrando os seus benefícios.
No contexto da psicologia educacional, uma série de estudos descobriram que a meditação pode melhorar o bem-estar e desenvolver competências de empatia. Por exemplo, os estudos liderados por Shauna L. Shapiro (2011), da Universidade de Santa Clara, descobriram que a consciência do nosso estado mental pode melhorar as estratégias de enfrentamento para lidar com o stress da vida quotidiana, o que pode beneficiar os alunos sob pressão para atingir notas altas e/ou os professores.
Em relação à compaixão, na Universidade da Califórnia, de Los Angeles (UCLA), David S. Black e seus colaboradores encontraram evidências empíricas de que a meditação leva à redução do comportamento desviante e da agressividade entre crianças e adolescentes.
A meditação, portanto, pode ser utilizada para resolver uma miríade de problemas na escola, nomeadamente a falta de realização académica e pessoal do aluno e a fadiga mental e física. Muitas escolas, estão a estabelecer um “período tranquilo" durante o dia escolar, de 10 a 15 minutos, com os alunos a sentarem-se calmamente para meditar, reflectindo sobre o que aconteceu naquele dia, ou simplesmente descansar.
As sessões não inserem a meditação numa perspectiva teórica e a orientação é mantida ao mínimo. Os presentes iniciam a sua meditação, com uma respiração profunda e, em seguida, são incentivados a limpar as suas mentes concentrando-se na sua respiração ou na suave música de fundo. No entanto, se ocorrer pensamentos ou as suas mentes divaguem, eles são instruídos a aceitar isso e simplesmente estar cientes de que eles estão a pensar. Claro, muitos deles aparecem apenas para fugir do barulho, confusão e agitação de um dia de escola. A paz é apreciada, principalmente pelos professores.
Referências Bibliográficas:
David S. B., Joel M., Steve S. (2009). Sitting-Meditation Interventions Among Youth: A Review of Treatment Efficacy. Pediatrics, 124, 332-341.
Shapiro, Shauna L., Brown, Kirk Warren, Thoresen, Carl, Plante, Thomas G.(2011). Journal of Clinical Psychology, 67,3, 267-277.
Meditação nas escolas: acalmar mentes e vencer o stresse
Um novo artigo no jornal Inglês The Guardian salienta as vantagens que a meditação pode trazer quando inserida no contexto escolar.
Numa sociedade tão competitiva, tem sido exigido aos alunos e aos professores um volume de trabalho cada vez maior. Neste enquadramento, será expectável que a ansiedade, as preocupações, o esgotamento e a depressão tenham uma forte prevalência no seio da comunidade escolar. Neste caso, considerar a meditação antes, durante ou depois da escola, poderá ser uma ferramenta fantástica. Mesmo poucos minutos de meditação pode dar aos alunos e professores uma sensação de calma e paz de espírito que beneficia suas saúdes física e emocional.
A maioria das formas de meditação centram-se no conceito de Mindfulness, o que nos torna mais conscientes das nossas experiências de momento a momento, percebendo e aceitando os pensamentos, sentimentos e emoções. Este tipo de meditação pode ser usado na escola para tornar os alunos e professores conscientes de como as suas experiências quotidianas na vida escolar afectam o seu estado de espírito e para acalmar as suas reacções e pensamentos durante todo o resto do dia.
Outra forma popular de meditação centra-se na Compaixão, que procura cultivar pensamentos e sentimentos compassivos por outras pessoas, especialmente em relação aos alunos que não se gosta ou mesmo que não se conhece. O objectivo é criar uma maior coesão comunitária entre a população escolar.
Embora os dois tipos de meditação têm as suas raízes em religiões Indianas, já existem inúmeros estudos científicos demonstrando os seus benefícios.
No contexto da psicologia educacional, uma série de estudos descobriram que a meditação pode melhorar o bem-estar e desenvolver competências de empatia. Por exemplo, os estudos liderados por Shauna L. Shapiro (2011), da Universidade de Santa Clara, descobriram que a consciência do nosso estado mental pode melhorar as estratégias de enfrentamento para lidar com o stress da vida quotidiana, o que pode beneficiar os alunos sob pressão para atingir notas altas e/ou os professores.
Em relação à compaixão, na Universidade da Califórnia, de Los Angeles (UCLA), David S. Black e seus colaboradores encontraram evidências empíricas de que a meditação leva à redução do comportamento desviante e da agressividade entre crianças e adolescentes.
A meditação, portanto, pode ser utilizada para resolver uma miríade de problemas na escola, nomeadamente a falta de realização académica e pessoal do aluno e a fadiga mental e física. Muitas escolas, estão a estabelecer um “período tranquilo" durante o dia escolar, de 10 a 15 minutos, com os alunos a sentarem-se calmamente para meditar, reflectindo sobre o que aconteceu naquele dia, ou simplesmente descansar.
As sessões não inserem a meditação numa perspectiva teórica e a orientação é mantida ao mínimo. Os presentes iniciam a sua meditação, com uma respiração profunda e, em seguida, são incentivados a limpar as suas mentes concentrando-se na sua respiração ou na suave música de fundo. No entanto, se ocorrer pensamentos ou as suas mentes divaguem, eles são instruídos a aceitar isso e simplesmente estar cientes de que eles estão a pensar. Claro, muitos deles aparecem apenas para fugir do barulho, confusão e agitação de um dia de escola. A paz é apreciada, principalmente pelos professores.
Referências Bibliográficas:
David S. B., Joel M., Steve S. (2009). Sitting-Meditation Interventions Among Youth: A Review of Treatment Efficacy. Pediatrics, 124, 332-341.
Shapiro, Shauna L., Brown, Kirk Warren, Thoresen, Carl, Plante, Thomas G.(2011). Journal of Clinical Psychology, 67,3, 267-277.
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